Jeep Willys M-38A1 e M-38A1C

História e Desenvolvimento.
Em fins da década de 1930, seriam produzidos pela Bantan Car Company of Butler os primeiros setenta veículos utilitários leves com tração 4X4, que se tornariam a gênese da mais famosa linha de veículos militares do mundo, a família "Jeep". Em seu emprego operacional inicial, este novo modelo permitiria as forças de infantaria do Exército dos Estados Unidos (US Army), explorar grande potencial de mobilidade, realizando com sucesso em uma variada gama de tarefas. Esta perspectiva levaria a decisão em se adotar em larga escala o modelo nas forças armadas norte-americanas, culminando assim na abertura de concorrência para o desenvolvimento de uma versão aprimorada deste carro, para assim ser adquirido em larga escala. Em fins do ano de 1941, após um controverso processo de avaliação e contratação, sua produção teria início junto as plantas fabris da American Bantam Company,  Ford Motors Company e Willys-Overland Company. Os primeiros veículos de série de seriam entregues ao Exército do Estados Unidos (US Army), a partir de março do ano seguinte. Seus usuários passaram a se referir ao veículo pelo acrônimo "GP" (General Purpose - Proposito Geral), que na língua inglesa soava na pronúncia como "jeep". Curiosamente a palavra "jeep" era a única pronunciada por um personagem de quadrinhos muito famoso da década de 1930 chamado Eugene, que era o bicho de estimação de Olívia Palito, namorada do marinheiro Popeye. Este simpático personagem era detentor de uma variada gama de poderes, como super força e capacidade de caminhar pelas paredes e tetos. Assim graças a popularidade do desenho animado, os soldados passaram a chamar seus veículos de “Jeep” em alusão aos seus poderes. O termo "Hey, he's a real Jeep!" (Ei, ele é um verdadeiro Jeep!), era constantemente empregado para pessoas que apresentavam uma capacidade física superior. Durante toda a Segunda Guerra Mundial, a produção desta versátil família de utilitários leves superaria mais de meio milhão de carros, destes 363.000 produzidas pela Willys Overland Company e cerca de 280.000 entregues pela Ford Motors Company. O modelo seria ainda um dos principais expoentes do Programa Lend & Lease Act Bill (Lei de Empréstimos e Arrendamentos), com mais de 51.000 unidades fornecidas somente para a União Soviética, além de milhares mais, para os países aliados.    

O término da Segunda Guerra Mundial em agosto de 1945, levaria a uma desmobilização quase que imediata dos esforços de produção industrial militar dos Estados Unidos. Desta maneira, todas as indústrias de defesa norte-americanas, seriam profundamente afetadas por cancelamentos nos contratos de produção. Entre estas empresas estava a Willys Overland Company, que neste momento dedicava quase que a totalidade das linhas de produção e ferramental para a produção da família Jeep. Porém mesmo do término do conflito esta montadora já elucidava esforços para buscar em curto espaço de tempo uma profunda reorientação estratégica de seu portifólio automotivo, com a solução mais promissora apontando para o mercado civil, salientando Willys Overland Company deteria uma grande vantagem de marketing, tendo em vista neste período a Ford Motors Company, seria judicialmente impedida de fazer uso da marca "Jeep".  Nascia assim em fins de 1944, a versão civil do valente veterano de guerra, que passaria a receber a denominação de Willys CJ-2 (Civil Jeep), sendo completados quarenta carros pré-série. Porém sua produção só atingiria a escala industrial a partir de julho de 1945, com um novo modelo melhorado, o CJ-2A. Embora seu design fosse diretamente baseado no Willys MB militar, e apesar de fazer uso do mesmo motor Willys Go Devil (com carburador e sistema de ignição diferentes), estes não seriam apenas despojados de todas as características militares, apresentando também muitas diferenças significativas nas características da carroceria e construção em comparação com o jipe militar. O Willys-Overland CJ-3A seria introduzido em 1949, e esteve em produção até 1953, quando substituído pelo CJ-3B. Ele era alimentado pelo motor de quatro cilindros L-134 Go-Devil de 60 cv (45 kW; 61 cv) da Willys, com transmissão T-90 e caixa de transferência Dana 18, eixo dianteiro Dana 25 e eixo traseiro Dana 41 ou 44. Neste momento as Forças Armadas Norte-Americanas iniciariam um processo de renovação de frota que incluiria a curto prazo a substituição de grande parte da frota dos antigos modelos Willys MB e Ford GPW utilizados na Segunda Guerra Mundial. A solução óbvia recairia sobre viatura baseada nestes utilitários de grande sucesso, com Willys Overland Company recebendo um contrato de desenvolvimento para esta finalidade. 
Em 1950, a montadora apresentaria o novo modelo Willys M-38 G-740 (identificado como um "MC"), este era uma versão melhorada, baseada no CJ-3A. Visualmente podia ser distinguido pela presença de uma nova grande frontal que passou a   ter sete aletas de ventilação por causa do tamanho dos faróis (os MB possuíam nove aletas e faróis embutidos). Estava dotado com características militares específicas, incluindo um para-brisa dobrável de uma peça, montado na parte inferior, limpadores de para-brisa, gancho para reboque, manilhas de içamento e sistema de abastecimento de combustível no lado do motorista. Um conjunto de ferramentas primordiais (machado e pá) seriam instaladas no lado do passageiro, sendo também empregados pneus de maiores dimensões (7:00x16), e seria adotado um novo sistema elétrico à prova d'água, exigindo uma segunda bateria. A suspensão e o quadro do Willys M-38 eram mais robustos que o presente na versão civil Willys CJ-3A, apresentando ainda um eixo traseiro totalmente flutuante. Outras características distintivas do M-38, incluíam faróis salientes (com fios de proteção na frente), uma saída de ar na base do para-brisa, luzes blackout e entalhes para várias ferramentas. O modelo militar não dispunha de um degrau externo (incluído no CJ-3A), para melhorar a distância ao solo facilitando o embarque. Entre os acessórios previstos incluíam-se guinchos hidráulicos Ramsey (com um peso líquido de 2.745 libras), equipamentos para vadear depressões e sistema de respiração especial para permitir a passagem de vales em riachos. Alguns jipes Willys M-38 seriam configurados especialmente para operações nivelamento leve de solo (sendo esta considerada uma versão raríssima) com lâminas controladas hidraulicamente. Os modelos destinados a operar em áreas de clima extremo de inverno incluíam um gabinete rígido (carroceria e capota), todo em metal. O painel de instrumentos do Willys M-38 era um exercício de simplicidade, assim como seus antecessores. Os instrumentos estavam agrupados no centro com iluminação externa, com as placas de dados à direita e um porta-luvas na extrema direita. 

Os primeiros carros pré-série seriam extensamente avaliados junto ao Quartel General do Departamento Exército dos Estados Unidos no Forte de Holabird em Baltimore (Maryland), sendo logo homologados para uso operacional.  Em janeiro de 1951 seria celebrado um primeiro contrato para cinco mil veículos que passariam a ser entregues no segundo semestre do mesmo ano. Este seriam implantados no principal teatro de operações durante a Guerra da Coreia (1950-1953) sendo empregados pelo Exércitos dos Estados Unidos (US Army) e pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha (US Marine Corps). Mais contratos seriam firmados logo em seguida, com o modelo ficando conhecido também na Europa pela utilização por unidades militares norte-americanas na então Alemanha Ocidental. Aproximadamente dois mil e trezentos jipes M-38, seriam fabricados pela Ford Motors do Canadá para as Forças Armadas Canadenses a partir do ano de 1952, sendo localmente designados como jipe M38-CDN. Um grande número seria produzido para o mercado de exportação atendendo a contratos da Suíça, França, Holanda (M-38 NEKAF) e Bélgica. Neste meio tempo a pedido do comando do Exércitos dos Estados Unidos (US Army), já se encontrava em desenvolvimento uma nova versao deste utilitário, com este projeto culminando em fevereiro de 1952 no lançamento do MD  M-38A1 Truck, Utility G-758. Este seria o primeiro jipe a apresentar uma carroceria significativamente reestilizada, imediatamente reconhecível por seu capô arredondado e para-lamas, servindo de base para o novo modelo comercial CJ-5 produzido initerruptamente por três décadas entre os anos de 1954-1983. Seria também o modelo a fazer uso do novo motor Willys Hurricane F-Head 134 de quatro cilindros em linha, e por este apresentar um perfil mais alto, levaria a necessidade de redesenho de sua carroceria, principalmente na parte frontal. Os primeiros carros de série começariam a ser entregue em meados do mesmo ano, sendo regularmente equipados com uma metralhadora Browning M2 calibre.50 ou equipamento de rádio e montagem de antena.  Em seguida seria celebrado um grande contrato para o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha (US Marine Corps), sendo customizados especialmente com maior proteção contra corrosão naval e para choques reforçados para permitir a instalação de anéis de elevação para aerotransporte. Além do mercado doméstico, grandes lotes destes veículos seriam montados sob licença no Canadá (M-38A1CDN)  e na Holanda (M-38 DAF YA-054) e por fim na Coréia do Sul  com os modelos Kia KM410 e Keohwa M-5GA1. 
Em 1953 seria apresentada a versão “canhoeira” M-38A1C, equipada com um canhão sem recuo M-40A1 106mm, acoplada a este estava um fuzil semiautomático M-8C calibre .50 (com seu cartucho sendo 22 mm curto do que o da metralhadora calibre .50 padrão). Este sistema serviria para direcionamento do tiro do canhão, sendo disparado primeiramente para garantir a efetividade de atingimento do alvo pelo projetil de 106 mm. Várias dezenas de M-38A1s seriam convertidos, montando um sistema de armas nucleares tático Davy Crockett, disparado por um rifle liso de grande diâmetro sem recuo, um M-28 de 120mm, ou um canhão M-29 155mm. Este veículo transportava dois projéteis M-388, montando a ogiva nuclear Mk-54, que apresentava um alcance efetivo entre 2 e 4 km, dependendo do tipo de canhão empregado. Este sistema de armas receberia a designação de “Battle Group Atomic Delivery System" (Sistema de entrega atômica do grupo de batalha), sendo alocado em unidades aerotransportadas. Por fim seria desenvolvida a versão ambulância o M-170 Frontline Ambulance,  com uma distância entre eixos aumentada em 51 cm (que posteriormente seria o chassi base para a versão civil CJ-6), possibilitando transportar até seis passageiros sentados, ou três deitados em macas.  Entre os anos de 1950 e 1971, seriam produzidos mais de 140.000 veículos de todos os modelos, com estes passando a ser substituídos nas forças armadas norte-americanas gradualmente a partir de 1960 pelos novos Ford M-151 Mutt. Este processo levaria ao armazenamento de milhares destes jipes que posteriormente seriam incluídos como itens de portifólio dos programas de ajuda de militar demandados pelos Departamento de Estado do Governo dos Estados Unidos. Neste contexto veículos dos modelos M-38, M-38A1 e M-38A1C seriam cedidos as forças armadas de Bangladesh, Brasil, Chade, Cuba, Croácia, Egito, El Salvador, Guatemala, Israel, Ira, Jordânia, Katanga, Laos, Líbano, Líbia, Mianmar, Nicarágua, Paquistão, Portugal, Congo, Rodésia, Suíça e Turquia. 

Emprego nas Forças Armadas Brasileiras.
O início da operação militar no Brasil de veículos utilitários leves com tração integral (4X4) do tipo jipe, teria sua origem no ano de 1942, mediante a adesão do governo brasileiro ao programa de ajuda militar norte-americano,  Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos). Neste contexto de acordo com os termos estabelecidos ficava previsto a cessão de quase dois mil veículos utilitários leves com tração 4X4 do tipo "Jeep", com estes fornecimentos não atendendo a nenhum critério de padronização por fabricante ou modelo, não existindo registros oficiais por parte das forças armadas brasileiras sobre a quantidade de modelos recebidos que foram produzidos pela Ford Motors Company ou pela Willys Overland Company. Os primeiros veículos utilitários desta família, começariam a ser recebidos no país em lotes a partir de março 1942, mesclando veículos novos e usados, oriundos da frota ou da reserva estratégica do Exército dos Estados Unidos (US Army). Destes, 655 seriam entregues diretamente na Itália para uso junto a Força Expedicionária Brasileira (FEB), trazendo uma experiencia operacional sem igual para a Força Terrestre, o que permearia ao longo dos anos vindouros a doutrina motomecanizada brasileira. O emprego deste substancial frota de utilitários leves, em conjunto com demais veículos de transporte de diversos modelos, entre meados das décadas de 1940 e 1950, proporcionaram as Forças Armadas Brasileiras e mais notadamente ao Exército Brasileiro uma capacidade de mobilidade para sua força de infantaria sem igual até aquele período. No entanto o passar dos anos, logo traria o peso do desgaste operacional e a consequente obsolescência, resultando em preocupantes índices de indisponibilidade na primeira metade da década de 1950. Grande parte cenário acabaria sendo provocado por falta atendimento aos processos críticos de manutenção e deficiências na obtenção de peças de reposição. A fim de sanar esta problemática, que afligia principalmente o Exército Brasileiro, o governo federal passaria a estudar a aquisição de um lote de fábrica dos novos jipes Willys M-38 ou Ford M-151 Mutt, os sucessores naturais dos veteranos Ford GPW e Willys MB, afim substituírem uma parcela considerável de sua frota deste tipo utilitário. 

Estudos preliminares realizados durante o ano de 1954, apontavam que deveriam ser adquiridos entre trezentas e seiscentas viaturas destes modelos elencados, possibilitando assim retirar de serviço os veículos mais desgastados que se encontravam em operação desde o ano de 1942. No entanto o investimento total previsto para o atendimento para esta demanda, se mostraria inviável do ponto de vista orçamentário para aquele momento.  A alternativa então, passaria a ser pautada na aquisição de viaturas usadas, assim seriam iniciadas tratativas junto ao Departamento de Estado do governo norte-americano, fazendo uso dos termos previsto nos auspícios do programa do Acordo Militar Brasil – Estados Unidos, celebrado no ano de 1952.  Porém inicialmente a totalidade da demanda não seria atendida, pois neste momento o Exército dos Estados Unidos passava a receber os primeiros lotes do Ford - Kaiser M-151 Mutt não havendo ainda disponíveis para a cessão de uma quantidade representativas dos jipes Willys M-38.  Assim os primeiros jipes deste modelo só passariam a ser disponibilizados ao Exército Brasileiro a partir de meados do ano de 1956, sendo recebidos juntamente com uma grande quantidade de carros de combate, caminhões, peças de artilharia e armamentos de infantaria. Um total de noventa jipes do modelo M-38A1 e vinte da versão canhoneira M-38A1C, seriam desembarcadas no porto do Rio de Janeiro em julho deste mesmo ano. Estes novos utilitários com tração integral 4X4 se mostrariam muito superiores aos modelos em operação até então, e logo passariam a ser distribuídos as unidades operacionais, substituindo assim os jipes mais antigo em uso. Teria assim início o movimento de recuperação da capacidade mobilidade da força, sendo também classificados no Exército Brasileiro como Viatura de Transporte Não Especializado 4X4 (VTNE). 
Porém a grande novidade para o Exército Brasileiro, ficaria por conta da incorporação da versão “canhoneira” M-38A1C, equipada com o canhão sem recuo M-40 de 106 mm, marcando a introdução deste tipo de arma de artilharia na Força Terrestre.  Visualmente este modelo se diferenciava por apresentar um novo para-brisa, dividido em duas partes, possuindo entre estas partes um suporte para fixar o canhão quando este não estava em uso. Por este motivo o vidro não basculava, somente o quadro inteiro. Não dispunha de tampa traseira e era dotado de dois pequenos assentos sobre os paralamas traseiros para os artilheiros, além de uma espécie de suporte sobre o assoalho traseiro para alojar os obuses do canhão. Apresentava também pá e machado nas laterais, uma em cada lado, além do estepe e o galão transferidos para o lado direito. Em termos de mecânica a principal diferença estava baseada em seu sistema de suspensão, que passava a ser reforçada com molas helicoidais sobre os feixes, uma em cada lado. Esta alteração se fazia necessária para o veículo suportar um forte solavanco para traz, quando do disparo do canhão sem recuo M-40 de 106 mm. Este sistema de armas quando montado sobre o jipe Willys M-38A1C se mostrava de operação bastante ági,l e sua mobilidade no campo de batalha representava o seu ponto forte, estando perfeitamente adaptado para as características dos conflitos daquela época. Os utilitários Willys M-38A1C “Canhoneiros” passariam a ser identificados pela nomenclatura de VTE (Viatura de Transporte Especializado) CSR (canhão sem recuo) 1/4 tonelada 4x4, e possuíam o código de inscrição de matrícula de frota “EB22”. 
 
Anteriormente em 1950, seria aprovada uma nova regulamentação para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), que caracteriza uma profunda mudança de orientação, preparando assim o corpo para plena capacidade operativa com ênfase em operações anfíbias, criando  a Força de Fuzileiros de Esquadra ou FFE. No entanto este regulamento não determinava o início das operações, e sim apenas previa sua necessidade, pois neste momento ainda faltava a Marinha do Brasil os meios para a implementação desta nova doutrina. Nos anos seguintes seriam incorporados os primeiros navios de transporte de tropas e desembarque de veículos e carros de combate. Faltava agora a incorporação de veículos que permitissem o emprego em operações de desembarque anfíbio, a solução se daria em 1958 quando do recebimento de cinquenta jipes divididos entre os modelos Willys M-38A1 e M-38A1C, com estes veículos usados sendo oriundos dos estoques de reserva do Exército dos Estados Unidos (US Army). O advento da introdução desta arma iria trazer a Força de Fuzileiros de Esquadra (FEE) novas capacidades ofensivas e defensivas, proporcionando uma capacidade de projeção de força em operações de desembarque anfíbio. Entre os anos de 1957 e 1959, mais duzentos jipes Willys dos modelos M-38A1 e M-38A1C seriam recebidos nos termos de programas de ajuda militar norte-americanos, com sua totalidade representando veículos usados, muitos dos quais com baixa quilometragem e excelente estado de conservação que recentemente haviam sido substituídos pelos novos modelos Ford – Kaiser M-151A1 e M-151A1C. Nos anos seguintes mais jipes Willys M-38A1 seriam recebidos e distribuídos ao Exército Brasileiro e ao Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil.
O jipe Willys M-38A1, seria empregado pelo Exército Brasileiro em um cenário de conflagração real, quando da participação das tropas pertencentes ao Batalhão Suez quem compunham a Força de Emergência das Nações Unidas - UNEF (United Nations Emergency Force). Estes veículos eram pertencentes a Organização das Nações Unidas (ONU), e seriam comodatados aos países participantes. Entre os anos de 1956 e 1957 estas viaturas atenderam operacionalmente aos vinte contingentes brasileiros participantes desta missão, operando desde missões de reconhecimento patrulha. Estes utilitários participariam nos esforços de minimização do número de   confrontos entre os lados egípcio e israelense. A partir do ano de 1959 a necessidade de substituição da frota remanescente de jipes Ford GPW e Willys MB, levaria o comando do Exército Brasileiro a derivar para a adoção de utilitários militarizados dos modelos Willys CJ-2, CJ-3, CJ-4 e CJ-5, incluindo neste contexto uma versão do jipe canhoneiro.  Nos anos seguintes a incorporação de constante lotes destas viaturas nacionais militarizadas deflagariam no Exército Brasileiro um gradual processo de desativação dos Willys M-38A1 e M-38AC, com os últimos sendo baixados no ano de 1984. Este processo se repetiria no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), com modelos M-38A1 sendo suplantados pelos novos Willys CJ-5 e os M-38A1C pelos modelos canhoneiros dos Willys CJ-5 e Toyota Xingu, com os últimos sendo retirados de serviço somente  no ano de 1989. 

Em Escala.
Para representarmos o Jipe Willys M-38A1C  "Canhoneiro” pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), fizemos uso do antigo kit produzido pela Skybow na escala 1/35. Para se compor a versão utilizada pelas Forças Armadas Brasileiras, não é necessário proceder nenhuma mudança, com o modelo podendo ser montado diretamente da caixa. Fizemos uso de decais produzidos pela Decal & Books , presentes no set especial “Forças Armadas do Brasil 1983 – 2002”.

O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa um dos diversos padrões de camuflagem  tática aplicadas aos veículos pertencentes ao Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) durante as décadas de 1970 e 1970. Tanto os veículos da Marinha do Brasil, quanto os do Exército Brasileiro foram recibos nas cores do Exército dos Estados Unidos (US Army). Durante sua carreira no país, diversos padrões de pintura foram aplicados. Empregamos tintas e vernizes produzidos pela Tom Colors. 
 

Bibliografia : 

- O Jeep Militar no Brasil - http://jeepguerreiro.blogspot.com/ 

- Batalhão Suez -   http://www.batalhaosuez.com.br   

- Leand & Lease Act  - Revista Tecnologia e Defesa - Edição 133. 

- Jeep Willys M-38 Wikipidia  https://en.wikipedia.org/wiki/Willys_MB 

- Primeiro Jeep Nacional https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/willys-jeep-universal-ford-jeep-cj-5/