Embraer EMB-120 Brasília C-97

História e Desenvolvimento. 
A Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A, uma companhia estatal de capital misto, foi fundada no dia 19 de agosto de 1969, na cidade de São José dos Campos no interior do estado de São Paulo, sendo esta empresa considerada a mola mestra propulsora da indústria aeronáutica nacional. Sua constituição tinha por objetivo principal realizar e produção em série da aeronave de transporte regional Embraer C-95 Bandeirante. Esta aeronave seria o primeiro projeto moderno a ser desenvolvido no país, e em razão de seu desing conceitual ser muito bem dimensionado para o segmento de mercado pretendido, logo sua versão civil o Embraer EMB-110 Bandeirante passaria a lograr os primeiros contratos de exportação, tendo como seu primeiro cliente a empresa francesa de transporte regional Air Littoral. Seu primeiro contrato militar seria celebrado em 1975 junto ao governo do Uruguai, e neste mesmo ano o modelo passaria a conquistar o mercado civil norte-americano, e logo se tornaria uma referência neste segmento. Os resultados proporcionados por este sucesso comercial levariam a empresa a obter os recursos e tecnologia necessária para assim poder ambicionar o desenvolvimento de novos projetos de aeronave de maior capacidade e desempenho. O próximo movimento se daria a partir deste mesmo ano o projeto de sua primeira aeronave executiva pressurizada, o Embraer EMB-121 Xingu, modelo este, que apesar de não se mostrar como um sucesso comercial como o EMB-110 Bandeirante, elevaria o patamar o know-how da empresa brasileira. Neste momento, começava-se a identificar no mercado internacional, uma possível demanda para aeronaves turboélices de porte médio, para o emprego em linhas aéreas regionais, com este mercado sendo potencialmente concentrado na Europa e América do Norte. estudo mercadológico levaria a equipe de projetos da empresa estatal brasileira, a iniciar estudos visando o desenvolvimento de uma aeronave turboélice, bimotora, de porte médio, pressurizada com capacidade de transporte de até trinta passageiros, capaz de decolar em pistas curtas, e não preparadas, aliando ainda desempenho e baixo consumo de combustível. O projeto do Embraer EMB-121 Xingu seria o ponto de partida para o desenvolvimento desta nova aeronave, se tratando basicamente de uma versão estendida desta aeronave. Este novo estudo receberia a designação inicial de EMB-120 Araguaia. Apesar de ser esteticamente promissor, este projeto apresentava limitações em seu emprego operacional, com este fator influenciado principalmente, pelo fato de ser uma versão derivada de um modelo de pequeno porte. Com base nessa ressalva, a equipe de projetos da Embraer S/A, optaria por abandonar esta linha de desenvolvimento.

Este projeto seria retomado no ano de 1979, com o objetivo de se conceber uma aeronave do zero visando assim atender as demandas especificadas por aquele promissor nicho de mercado de transporte regional. Apesar de se tratar de um novo avião, este novo projeto manteria a designação inicial de Embraer EMB-120, recebendo o nome de batismo de “Brasília” em homenagem a capital federal. Os parâmetros básicos envolviam uma aeronave bimotora de porte médio de baixo custo de operação, pressurizada com capacidade de até trinta passageiros. Para o atendimento ao perfil operacional exigido por esta categoria de aeronave, seriam escolhidos os confiáveis motores turboélices Pratt & Whitney Canadá PW-115 com 1.500 hp de potência cada, operando em conjunto com as novas hélices de desenvolvidas pela Hamilton Standard com quatro pás em material composto leve e mais resistentes. Completavam ainda este conjunto, novas asas com configuração de perfil supercrítico, que permitiriam ao novo bimotor brasileiro a atingir facilmente uma velocidade superior a 500 km/h. Sua fuselagem apresentava um diâmetro de 2,28 metros, dispondo do arranjo duplo de seus assentos, apresentando uma unidade isolada do lado esquerdo e dois do lado direito. Neste contexto de conforto interno, apenas a altura interna da cabine de 1,76 metro era apontada como uma característica negativa, pois poderia eventualmente causar desconforto a passageiros de estatura mais elevada. A aeronave também dispunha de algumas comodidades que eram inéditas neste porte de modelo, tais como sistema de ar-condicionado para uso interrupto durante o voo e possibilidade de adoção de um sistema auxiliar de geração de energia APU (Auxiliary Power Unit) para operação em aeródromos desprovidos de apoio em terra, que neste caso também viabilizaria a manutenção do ar-condicionado em funcionamento durante a toda a permanência da aeronave no solo, oferecendo um conforto adicional. O projeto seguiria em ritmo acelerado com o primeiro mockup sendo concluído no ano de 1981, e após ser submetido a ensaios aerodinâmicos receberia a liberação para a construção do primeiro protótipo.
No dia 29 de julho de 1983 nas instalações da empresa na cidade de São José dos Campos – SP, seria realizada a apresentação oficial e o batismo do primeiro protótipo que receberia a matrícula civil PT-ZBA, com esta aeronave sendo apresentada em um vistoso revestimento em alumínio polido e acabamento espelhado da superfície (que fora desenvolvido e fabricado especialmente pela empresa Alcoa S/A para este projeto). Seu primeiro voo ocorreria neste mesmo dia, com a aeronave despertando grande interesse e curiosidade de todos os presentes naquela ocasião.  Este dia marcaria a realização do primeiro evento organizado para o lançamento de uma aeronave desenvolvida e produzida pela Empresa Brasileira de Aeronáutica – Embraer S/A, contando com presença da imprensa especializada internacional, convidados de diversas empresas aéreas de transporte regional (nacionais e internacionais) e representantes de fornecedores e parceiros comerciais. Em dezembro daquele ano, a empresa receberia da Associação Brasileira de Marketing (ABM) o prêmio “Destaque Nacional de Marketing”, na Área de Desenvolvimento Tecnológico, muito em função da grande pela repercussão nacional e internacional obtida com a cerimônia de lançamento oficial do Embraer EMB-120 Brasília.  Após receber melhorias demandadas pelos resultados obtidos após sua aplicação a um extensivo programa de ensaios em voo, a nova aeronave receberia sinal verde para a produção em série, com este processo sendo iniciado no final do ano de 1985. Em fins de maio do ano seguinte a aeronave receberia a homologação operacional para emprego nacional pelo Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA), logo em seguida no mês de  junho, o Embraer EMB-120 Brasília receberia a autorização para operação no mercado civil norte-americano pela Federal Aviation Administration - FAA (Administração Federal de Aviação). Na sequência a Civil Aviation Authority - CAA (Autoridade Civil de Aviação), concederia a aeronave nacional a autorização para a operação comercial no Reino Unido.

Diferente do Embraer EMB-110 Bandeirante, que iniciaria partir de 1974, primeiramente sua carreira no mercado militar e civil brasileiro, a nova aeronave da Embraer S/A, teria sua estreia comercial e operacional no mercado internacional de transporte regional civil. Sendo importante salientar que antes mesmo da primeira entrega, o Embraer EMB-120 Brasília, já era considerado o avião de sua classe mais vendido no mundo, conquistando muitos contratos e opções de compra junto a empresas de transporte regional nos Estados Unidos e na Europa. Em meados do ano de 1985, a companhia norte-americana Atlantic Southeast Airlines, baseada em Atlanta, no estado da Geórgia, se tornaria a primeira empresa de transporte aéreo regional a receber o EMB-120 Brasília. Em setembro do mesmo ano, esta nova aeronave, realizaria seu primeiro voo em operação regular, ligando as cidades Gainesville na Flórida, a Atlanta no estado da Geórgia. No ano seguinte, o Embraer EMB-120 Brasília se tornaria o primeiro avião brasileiro a ser homologado para operação civil na Alemanha, representando um novo marco histórico para a Embraer S/A. Em 1988 a empresa Rio Sul Serviços Aéreos Regionais S/A (uma subsidiaria da Varig S/A), se tornaria o primeiro operador nacional da aeronave. Ao longo dos anos seguintes, a aeronave passaria a ser operada em rotas nacionais pela Passaredo Linhas Aéreas, Air Minas, Pantanal Linhas Aéreas, Ocean Air, Nordeste Linhas Aéreas, Penta Pena Transportes Aéreos, Kmw Taxi Aéreo, América Air, Trip Linhas Aéreas, Sete Linhas Aéreas, Tavaj Taxi Aéreo, Rico Transportes Aéreos e Interbrasil Star (uma subsidiária da Transbrasil S/A). Já no mercado internacional a aeronave passaria a operar em trinta e três empresas dispostas em quatorze países nos quatro continentes. No ano de 1994, o Embraer EMB-120 Brasília, já era considerado o avião regional mais utilizado no mundo, com uma frota perfazendo mais de três milhões de horas de voo, se mantendo em uso até os dias de hoje em muitas empresas ao redor do mundo.
Além da versão inicial do Embraer EMB-120 Brasília dedicada ao transporte de passageiros, seriam desenvolvidas também variantes especializadas, sendo uma versão com maior autonomia para operações de longo alcance designada Embraer EMB-120ER (Extended Range) e uma versão de transporte de carga, que passava a ser equipada com uma porta lateral na parte posterior esquerda da fuselagem. O compartimento de carga possuía um volume de trinta e um metros cúbicos, com esta variante recebendo a designação de Embraer EMB-120RT, vale citar que neste modelo era possível conciliar o transporte de passageiros e cargas. Na década de 1990, a Embraer S/A, submeteu às autoridades aeronáuticas brasileiras, norte-americanas e europeias um novo Plano de Manutenção Programada do EMB-120 Brasília, o que acarretou numa redução de aproximadamente 25% no custo de manutenção programada do equipamento. O plano adotava intervalos maiores entre as revisões, e reduzia o tempo de permanência da aeronave no solo para manutenção programada, com consequente ganho de produtividade. Isso reduziu ainda mais o custo operacional do Embraer EMB-120 Brasília, e o tornou mais competitivo. Devido à sua capacidade de pousos e decolagens curtas o modelo brasileiro despertaria ainda, a atenção das forças áreas do Brasil, do Uruguai, Angola e Equador, que buscavam uma aeronave para transporte VIP (Very Importan Person) de médio alcance, complementado assim aeronaves de maior porte a reação.

Emprego na Força Aérea Brasileira.
A missão de transporte executivo VIP (Very Important Person) na Força Aérea Brasileira, tem inicio no ano de 1941 com a criação da Seção de Aviões de Comando, com o emprego de aeronaves do modelo Lockheed L-12A  Electra Junior, que logos seriam complementadas pelos novos Lockheed Model 18 VC-60 e VC-66 Lodestar, estes seriam substituídos com extrema galhardia em seguida pelos novos Douglas VC-47. A era de aeronaves a reação para transporte executivo de funcionários de segundo escalão do Governo Federal chegaria em 1968 com a adoção dos novos jatos ingleses Hawker Siddeley HS-125 VC-93, que atenderiam a contento as missões a eles destinados durante os anos seguintes. Em meados da década de 1980 o Ministério da Aeronautica (MAer), buscava reforçar sua capacidade de transporte executivo VIP (Very Important Person) visando assim atender e complementar destinos secundários que até então realizados pelos Embraer EMB-121 VU-9 Xingu, que apesar de operarem com grande êxito em suas missões, infelizmente apresentavam grande limitação no transporte de passageiros devido ao seu pequeno porte. Neste mesmo momento, o Embraer EMB-120 Brasília estava começando a apresentar excelentes resultados operacionais no mercado internacional de aviação civil na Europa e na América do Norte. Este notório desempenho influenciaria positivamente o Comando da Aeronáutica (COMAer) a optar pela aquisição desta aeronave para o atendimento a suas demandas de transporte. Assim no final do ano 1986 seria celebrado entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica - Embraer S/A e Ministério da Aeronáutica (MAer), um contrato para o fornecimento de cinco células novas de fábrica, fazendo neste acordo a opção pela versão combo de carga e passageiros designada pelo fabricante como EMB-120RT (Reduce Take-off Weight) Brasília. Este contrato previa a entrega das aeronaves configuradas com interior especial, destinado ao transporte de autoridades (VIP), com capacidade para transporte de até doze passageiros. A Força Aérea Brasileira se tonaria o primeiro operador do Embraer EMB-120 Brasília no país, pois somente em 1988 o modelo seria adotado por um operador civil nacional, a empresa Rio Sul Serviços Aéreos Regionais S/A. A primeira aeronave com a designação de VC-97 e de matrícula FAB 2001 seria entregue ao Grupo de Transporte Especial (GTE) na Base Aérea de Brasília em 3 de janeiro de 1987, e em 27 de fevereiro seriam iniciadas as operações em proveito desta unidade, inaugurando assim as operações militares da aeronave da Embraer S/A no Brasil.

Nesta unidade os novos Embraer EMB-120RT Brasília , agora designados como VC-97, apresentariam uma carreira efêmera, pois curiosamente em março de 1988 todas estas aeronaves foram transferidas, para o 6º Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) sediado na Base Aérea de Brasília, neste contexto as aeronaves matriculadas como "FAB 2003 e 2004", já seriam entregues já diretamente a esta unidade. Infelizmente Embraer VC-97 Brasília "FAB 2001" acabaria sendo perdido em um acidente ocorrido em junho de 1987 durante um pouso em São José dos Campos no interior de São Paulo, com perda total da aeronave e tripulação. Vale salientar ainda que dá encomenda inicial apenas quatro aeronaves seriam realmente entregues, pois o quinto Embraer VC-97 Brasília de matrícula FAB 2005, apesar de estar pronto e pintado nas cores oficiais, acabaria tendo seu pedido cancelado pelo Ministério da Aeronáutica (MAer), com esta aeronave sendo revendida para uma empresa de transporte aéreo regional angolana. Apesar desta estranha decisão, posteriormente outro EMB-120RT Brasília seria incorporado, sendo este o terceiro protótipo do modelo a ser construído, pertencente anteriormente a frota orgânica da  Embraer S/A, portando originalmente a matrícula civil, PP-ZBB, que seria incorporada à frota da Força Aérea Brasileira julho de 1987. Esta “nova” aeronave receberia a designação de YC-97 e a matrícula FAB 2000, sendo então destinado ao Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) onde seria empregado pelo Grupo de Ensaios em Voo (GEEV) baseado na cidade de São José dos Campos - SP. Em 2005, esta aeronave seria transferida para o Parque de Material dos Afonsos (PAMAAF) na cidade do Rio de Janeiro - RJ, para operar como aeronave orgânica, daquele que é o parque apoiador do modelo na Força Aérea Brasileira, e em 2011 o FAB 2000 seria redesignado como C-97 Brasília.
A partir do ano de 1988, seriam adquiridas mais aeronaves, agora usadas originarias do mercado civil de transporte aéreo, sendo retomadas como parte de pagamentos não efetuados junto a empréstimos contratados pelas empresas Rio Sul Serviços Aéreos Regionais S/A e Nordeste Linhas Aérea S/A, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Esta nova incorporação seria disposta em dois lotes, sendo o primeiro composto por três aeronaves do modelo EMB-120RT e o segundo por nove células do modelo EMB-120ER (Extended Range), com esta última versão aprimorada, estando equipada com novos motores e maior raio de alcance.  Destas novas aeronaves, apenas uma célula do EMB-120ER Brasília, seria configurada na versão transporte executivo VIP (Very Important Person), recebendo a designação de VC-97 e matrícula FAB 2010, com alocação junto ao 6º Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA). As demais células seriam configuradas na versão de transporte de carga e passageiros recebendo a designação de C-97, com as aeronaves homologadas para emprego em missões na configuração cargueiro Single Cargo Net, com a capacidade de até três mil e quinhentos quilos, ou na versão Combi (combinada), que comportava até dezenove passageiros e 1.500 kg de carga. Estas “novas” aeronaves receberiam as matriculas "FAB 2005, FAB 2006, FAB 2007, FAB 2008, FAB 2009, FAB 2011, FAB 2012, FAB 2013, FAB 2014, FAB  2015 e FAB 2016",  e passariam a operar junto ao 3º Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA) baseado no Rio de Janeiro, 6º Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) baseado em Brasília, 7º Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA) baseado em Manaus. Neste contexto seriam empregas em diversas tarefas de transporte, entre elas apoio ao estabelecimento da estrutural operacional pertinente ao   Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Uma única aeronave seria alocada ao Grupo Especial de Ensaios em Voo (GEEV) na cidade de São José dos Campos, para operar como aeronave orgânica da unidade. 

Em meados da primeira década de 2000, ficava clara a obsolescência da frota dos Embraer C-95 Bandeirante, mais notadamente referente as primeiras células incorporadas na década de 1970, e neste momento se fazia então necessário iniciar um processo de substituição destas aeronaves. A primeira açao concreta neste aspecto se daria no ano de 2009 com a incorporação de mais quatro células usadas do modelo Embraer EMB-120ER Brasílias adquiridas no mercado civil norte americano. Estas “novos” C-97 Brasílias receberiam as matrículas FAB 2017 a 2020, o que possibilitaria equipar com uma aeronave ao menos o 2º ETA, o 4º ETA  e o 5º ETA  (Esquadrões de Transporte Aéreo),  com isso todos os esquadrões de transporte, passariam a contar com pelo menos um C-97 Brasília em sua frota, elevando assim em muito a capacidade operacional da aviação de transporte. Ao todo a Força Aérea Brasileira adquiriria ao longo dos anos, vinte e uma aeronaves desta família, das quais até a atualidade, se encontram em operação vinte destas aeronaves, sendo distribuídas aos sete Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA) e ao Parque de Material dos Afonsos (PAMAAF) no Rio de Janeiro, onde opera exclusivamente como aeronave orgânica daquele parque apoiador. Seu excelente desempenho operacional, elencaria o C-97 Brasília como uma das opções a serem aplicadas no processo de substituição dos Embraer C-95B e C-95C ainda em carga na Força Aérea Brasileira. A proposta apresentada naquele momento pela empresa envolvia uma versão customizada do EMB-120 Brasília para a versão de transporte militar de carga. Neste contexto seria deveriam ser adquiridas no mercado internacional pelo menos 20 aeronaves usadas das versões mais recentes do modelo, sendo posteriormente revisadas, convertidas em parceria com a Força Aérea Brasileira nas instalações da empresa, recebendo um piso reforçado, portas de carga (permitindo o lançamento de paraquedistas e fardos de carga) e uma completa modernização de sua aviônica. No entanto este estudo conceitual, não passaria da fase de projeto, levando o Comando da Aeronáutica (Comaer), a derivar pela escolha da implementação de um processo de modernização, junto a uma parcela da frota de aeronaves Embraer C-95 Bandeirante, remanescentes.
O Embraer EMB-120 Brasília voltaria a ser considerado para emprego especializado pela Força Aérea Brasileira, quando estudos relativos ao projeto SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), que previam a dotação de meios aéreos a fim de prover o programa SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia). Estudos iniciais previam o emprego do EMB-120 RT Brasília como plataforma para o uso do radar Saab Electronic Defence Systems Erieye (selecionado para sistema de alerta e controle aéreo antecipado - AEW&C). Contudo o atraso de quase dois anos e meio para a negociação final e início de vigência deste contrato (previsto para o início de 1995, com sua implantação ocorrendo somente em 25 de julho de 1997), concederiam mais tempo para a análise desta aeronave como possível plataforma para este sistema, e neste momento seriam observadas preocupantes restrições operacionais, fazendo então que o Embraer C-97 Brasília fosse substituído neste programa pelo novo jato regional Embraer ERJ-145, na época recentemente lançado no mercado internacional, que sem mostraria muito mais adequado ao atendimento destas demandas.  Atualmente os Embraer C-97 Brasília continuam operando na Força Aérea Brasileira, atuando em tarefas de transporte VIP (Very Important Person), transporte de cargas, ligação e remoção aeromédica, operando em complemento aos modernizados Embraer C-95BM e C-95CM e em conjunto com os CASA C-105 Amazonas. Em 2018 seria definido que as aeronaves remanescentes deste modelo deverão ser revisadas estruturalmente e modernizadas principalmente em termos de aviônica e sistemas de comunicação. Este programa poderá estender a vida útil desta aeronave pelos próximos quinze anos.

Em Escala.
Para representarmos o Embraer EM-120RT Brasília VC-97 “FAB 2002” empregamos a nova versão do kit em resina do fabricante GIIC Models na escala 1/72, modelo de fácil montagem que possibilita apresentar a aeronave com as portas de passageiros e carga abertas. Fizemos uso do set original do modelo combinados com decais confeccionados pela FCM Decais oriundos de diversos sets.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o esquema tático “cinza londrino” aplicado nestas aeronaves a a partir de fins da década de 1990. Anteriormente estas aeronaves receberiam o padrão de pintura VIP (Very Important Person) aplicado nas aeronaves em serviço no Grupo Especial de Transporte (GTE). Já o YC-97 Brasília FAB 2000 manteria nos primeiros anos o padrão de acabamento metálico original do primeiro protótipo.



Bibliografia :

- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 – 2015 Jackson Flores Junior
- O Projeto SIVAM e a Embraer – Revista Flap http://www.revistaflap.com.br
História da Força Aérea Brasileira, Prof Rudnei Dias Cunha - http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html