SIKORSKY H-60L BLACK HAWK

História e Desenvolvimento.
Fundada em 23 de maio 1923, a Sikorsky Aero Engineering Corporation, se tornaria a empresa pioneira no desenvolvimento e produção de aeronaves de asas rotativas, com o gênio Igor Sikorsky sendo responsável pelo primeiro modelo operacional o Sikorsky R-4, que realizaria suas primeiras missões ainda durante as fases finais da Segunda Guerra Mundial, sendo empregado com sucesso nos teatros de operações da China-Birmânia-Índia e Pacífico Sul. O projeto conceitual do Sikorsky R-4, passaria a nortear o desenvolvimento da maioria dos novos modelos de aeronaves de asas rotativas desenvolvidas a seguir. A partir da década de 1950 a empresa voltaria a figurar como um dos principais fornecedores de aeronaves de asas rotativas para as forças armadas norte-americanas com seus modelos Sikorsky S-55 e S-58, empregados em uma série de tarefas operando desde o transporte até guerra antissubmarino (ASW). No entanto seu grande trunfo comercial futuro começaria a tomar forma durante o início da década de 1960, quando os helicópteros da família Bell UH-1 começaram a ser empregados maciçamente no conflito do Vietnã, chegando a envolver mais 3.000 células do modelo em todo o conflito, equipando todas as forças armadas norte-americanas. Esta operação em larga escala iria gerar uma nova doutrina de operação de aeronaves de asas rotativas que foram empregues em missões de evacuação aero médica, busca e salvamento, assalto aéreo, transporte de tropas, apoio aéreo aproximado, comando e controle e transporte de cargas. Apesar do excelente desempenho da família Bell UH-1 Iroquis, o comando do Exército Americano (US Army) identificaria a necessidade de uma nova, aeronave desta categoria deveria ser implementada, sendo mais apta a sobreviver em operação nos campos de batalha. Assim no final da mesma década seriam criados estudos que envolveriam as características e especificações técnicas e de desempenho para o desenvolvimento de uma nova aeronave de asas rotativas de porte médio, destinada a tarefas de transporte de tropas, Combat SAR (busca e salvamento), assalto aéreo e ligação. Este programa recebeu o codinome de “UTTAS” (Utility Tatical Transport Aircraft System – Sistema de Aeronave de Tático Utilitário e Transporte), seu ambicioso objetivo era o de desenvolver uma aeronave superior, que substituísse a médio e longo prazo os helicópteros da família Bell UH-1, que até então representavam o esteio da frota da força de aeronaves de asas rotativas das forças armadas norte-americanas.    

Entre os principais requisitos exigidos pelo programa UTTAS (Utility Tatical Transport Aircraft System) estava aquele que apregoava uma aeronave com dois motores turbo eixo, permitindo assim uma maior capacidade de sobrevivência da célula e do grupo motriz em cenários de conflagração, podendo suportar danos em combate, levando assim a necessidade de criação de um novo motor turbo eixo para atender a estas demandas, processo este  que culminaria no exitoso projeto do conjunto General Electric T700.  Os demais parâmetros deste programa como confiabilidade operacional, sobrevivência em ambientes de combate e custos de ciclo de vida reduzidos, iriam resultar em recursos inovadores para aeronaves de asas rotativas até então. Entre estes os motores com desempenho otimizado para operação e altas temperaturas ou altas altitudes, design modular de conjuntos de componentes críticos, caixas de transmissão secas; subsistemas redundantes (hidráulicos, elétricos e de vôo) com alta tolerância a impactos de balística; blindagem para tripulantes e tropas, entre outros melhoramentos incorporados no programa da futura aeronave. Ainda que este helicóptero apresentasse dimensões superiores aos Bell UH-1D/H, deveria ainda possibilitar ser transportado a bordo de um Lockheed C-130 Hércules. Este processo capitaneado então pelo comando do Exército Americano (US Army), teve o início oficial em janeiro de 1972 com o lançamento do RFP (Request for Proposal – Pedido de Proposta). Diversas empresas nacionais manifestariam interesse no programa, que previa a aquisição de um suntuoso lote de células a curto e médio prazo. Análises detalhadas destas propostas levariam a definição de dois candidatos finalistas, sendo estes representados pelo Sikorsky YUH-60A e Boeing-Vertol YUH-61A. Estas duas empresas receberiam um contrato de financiamento para a construção de protótipos de avaliação, com primeiro voo do modelo Sikorsky Aircraft ocorrendo em 17 de outubro de 1974, sendo seguido um mês depois pelo seu concorrente. Logo na sequência mais dois protótipos de cada modelo seriam produzidos a fim de serem submetidos a um extenso programa de avaliação e testes em voo. Este programa seria dividido em um estágio preliminar com início previsto em novembro de 1975, e uma fase final programada para o mês de março do ano seguinte. Em uma detalhada análise comparativa a aeronave da Sikorsky Aircraft venceu seu concorrente o Boeing-Vertol YUH-61A, em quase todos os parâmetros exigidos.
Desta maneira o Sikorsky YUH-60A seria declarado como vencedor do programa UTTAS (Utility Tatical Transport Aircraft System), recebendo assim em dezembro de 1976 um primeiro contrato de produção de sessenta aeronaves para o Exército Americano (US Army). As primeiras entregas as unidades de treinamento e conversão do agora designado Sikorsky UH-60A Black Hawk (nomeado em homenagem ao líder de guerra nativo-americano), ocorreram a partir de outubro de 1978, com o modelo sendo classificado como operacional a partir de junho do ano seguinte. Sua missão operacional era o de substituir o Bell UH-1H como aeronave de transporte tático de tropas, podendo nesta configuração transportar até onze soldados totalmente equipados. O bom desempenho operacional levaria ao desenvolvimento do UH-60C destinada a atuar como aeronave especializada em missões de comando e controle. Em 1980, trinta células seriam convertidas para o emprego em “Operações Especiais”, sendo equipados aviônicos adicionais, sistemas de visão e navegação noturna, sistema de visão infravermelha (FLIR), tanques de combustível suplementares e armamento defensivos e ofensivo na forma de duas metralhadoras rotativas do tipo Minugun M-134 de 7,62 mm, com estas aeronaves sendo exclusivamente direcionadas ao 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais (160TH SOAR). Em 1988 seria a vez do desenvolvimento do MH-60K Black Hawk, primeira versão equipada com sonda para reabastecimento em voo, radar de terreno AN/APQ-174B, passando a ser equipado com os motores T700-GE-701C. O aumento no peso bruto da aeronave nestas versões especializadas levaria o comando do Exército Americano (US Army) a solicitar melhorias no projeto para a manutenção dos parâmetros de desempenho original. Esta demanda levaria a atualização dos motores T700-GE-701C, adoção de uma caixa de câmbio mais robusta (ambos desenvolvidos para o SH-60B Seahawk). Esta alteração no grupo motopropulsor permitiu aumentar sua capacidade de elevação externa passando para 450 kg e 4.100 kg, um fator importante foi a incorporação de um novo sistema de controle de vôo automático (AFCS) que facilitava o controle de voo devido aos motores mais potentes que passavam a exigir mais atenção na condução da aeronave. 

Esta nova versão receberia a designação militar de UH-60L Black Hawk, com sua produção em série sendo iniciada em 1989, com as primeiras aeronaves entrando em serviço ativo em meados do ano seguinte. Paralelamente a Sikorsky Aircraft Co. seria contratada para promover a atualização da frota remanescente de helicópteros UH-60A Black Hawk para este novo padrão. Durante os anos seguintes esta família de aeronaves foi se tornando o esteio da força de helicópteros das forças armadas norte-americanas, sendo desenvolvidas novas versões especializadas como o EH-60L (sistemas de missão), UH-60Q - HH-60L (evacuação aero médica), MH-60L (operações especiais), MH-60L DAP (armado com misseis Hellfire e Stinger) e UH-60A RASCAL (versão laboratório para a NASA). No entanto no em fins da década de 1990 vislumbrou-se a necessidade de promover a renovação da frota a médio prazo, principalmente focando na substituição das primeiras células a entrar em serviço, cujo ciclo de vida já completava quase vinte anos, desta maneira definiu pelo desenvolvimento de uma nova versão atualizada da aeronave. Esta demanda seria atendida no ano de 2001 com a aprovação do programa UH-60M, esta nova aeronave estaria equipada como novos motores General Eletric T700-GE-701D, aviônica e sistemas de controle de voo, comunicação e navegação de última geração. Em fevereiro de 2005 o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, aprovou a produção de um pequeno lote da nova variante para fins de ensaios e avaliação, com as primeiras vinte e duas células sendo entregues a partir de julho do mesmo ano. Este programa de testes culminaria na assinatura de um contrato para a aquisição de mil e duzentas células, que pelo cronograma deveriam ser entregues até o final do ano de 2007. Em março de 2009, um novo contrato no valor de US$ 1,3 bilhão, seria assinado para produção de mais cento e duas aeronaves configuradas para missões especializadas, com este recebendo um aditivo em 2014 para mais cem aeronaves customizadas. 
O Sikorsky UH-60 Black Hawk, teria seu batismo de fogo, durante a invasão de Granada no Caribe em 1983, sendo novamente empregados no continente na invasão do Panamá em 1989. Durante a primeira Guerra do Golfo em 1991, o UH-60 Black Hawk participaria até então da maior missão de assalto aéreo com helicópteros realizada pela aviação do Exército dos Estados Unidos (US Army), envolvendo mais de trezentas aeronaves de asas rotativas. O modelo teria destacada atuação na crise de Mogadíscio, na Somália em 1993, onde duas aeronaves foram abatidas por açao de lança foguetes – RPGs das forças somalis. Atualmente as linhas de produção Sikorsky Aircraft Corporation, continuam em plena atividade, acumulando mais de quatro mil e novecentas células, entregues até fins do ano de 2022, dispostas em mais de trinta versões (muitas destas especializadas).  Grande parte destas aeronaves se mantem em serviço militar nos Estados Unidos, República do Afeganistão, Áustria, Austrália, Bahrain, Brasil, Brunei, Chile, China, Colômbia, Egito, Albânia, Eslováquia, Israel, Japão, Jordânia, Malásia, México, Marrocos, Lituânia, Coreia do Sul, Filipinas, Polônia, Portugal, Arábia Saudita, Suécia, Taiwan, Tailândia, Tunísia, Turquia, Ucrânia e Emirados Árabes. 

Emprego na Força Aérea Brasileira.
A utilização de aeronaves de asas rotativas na Força Aérea Brasileira tem início em março de 1952, quando seria celebrado o primeiro contrato junto a Bell Helicopter Company para a aquisição de quatro células do Bell Model 47 D1 H-13D. Em 1958 seriam recebidas quatro células do modelo Sikorsky H-19D, os primeiros helicópteros destinados a operar exclusivamente em missões de Busca e Salvamento – SAR, passando a operar junto ao recém-criado 2º/10º Grupo de Aviação – Esquadrão Pelicano. Ao longo dos anos seguintes estas aeronaves teriam destacado papel na consolidação da doutrina operacional das missões de busca e salvamento – SAR (Searching and Rescue) no Brasil. No entanto seu emprego intensivo logo cobraria um alto preço em termos de desgaste, reduzindo em muito a capacidade operacional da unidade. Esta demanda seria atendida a partir de 1967, quando seriam incorporados os novíssimos Bell UH-1D Huey, especialmente configuradas para missões de busca e salvamento.  Estas aeronaves proporcionariam um salto qualitativo operacional muito significativo, pois foi a primeira aeronave de asas rotativas com propulsão turbo jato a ser incorporada, que além de apresentar um melhor desempenho e confiabilidade, era dotado de nova avionica muito superior a disponível em seus antecessores. Na primeira metade da década de 1970, os Bell SH-1D Huey dariam mais uma importante contribuição a Força Aérea Brasileira,  se tornando o vetor precursor responsável pela  implementação da doutrina de Combate SAR (C-SAR) no pais, pois representava primeira aeronave de asas rotativas presente inventario da aeronáutica, que podia ser configurada como plataforma de armas (equipada com metralhadoras de tiro frontal e lateral M-60 de 7,62 mm e lançadores de foguetes não guiados), concedendo assim ao helicóptero e sua tripulação uma melhor capacidade de autodefesa e consequente sobrevivência  em espaço aéreo inimigo. As qualidades operacionais observadas principalmente em missões de contra insurgência (COIN) durante a guerrilha do Araguaia, motivaram o comando da Força Aérea Brasileira a aumentar novamente sua frota de aeronaves, com esta demanda se materializando na compra de vinte quatro células usadas, agora do modelo Bell UH-1H, oriundas dos estoques Exército dos Estados Unidos (US Army). Estas “novas” aeronaves seriam recebidas a partir do início de 1973, sendo distribuídos aos 1º, 2º, 3º e 4º Esquadrões Mistos de Reconhecimento e Ataque (EMRA). 

Em meados da década de 1990, o Ministério da Aeronáutica (MAer) começaria a considerar a substituição de sua frota de helicópteros Bell UH-1H pelos novos Sikorsky S-70 Blackhawk (seu sucessor natural), tendo em vista o alto grau de desgaste operacional de sua frota atual. Porém os custos relativos a esta substituição se mostrariam muito distantes da realidade orçamentaria naquele momento, levando ao estudo de aquisição de vetores usados. Assim, fazendo uso dos vantajosos termos do programa norte-americano de Vendas Militares a Estrangeiros – FMS (Foreing Military Sales), em 1997 seriam adquiridas vinte células usadas da versão mais recente do Bell UH-1H, dotadas de novos avionicos e sistema de visão noturna NVG (Night Vison Goggles). Este processo permitiria desativar as células mais antigas e retomar a capacidade operacional da aviação de asas rotativas da Força Aérea Brasileira.  Neste mesmo ano a Aviação Militar do Exército Brasileiro passaria a operar quatro Sikorsky S-70A Black Hawk, com seu emprego rendendo grandes elogios, o que não passaria desapercebido pelo Comando da Aeronáutica (COMAER), que passaria a observar de perto o desempenho deste modelo de helicóptero, já antecipando no médio prazo o início de um ciclo de substituição de sua frota de Bell UH-1H. Em 2004 esta temática voltaria a pauta de prioridade do Ministério da Defesa, tendo em vista que os helicópteros remanescentes desta frota já se encontravam próximos ao seu limiar de obsolescência, com sua substituição derivando por dois modelos distintos de aeronaves, os Sikorsky UH-60L Blackhawk e os Eurocopter EC-725 Caracal. Estes novos vetores deveriam ser adquiridos novos de fábrica, para assim poder suportar um ciclo operacional de pelo menos trinta anos, neste contexto seriam desenvolvidos contratos juntos aos governos dos Estados Unidos e França, visando a obtenção de condições econômicas e de ordem técnica que permitisse a aquisição de um grande lote destas modernas aeronaves de asas rotativas.
A compra de um primeiro lote de seis aeronaves do modelo Sikorsky UH-60L Black Hawk, seria formalizado com fabricante em maio de 2005, nos termos do programa norte-americano de Vendas Militares a Estrangeiros – FMS (Foreing Military Sales). A primeira célula, matriculada como H-60L FAB 8901, seria recebida por pilotos da Força Aérea Brasileira na sede da empresa na cidade de Huntsville, nos Estados Unidos.  O translado teria início no dia 29 de julho, e até seu destino final, a cidade de Manaus, a tripulação cruzaria várias cidades dos Estados Unidos e ilhas da América Central para enfim adentrar ao território brasileiro por Boa Vista (RR). Em sua chegada, houve uma cerimônia militar na Base Aérea de Manaus (BAMN), marcando a incorporação da aeronave junto ao 7° Esquadrão do 8° Grupo de Aviação (7º/8º GAv) – Esquadrão Harpia. As demais aeronaves seriam recebidas em seguida, permitindo ao esquadrão gradativamente transferir seus Bell H-1H para o 2º/10º Grupo de Aviação – Esquadrão Pelicano. A chegada das novas aeronaves trouxe um grande ganho operacional para o esquadrão e Força Aérea Brasileira, apresentando maior capacidade de carga (até uma tonelada), maior autonomia devido a um tanque suplementar interno (03 horas 40 minutos a 280 km/h), mais segurança, além da capacidade de operar vinte e quatro horas por dia em quaisquer condições atmosféricas, foram alguns dos principais pontos positivos dessa aquisição. Entre as missões destinada ao Esquadrão Harpia, estavam as de infiltração e exfiltração de tropas (utilizando as técnicas de Rapel, Pouso de Assalto e McGuire), Busca e Salvamento (SAR) e Busca e Salvamento em Combate (CSAR), tanto na selva como no mar. Estaria apta a realizar também missões de apoio social e humanitário com as populações ribeirinhas e indígenas, atuando principalmente nas campanhas de vacinação do Ministério da Saúde, missões presidenciais, missões de ajuda humanitária a outros países, além de apoiar os mais diversos órgãos da Aeronáutica. 

Entre os anos de 2008 e 2009 seria contratada a aquisição de mais doze células novas de fábrica, que seriam recebidas até meados do ano de 2013. Este novo lote seria destinado a não só reforçar a dotação do  7º/8º GAv – Esquadrão Harpia, mas também a equipar o  5° Esquadrão do 8° Grupo de Aviação (5º/8º GAv) – Esquadrão Pantera, sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul, permitindo que este gradualmente repassasse seus Bell H-1H para o 2º/10º Grupo de Aviação – Esquadrão Pelicano, concentrando todos as células remanescentes nesta unidade. Diferente das aeronaves do primeiro lote, estas não possuíam o tanque suplementar interno, tendo sua autonomia sem tanques auxiliares externos sendo reduzida a 02 horas 20 minutos, porém apresentavam um maior espaço interno util. Porém ao serem equipadas com os tanques externos suplementares sua autonomia podia chegar a  06 horas e 10 minutos. Entre todas as importantes tarefas realizadas por esta aeronave destacamos as de Busca e Salvamento em Combate (CSAR), missão para a qual o Sikorsky H-60L Black Hawk desempenha com maestria, não só pela capacidade de sobrevivência em um ambiente hostil devido a seus vários sistemas críticos redundantes, mas também pelo fato de estar armada com um par de metralhadoras rotativas General Electric M-134 Minigun de calibre 7,62 mm, com cadência de 3.600 tiros por minuto, que proporcionam um excelente poder de fogo, muito útil em casos de operações de resgate atras das linhas inimigas. Ao longo dos anos seguintes estas aeronaves de destacariam na operação cotidiana em diversas missões como reconhecimento armado, transporte aéreo, busca e salvamento, inserção de forças especiais e outras, prestando excelentes serviços principalmente na região amazônica. Em fins de julho de 2017 a aeronave atingiria a importante marca de trinta mil horas de voo na Força Aérea Brasileira. Em 28 de julho de 2021 seria celebrado com a Sikorsky Engineering Company,  um contrato de quatro anos da Força Aérea Brasileira para fornecer apoio logístico e assistência em campo para toda a sua frota de aeronaves deste modelo, prevendo principalmente o armazenamento local de peças de reposição eliminará longos prazos de entrega para o material que manteria uma aeronave no solo. Este novo processo auxiliará os mantenedores brasileiros a melhorar as taxas de prontidão dessas aeronaves utilitárias para missões importantes, como busca e resgate.
Em 06 de dezembro de 2018, durante as comemorações dos 61 anos de criação do 2º/10º Grupo de Aviação – Esquadrão Pelicano, na Base Aérea de Campo Grande - MS, seria realizada a cerimônia oficial de incorporação do Sikorsky H-60L Blackhawk a unidade, dando início ao processo de desativação dos veteranos helicópteros Bell UH-1H "Sapão" na Força Aérea Brasileira. Inicialmente seriam transferidas duas aeronaves oriundas primeiro lote que se encontravam em operação junto ao 7° Esquadrão do 8° Grupo de Aviação (7º/8º GAv) – Esquadrão Harpia. Por se tratar da única unidade dedicada exclusivamente a realizar missões de Busca e Salvamento (Search and Rescue - SAR), a incorporação destas novas aeronaves de asas rotativas elevaria em muito o perfil operacional do esquadrão principalmente devido aos parâmetros de inspeção geral, que no caso dos Bell UH-1H era necessário a cada 25 horas realizar uma parada para este procedimento, tempo que subiria para 40 horas no caso da nova aeronave. Já a manutenção geral que manteria a aeronave indisponível, passaria de 150 para a cada 360 horas de voo. Estas características tornaram a aeronave extremamente apta a operar na região amazônica brasileira, com os H-60L Black Hawk conquistando grande importância em ações de resgate da saúde indígena, efetivamente conseguindo a chegar às mais de 300 aldeias indígenas localizadas em Território Yanomami. Isso ocorre porque a infraestrutura da região não é compatível com pousos de aeronaves de asas fixas. Assim, apenas um helicóptero consegue chegar com facilidade. Sinais indicam a médio prazo um aumento substancial da família destas aeronaves juntos as Forças Armadas Brasileiras. 

Em Escala.
Para representarmos o Sikorsky H-60L  Black Hawk  "FAB 8909" pertencente ao 7° Esquadrão do 8° Grupo de Aviação – Esquadrão Harpia, empregamos um antigo kit da Minicraft  na escala 1/48, que apresenta a versão MH-60K.  Para adequarmos a versão empregada pela Força Aérea Brasileira, confeccionamos em scracth build o domo do radar meteorológico.  Fizemos uso de decais produzidos sob encomenda pela PRM  Decals  que estão presentes no Set Black Hawk - Forças Armadas Brasileiras.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático das aeronaves de asas rotativas dos Exército dos Estados Unidos (US Army), com a qual as aeronaves do primeiro lote foram recebidas. Já os H-60L Black Hawk recebidos posteriormente receberam o padrão de pintura tático de baixa visibilidade implementado pela Força Aérea Brasileira a partir do ano de 1997. Empregamos tintas e vernizes produzidos pela Tom Colors. 


Bibliografia:

- H-60L Black Hawk, uma década operando na FAB - www.defesanet.com.br
- A Família Black Hawk no Brasil - Revista Asas Edição 87
- História da Força Aérea Brasileira por, Prof. Rudnei Dias Cunha - http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html
- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 -  2016 – Jackson Flores Jr