O uso mais amplo de aeronaves de asas rotativas na Guerra da Coreia trouxe a tonas técnicas a serem exploradas não só no processo de evacuação medica, mas também no conceito de mobilidade da tropa e ressuprimento aéreo de ponto, durante a Guerra da Independência da Argélia em 1962 presenciou o emprego dos helicópteros como plataforma de ataque. Quando do envolvimento dos Estados Unidos no conflito no Vietnã, o principal vetor a disposição da aviação do Exército Americano era o já obsoleto Sikorsky UH-34 que apesar de possuir uma boa capacidade de carga ou transporte de soldados apresentava uma baixa performance tanto em velocidade quanto em alcance devido ao emprego do motor radial a pistão. Visando sanar está deficiência o comando do Exército Americano emitiu os parâmetros para a aquisição de um novo helicóptero de porte médio com rotor acionado por turbina como para atuar em missões de Evacuação Medica (MEDEVAC).
Os parâmetros do projeto foram revisados e assim foi aberta uma concorrência de desenvolvimento que contou com a participação de vinte empresas americanas e de outras nações, após várias etapas foram pré selecionados dois projetos sendo o modelo 204 da Bell Aircraft Corporation e H43 da Kaman Aircraft. Desta disputa a Bell sagrou se vencedora em 23 de fevereiro de 1955 com a encomenda para produção de três protótipos iniciais que foram designados XH-40 pela USAF e XHU-1 pelo US Army. O Bell 204 era um helicóptero utilitário, com rotor principal bipá semirrígido, acionado por uma única turbina Lycoming T53-L1, de 700 shp. Em 20 de outubro de 1956 alçou voo o primeiro protótipo do XH-40, que após avaliações foram seguidos por mais unidades para testes no ano seguinte, e marco de 1960 a Bell receberia o primeiro contrato de produção inicial em série para 100 células que seriam designadas HU-1A e batizadas como Iroquis em alusão as tribos indígenas americanas, porem seria mais a frente popularmente conhecido como Huey.
Logo após o modelo começar a entrar em serviço, foi solicitado a Bell estudos para melhoria na potencia da aeronave, surgindo assim em 1960 o UH-1B que estava dotado com um novo Lycoming T53-L-5 do motor produzindo 960 shp, tendo ainda capacidade de transporte aumentada para sete passageiros. Os contratos subsequentes levaram a divisão de helicópteros da Bell a se desmembrar da empresa, se tornando a Bell Helicopter Corporation em 1957, e as primeiras unidades sendo entregues em setembro de 1958 as unidades operacionais como a 101º Divisão Aerotransportada, 82º Divisão Aerotransportada e 57º Destacamento Médico, sendo deslocadas para o Vietnã em março de 1962.Neste mesmo ano iniciou-se o desenvolvimento da versão UH-1C que visava eliminar deficiências aerodinâmicas observadas nas versões armadas, mais uma vez o motor foi substituído por um Lycoming T53-L-11 com 1.100 shp, incorporando também um novo desenho de cauda com estabilizador.
Logo após o modelo começar a entrar em serviço, foi solicitado a Bell estudos para melhoria na potencia da aeronave, surgindo assim em 1960 o UH-1B que estava dotado com um novo Lycoming T53-L-5 do motor produzindo 960 shp, tendo ainda capacidade de transporte aumentada para sete passageiros. Os contratos subsequentes levaram a divisão de helicópteros da Bell a se desmembrar da empresa, se tornando a Bell Helicopter Corporation em 1957, e as primeiras unidades sendo entregues em setembro de 1958 as unidades operacionais como a 101º Divisão Aerotransportada, 82º Divisão Aerotransportada e 57º Destacamento Médico, sendo deslocadas para o Vietnã em março de 1962.Neste mesmo ano iniciou-se o desenvolvimento da versão UH-1C que visava eliminar deficiências aerodinâmicas observadas nas versões armadas, mais uma vez o motor foi substituído por um Lycoming T53-L-11 com 1.100 shp, incorporando também um novo desenho de cauda com estabilizador.
Apesar de satisfeito com os resultados operacionais dos Huey, o Exército Americano almejava uma aeronave com maior capacidade de transporte de tropas com o objetivo de substituir os CH-34, visando atender a esta demanda a Bell esticou a fuselagem do UH-1B em 104 cm, e em vez de portas laterais deslizantes do modelo anterior com uma única janela, portas maiores foram equipados que tinha duas janelas, esta nova variante passava a dispor de 15 assentos. O protótipo do novo modelo agora designado 205 teve seu primeiro voo em 16 de agosto de 1961, a nova versão foi designada como UH-1D recebendo uma encomenda inicial de 205 unidades. A partir de 1963 os UH-1D começaram a ser empregados maciçamente no conflito do Vietnã, chegando a envolver mais de 3.000 células do modelo em todo o conflito gerando uma nova doutrina de operação de aeronaves de assas rotativas que foram empregues em missões de evacuação aeromédica, busca e salvamento, assalto aéreo, transporte de tropas, apoio aéreo aproximado, comando e controle e transporte de cargas. Em 1966 surgia a versão UH-1H que passou a ser equipado com um motor mais potente e tanques de combustível auto selantes, gradativamente este novo modelo substituiria as primeiras versões.
Considerado o helicóptero mais utilizado no mundo no mercado militar , o modelo se mantem em produção ininterrupta desde a década de 1950, já foram produzidas mais de 9.000 células, sendo operado por mais de 40 países em diversas versões. Apesar de ter sido substituído em grande numero pelos Blackhawk a partir do final da década de 1990, tudo indica que os Huey ainda estarão em operamos pelos menos ate o final da primeira metade do século.
Considerado o helicóptero mais utilizado no mundo no mercado militar , o modelo se mantem em produção ininterrupta desde a década de 1950, já foram produzidas mais de 9.000 células, sendo operado por mais de 40 países em diversas versões. Apesar de ter sido substituído em grande numero pelos Blackhawk a partir do final da década de 1990, tudo indica que os Huey ainda estarão em operamos pelos menos ate o final da primeira metade do século.
Emprego no Brasil.
No início da década de 1960 a Força Aérea Brasileira tinha a necessidade de aprimorar seu processo de busca e salvamento para atendimento aos compromissos assumidos junto a Convenção de Chicago. Nesta ocasião fora criada a Organização de Aviação Civil que definiria os procedimentos e responsabilidades relativas a estas missões, porém sua maior deficiência residia na disponibilidade dos meios para cumprir estas tarefas. Neste período os modelos empregados eram os pequenos Bell H-13H e os Sikorsky H-19D que já estavam obsoletos e dispunham de pouca autonomia para atendimento das novas demandas, salientando ainda que o modelo da Bell eram completamente inadequados a estas missões. Uma das premissas básicas nos estudos que norteariam a busca de um novo vetor de asas rotativas, era a possibilidade do mesmo poder ser empregado em missões de transporte de tropa, ligação e ataque, criando assim uma plataforma comum na FAB com a aquisição de um lote considerável de aeronaves.
Após analisar no mercado internacional as opções existentes que se enquadrassem no perfil alvejado , o Ministério da Aeronáutica, em meados 1964 decidiu pela aquisição de 14 células novas de fábrica do modelo Bell Helicopter 205 dispostos na variante UH-1D Huey. Oito destas aeronaves eram destinadas a missões de transporte e ataque e seis células seriam configuradas para missões de busca e salvamento (SAR) e evacuação aeromédica. Estas aeronaves foram recebidas com um padrão de pintura de alta visibilidade atendendo ao padrão sas marcações internacionais de SAR (Search and Rescue)na FAB receberam a designação de SH-1D e foram alocadas junto ao 2º/10º GAV Esquadrão Pelicano baseado em Cumbica na cidade de Guarulhos, unidade que fora criada em 1957 como uma unidade especializada para missões de busca e salvamento, permitindo assim esta unidade repassar os remanescentes H-13H e H-19D para o recém-criado CIEH (Centro de Instrução e Emprego de Helicópteros).
A adoção dos Bell SH-1D / UH-1D no ano de 196,7 proporcionaram a Forca Aérea Brasileira um salto qualitativo operacional muito significativo, pois foi a primeira aeronave de asas rotativas com propulsão turbo jato a ser incorporada, que além de apresentar um melhor desempenho e confiabilidade, era dotado de nova avionica muito superior a disponível em seus antecessores. Outra contribuição importante dada pelo SH-1D foi o início da implementação da doutrina de Combate SAR na FAB com início na primeira metade da década de 1970, pois foi o primeiro modelo que podia ser configurado como plataforma de armas (equipado com metralhadoras de tiro frontal e lateral M-60 de 7,62mm e .50 pol e pods de foguetes não guiados de 70 mm), e apresentava também condições de sobrevivência em espaço aéreo inimigo durante as missões de C-SAR. Esta experiência inicial foi estendida aos modelos UH-1D quando da ativação dos EMRA – Esquadrões, Mistos de Reconhecimento e Ataque
A adoção dos Bell SH-1D / UH-1D no ano de 196,7 proporcionaram a Forca Aérea Brasileira um salto qualitativo operacional muito significativo, pois foi a primeira aeronave de asas rotativas com propulsão turbo jato a ser incorporada, que além de apresentar um melhor desempenho e confiabilidade, era dotado de nova avionica muito superior a disponível em seus antecessores. Outra contribuição importante dada pelo SH-1D foi o início da implementação da doutrina de Combate SAR na FAB com início na primeira metade da década de 1970, pois foi o primeiro modelo que podia ser configurado como plataforma de armas (equipado com metralhadoras de tiro frontal e lateral M-60 de 7,62mm e .50 pol e pods de foguetes não guiados de 70 mm), e apresentava também condições de sobrevivência em espaço aéreo inimigo durante as missões de C-SAR. Esta experiência inicial foi estendida aos modelos UH-1D quando da ativação dos EMRA – Esquadrões, Mistos de Reconhecimento e Ataque
O SH-1D foi um dos principais protagonistas nas buscas que seguiram ao acidente com o Douglas C-47 FAB 8068 que desapareceu na floresta amazônica em 17 de junho de 1967 com 24 pessoas a bordo, vale citar que esta missão foi considerada como uma das mais extensas já realizadas no mundo. A aeronave acidentada foi localizada 10 dias depois, com os sobreviventes sendo resgatados em 27 de junho por uma equipe PARA SAR que foi transportada pelo SH-1D FAB 8530, esta data passou a ser considerada como o “Dia de Aviação de Busca e Salvamento". Após esta prova de fogo que marcou o início do modelo como aeronave operacional, a Forca Aérea Brasileira passou a contar um equipamento apto a operar em todo território nacional , somente apresentando restrições para emprego em parte do mar territorial.
Em 1974 após 10 anos de operações as células remanescentes dos SH-1D e UH-1D foram submetidas a um processo de modernização que abrangeu além do up grade de avionicos e sistemas de comunicações, a troca por um novo motor Lycoming T53-L-13B com 1.400 shp, elevando o modelo para a versão SH-1H e se mantivera em operação ate finais da década de 1990, quando foram substituídos por um novo lote de aeronaves usadas adquiridas do Exército Americano.
Em 1974 após 10 anos de operações as células remanescentes dos SH-1D e UH-1D foram submetidas a um processo de modernização que abrangeu além do up grade de avionicos e sistemas de comunicações, a troca por um novo motor Lycoming T53-L-13B com 1.400 shp, elevando o modelo para a versão SH-1H e se mantivera em operação ate finais da década de 1990, quando foram substituídos por um novo lote de aeronaves usadas adquiridas do Exército Americano.
Em Escala.
Para representarmos o SH-1D "FAB 8531” fizemos uso do antigo kit AMT/ESCI , na escala 1/48 na versão "“MEDVAC", modelo que já apresenta detalhamento interior compatível em alguns itens com o modelo representado para a Forca Aérea Brasileira. Empregamos decais confeccionados pela FCM presentes no set 72/13 (somente matriculas) e decais oriundos de diversos outros sets do fabricante.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o terceiro padrão de pintura empregado, pelas aeronaves pertencentes ao 2º/10º GAV Esquadrão Pelicano, o primeiro padrão não portava faixas de alta visibilidade, sendo as mesmas acrescidas na cor amarela e posteriormente em laranja. Um novo padrão seria implementado logo apos a conversão para a versão UH-1H nas cores branca e laranja, mais tarde as aeronaves adotariam o padrão camuflado estilo seguindo a padronização americana aplicada a todas as aeronaves táticas empregadas no Vietnam
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o terceiro padrão de pintura empregado, pelas aeronaves pertencentes ao 2º/10º GAV Esquadrão Pelicano, o primeiro padrão não portava faixas de alta visibilidade, sendo as mesmas acrescidas na cor amarela e posteriormente em laranja. Um novo padrão seria implementado logo apos a conversão para a versão UH-1H nas cores branca e laranja, mais tarde as aeronaves adotariam o padrão camuflado estilo seguindo a padronização americana aplicada a todas as aeronaves táticas empregadas no Vietnam
Bibliografia:
- Bell UH-1D/H Wikipédia - https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_UH-1_Iroquois
- 2º/10º GAV Esquadrão Pelicano 50 anos, por Mauro Lins de Barros e
Oswaldo Claro Junior
- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 – 2015, por Jacson Flores Jr
- História da Força Aérea Brasileira por, Prof. Rudnei Dias
Cunha - http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html