A Segunda Guerra Mundial (1939–1945), não apenas acelerou inovações em armamentos convencionais, mas também catalisou o nascimento da aviação de asas rotativas para fins militares. Embora seu emprego tenha sido limitado devido à imaturidade da tecnologia e às prioridades de produção em massa, esses primeiros modelos pavimentaram o caminho para a revolução rotativa pós-guerra. A Alemanha Nazista, sob o regime de Adolf Hitler e com a Luftwaffe (Força Aérea Alemã) buscando vantagens táticas inovadoras, liderou os primeiros passos práticos no uso militar de helicópteros. Em meados de 1940, a Flettner Flugzeugbau GmbH, fundada pelo engenheiro Anton Flettner – um inventor austríaco-alemão conhecido por seus rotores entrelaçados inspirados em princípios aerodinâmicos avançados –, introduziu o Flettner Fl 282 “Kolibri” (beija-flor, em alemão). Esse helicóptero monoplace, com cockpit aberto exposto aos elementos, rotores interlaced (que se entrelaçavam sem colisão, reduzindo vibrações) e um motor Bramo Sh 14A de 150 cavalos, era uma maravilha de engenharia compacta para a época, pesando apenas 1.000 kg e capaz de velocidades de até 150 km/h. Inicialmente concebido para missões logísticas navais, o “Kolibri” foi planejado para transportar cargas leves e passageiros entre navios da Kriegsmarine (Marinha Alemã), facilitando comunicações em alto mar durante a Batalha do Atlântico (1939–1945). Pilotos da Luftwaffe, como a teste Hanna Reitsch – uma aviadora lendária que voou protótipos em condições arriscadas, tornando-se um símbolo de determinação feminina na aviação nazista –, relataram a manobrabilidade impressionante da aeronave, que podia pairar como um pássaro sobre conveses instáveis. Uma versão aprimorada, o Fl 282 B-2, adicionou um segundo assento para um observador, transformando-o em plataforma de reconhecimento avançado. Os testes de voo do Flettner Fl 282 demonstraram um potencial crescente, o que levou o governo alemão a encomendar a produção de mil unidades à Bayerische Motoren Werke AG (BMW). Contudo, a intensificação dos bombardeios aliados contra a infraestrutura industrial alemã, especialmente a partir de 1943, devastou grande parte do parque fabril aeronáutico do país. Como resultado, os recursos foram redirecionados para a produção de aeronaves de combate convencionais, limitando a fabricação do Fl 282 a apenas 24 unidades entregues. Apesar do número reduzido, o “Kolibri” representou um marco no uso militar de helicópteros, evidenciando sua versatilidade em missões de observação e transporte. Do lado dos Aliados, o desenvolvimento de aeronaves de asas rotativas ganhou impulso significativo nos estágios finais da guerra. O Sikorsky R-4, projetado pela Sikorsky Aircraft Corporation sob a liderança do engenheiro Igor Sikorsky, tornou-se o primeiro helicóptero verdadeiramente funcional empregado em operações militares. Em junho de 1945, o R-4 foi destacado para o teatro de operações do Pacífico, demonstrando, mesmo em um curto período, o potencial transformador dos helicópteros em cenários de combate. Sua capacidade de realizar missões de resgate, transporte e reconhecimento abriu novas perspectivas para o futuro da aviação militar.
Paralelamente, outros fabricantes norte-americanos começaram a explorar esse emergente nicho tecnológico. Entre eles, destacou-se a Bell Aircraft Company, que, sob a liderança do engenheiro aeronáutico Arthur Young, iniciou o desenvolvimento de um projeto ambicioso de aeronave de asas rotativas de pequeno porte. Apresentado oficialmente ao comando da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos (USAAF) em 3 de setembro de 1941, o projeto culminou na criação do Bell Model 30. Com um robusto financiamento governamental, dois protótipos foram construídos, e o primeiro voo ocorreu em 26 de junho de 1943. Após um extenso programa de ensaios e testes de voo, o projeto evoluiu para uma versão aprimorada, o Bell Model 47, que se tornaria um dos helicópteros mais icônicos da história da aviação. O sucesso inicial do Bell Model 30 e as crescentes expectativas em torno do potencial das aeronaves de asas rotativas impulsionaram a Bell Aircraft Company a dar um passo estratégico na consolidação de sua expertise nesse campo emergente. Em resposta, a empresa fundou a Bell Helicopter Company, uma divisão industrial especializada dedicada exclusivamente ao desenvolvimento e produção de helicópteros. Com suas instalações estabelecidas em Fort Worth, no estado do Texas. Foi nesse contexto que o Bell Model 47, um marco na história da aviação, realizou seu voo inaugural em 8 de junho de 1945, consolidando os avanços tecnológicos e as ambições da empresa. O Bell Model 47 era uma aeronave de design inovador, caracterizada por um sistema de rotor principal simples, composto por duas pás de madeira, e alimentada por um motor convencional Franklin. Sua estrutura consistia em uma seção tubular de aço soldado, desprovida de carenagem, o que conferia um visual minimalista, porém funcional. Um dos elementos mais distintivos do projeto era o cockpit, coberto por uma bolha de plexiglass que proporcionava uma visibilidade excepcional, essencial para a segurança e precisão na condução da aeronave. Inicialmente, essa bolha era composta por painéis removíveis, permitindo que o helicóptero fosse convertido em uma configuração de cockpit aberto. Com o tempo, a bolha passou a ser moldada em uma única peça, tornando-se a marca registrada visual do Model 47 e um símbolo de sua identidade inovadora. A primeira versão de produção, o Bell Helicopter Model 47A, alcançou um feito histórico ao receber a homologação para o mercado civil (classificação H1) em 8 de março de 1946, tornando-se oficialmente o primeiro helicóptero comercial de asas rotativas do mundo. Com capacidade para transportar um piloto e até dois passageiros, aliado a uma confiabilidade mecânica notável, o Model 47 rapidamente conquistou sucesso no mercado civil e governamental. Sua versatilidade, facilidade de operação e robustez o tornaram uma escolha ideal para uma ampla gama de aplicações, incluindo transporte, serviços de emergência e operações comerciais, consolidando a reputação da Bell como líder no setor.

Seu batismo de fogo ocorreria na Guerra da Coreia (1950 a 1953), nos meses iniciais do conflito, particularmente durante a defesa do Perímetro de Pusan, entre agosto e setembro de 1950. Nessa fase crítica, quando as tropas da ONU foram encurraladas em uma bolsa costeira no sudeste da península, os primeiros H-13 foram destacados para missões de ligação e observação. Pilotos como o major Robert Miller, do 6º Batalhão de Transporte Médico Aerotransportado, realizaram os primeiros voos de combate em meados de agosto, transportando oficiais e mensagens entre unidades dispersas sob fogo inimigo. Esses helicópteros, com sua bolha de plexiglass icônica que oferecia visibilidade panorâmica de 360 graus, permitiram que comandantes coordenassem contra-ataques em tempo real, evitando o colapso total das linhas de defesa. Um episódio notável foi em 16 de setembro de 1950, durante a ofensiva de Incheon, quando H-13 Sioux foram usados para reconhecimento pré-invasão, mapeando posições norte-coreanas sob risco constante de artilharia. Contudo, foi no papel de evacuação médica (MEDEVAC, na sigla em inglês) que o Bell 47 brilhou com maior impacto humanitário, consolidando seu legado. A partir de outubro de 1950, com o avanço das forças das Nações Unidas - ONU rumo ao rio Yalu, os helicópteros começaram a ser equipados com pods laterais para macas — dois de cada lado da fuselagem —, capazes de transportar até quatro feridos além do piloto e um paramédico. O primeiro uso operacional em MEDEVAC sob fogo ocorreu em 20 de novembro de 1950, na Batalha do Rio Ch'ongch'on, durante a contraofensiva chinesa. O tenente coronel Harold Towne, voando um H-13D, pousou sob tiroteio para resgatar um pelotão cercado, carregando feridos para unidades MASH (Mobile Army Surgical Hospital) próximas. A a taxa de mortalidade em combate caiu pela metade em comparação à Segunda Guerra Mundial, graças à rapidez do MEDEVAC: o que levava horas por terra agora era feito em minutos. Ao longo do conflito, mais de 700 H-13 Sioux foram produzidos e enviados ao front, realizando cerca de 70.000 missões de evacuação, com uma taxa de sobrevivência de 98% para os feridos transportados. Episódios como o resgate de 28 soldados em uma única missão pelo capitão Robert Miller em dezembro de 1951 destacam o heroísmo individual, enquanto perdas — como as 113 aeronaves abatidas ou destruídas — sublinham os riscos inerentes. Nos anos que se seguiram à sua introdução, o H-13D tornou-se o primeiro treinador padrão de aeronaves de asas rotativas, desempenhando um papel essencial na formação de pilotos para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), o Exército dos Estados Unidos (US Army), a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) e o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (US Marine Corps).

Emprego nas Força Aérea Brasileira.
Ao término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Força Aérea Brasileira (FAB) consolidou-se como uma das mais expressivas forças aéreas do continente americano, posicionando-se como a segunda maior das Américas e a principal potência aérea do Hemisfério Sul. Esse status foi alcançado em grande parte devido ao recebimento de mais de 1.500 aeronaves militares modernas, adquiridas majoritariamente a partir de 1942, por meio do programa Lend-Lease Act (Lei de Empréstimos e Arrendamentos), estabelecido pelos Estados Unidos para apoiar seus aliados durante o conflito global. Essa frota incluía aeronaves de primeira linha, como os caças-bombardeiros Republic P-47D Thunderbolt e Curtiss P-40 Warhawk, além de aviões de ataque como o Douglas A-20 Havoc e o North American B-25 Mitchell. Complementando essas capacidades ofensivas, a FAB contava com aeronaves destinadas a missões de transporte, patrulha marítima e guerra antissubmarino (ASW), o que conferia à força uma versatilidade operacional notável para a época. Apesar do cenário favorável no imediato pós-guerra, as perspectivas de médio prazo foram profundamente impactadas pela rápida evolução tecnológica na aviação militar observada no final da década de 1940. A introdução de aeronaves propelidas por motores a jato marcou uma revolução no campo da aviação, enquanto a emergência das aeronaves de asas rotativas, especialmente os helicópteros, começou a transformar as táticas e estratégias militares. Nos Estados Unidos, os primeiros modelos de helicópteros, como o Sikorsky R-4 e o Bell 47D Sioux, demonstraram sua versatilidade em operações militares, sendo empregados com sucesso em missões de transporte de pessoal, ligação, observação de campo de batalha e evacuação aeromédica durante a Guerra da Coreia (1950-1953). Esses conflitos reais serviram como prova de conceito para a eficácia dessas novas plataformas, destacando seu potencial em cenários operacionais diversos. Atento a essas transformações tecnológicas e estratégicas, o comando do Ministério da Aeronáutica (MAer) da Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou, no início da década de 1950, um amplo processo de planejamento e modernização. Esse esforço culminou na formulação do primeiro grande plano de reestruturação da Força Aérea, que tinha como objetivos centrais a aquisição de novos vetores aéreos e a criação de um núcleo operacional dedicado ao uso de aeronaves de asas rotativas. O estudo definiu que a missão inicial desse grupo seria focada principalmente no transporte aéreo especial, com ênfase no atendimento às necessidades de deslocamento de altas autoridades do governo federal, em operações classificadas como VIP (Very Important Person). Essa decisão refletia não apenas a necessidade de modernização tecnológica, mas também a intenção de alinhar a Força Aérea Brasileira (FAB) às tendências globais de emprego de helicópteros em missões de alto valor estratégico, consolidando sua posição como uma força aérea de vanguarda no cenário internacional.
No contexto da modernização da Força Aérea Brasileira (FAB) no início da década de 1950, o Ministério da Aeronáutica (MAer) deu início, em fins de 1951, a um programa estratégico voltado para a aquisição de aeronaves de asas rotativas, marcando um passo significativo na incorporação de tecnologias inovadoras às operações da força. Após um rigoroso processo de avaliação técnica, a escolha recaiu sobre o modelo Bell 47D1, fabricado pela Bell Helicopter Company, uma empresa norte-americana reconhecida por sua liderança no desenvolvimento de helicópteros. Este modelo, equipado com o motor Franklin O-335 de 178 cavalos de potência, representava, à época, o ápice da tecnologia de helicópteros militares, sendo amplamente utilizado pelas forças armadas dos Estados Unidos em suas diversas ramificações. As negociações comerciais culminaram, em 25 de março de 1952, na assinatura de um contrato com o representante da Bell Helicopter Company no Brasil. O acordo contemplava a aquisição de quatro aeronaves novas, diretamente da linha de produção, sem customizações específicas, o que permitiu agilizar o processo de fabricação e entrega. Além das aeronaves, o contrato incluía serviços essenciais, como o treinamento de tripulações e técnicos brasileiros, bem como o fornecimento de peças de reposição, garantindo a sustentabilidade operacional das unidades adquiridas. A escolha por um modelo de série, sem modificações, refletiu a urgência do MAer em integrar rapidamente essa nova capacidade à FAB, alinhando-se às tendências globais de modernização militar. A produção das quatro aeronaves foi concluída em novembro de 1952 nas instalações da Bell Helicopter Company, localizadas em Fort Worth, no estado do Texas. Nesse mesmo período, oficiais brasileiros foram enviados à fábrica para realizar a inspeção técnica das aeronaves, garantindo que atendessem aos padrões exigidos. Após a aprovação, os helicópteros foram desmontados e preparados para o transporte marítimo ao Brasil. Nos primeiros dias de 1953, as aeronaves chegaram ao porto do Rio de Janeiro, de onde foram trasladadas por via terrestre até o Aeroporto do Galeão. A montagem das unidades foi realizada nas instalações da Fábrica do Galeão (FGL), sob a supervisão de técnicos da Bell Helicopter Company, que trabalharam em conjunto com o pessoal da empresa estatal brasileira responsável pela manutenção e operação das aeronaves. Durante o processo de montagem, constatou-se que uma das quatro células sofrera danos significativos durante o transporte marítimo. Após análises detalhadas, os danos foram considerados de tal gravidade que a recuperação da aeronave foi classificada como economicamente inviável. Como resultado, essa unidade não foi montada, e seus componentes foram cuidadosamente separados e armazenados para servir como peças de reposição, garantindo o suporte logístico às três aeronaves restantes. Esse episódio, embora representasse uma perda inicial, não comprometeu os objetivos estratégicos do programa, que visava estabelecer as bases para a operação de helicópteros, com foco inicial no transporte aéreo especial (VIP) para autoridades do governo federal.

A incorporação dos helicópteros Bell 47D1 na Força Aérea Brasileira (FAB), designados localmente como H-13D e registrados com as matrículas FAB 8500 a FAB 8502, marcou um marco significativo na modernização da força no início da década de 1950. Essas aeronaves, recebidas em 1953, foram inicialmente alocadas ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde passaram a integrar a Seção de Aeronaves de Comando (SAC). Subordinada ao Quartel General da III Zona Aérea, a SAC tinha como missão exclusiva o transporte aéreo de autoridades do governo brasileiro, atendendo às demandas de deslocamento de alto escalão em operações classificadas como VIP (Very Important Person). Essa unidade, ao longo do tempo, evoluiria para o Esquadrão de Transporte Especial (ETE), que posteriormente se tornaria o embrião do Grupo de Transporte Especial (GTE), consolidando a operação de aeronaves de asas rotativas no âmbito do 2º Esquadrão. Os helicópteros H-13D foram entregues com características técnicas avançadas para a época, incluindo a inovadora provisão para o uso de kits de flutuadores intercambiáveis, um equipamento até então inédito no Brasil, que podia ser alternado com os tradicionais esquis de pouso. Essa capacidade ampliava a versatilidade das aeronaves, permitindo operações em ambientes diversos, como áreas alagadas ou próximas a corpos d’água. Além disso, os H-13D estavam equipados com suportes laterais para a instalação de um par de macas externas, possibilitando seu emprego em missões de evacuação aeromédica (MEDEVAC). Essa configuração foi fundamental para o desenvolvimento inicial da doutrina operacional de missões de busca e salvamento (SALVAEREO) na Força Aérea Brasileira (FAB), que começava a estruturar capacidades voltadas para operações humanitárias e de resgate em cenários complexos. Com o objetivo de aprimorar o transporte VIP e atender às crescentes demandas por conforto e eficiência, o Ministério da Aeronáutica (MAer) autorizou, em 1955, a aquisição de helicópteros do modelo Bell 47J, uma variante projetada especificamente para missões de transporte de altas autoridades. A entrega dessas novas aeronaves, iniciada em 1956, permitiu uma reestruturação operacional na Força Aérea Brasileira (FAB). Com a chegada do Bell 47J, os helicópteros H-13D foram gradativamente redirecionados para missões de busca e salvamento (SAR – Search and Rescue), aproveitando sua versatilidade e os equipamentos especializados de que dispunham. Nesse contexto, as três unidades operacionais do H-13D foram transferidas para o Quartel General da 3ª Zona Aérea (QG3ºZAé), também sediado no Rio de Janeiro, onde permaneceram em operação até março de 1958.
A introdução dos Bell H-13J, especializados no transporte de autoridades, permitiu uma reorganização estratégica das operações do Esquadrão Transporte Especial (ETE). Com a chegada desses helicópteros, os veteranos Bell H-13D, até então utilizados em missões variadas, foram redirecionados exclusivamente para operações de busca e salvamento (SAR). Essa redistribuição de funções otimizou o uso dos recursos disponíveis, garantindo maior especialização nas missões realizadas. Em 1958, os Bell H-13D foram transferidos do Esquadrão Transporte Especial (ETE) para o Quartel General da 3ª Zona Aérea (QG3ºZAé), sediado no Rio de Janeiro. Esses helicópteros permaneceram em operação no QG3ºZAé até março de 1958, quando foram realocados para a 2ª Esquadrilha de Ligação e Observação (2ª ELO), baseada na Base Aérea do Galeão. Essa transferência refletiu a necessidade de adequar as capacidades operacionais às demandas específicas de cada unidade. Com a transferência da capital federal para Brasília, em 1960, o Esquadrão Transporte Especial (ETE) foi realocado para a nova capital. A partir de 1961, os helicópteros Bell H-13J passaram a operar exclusivamente a partir da Base Aérea de Brasília, concentrando-se no transporte de autoridades de primeiro e segundo escalão do governo brasileiro. Entre os usuários frequentes desses helicópteros destacaram-se o presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela construção de Brasília, e seu sucessor, o presidente Artur da Costa e Silva. Os Bell H-13J desempenharam um papel crucial no transporte VIP, garantindo agilidade e acesso a áreas de difícil alcance. Contudo, ao longo da década de 1960, tornou-se evidente que essas aeronaves de asas rotativas, embora confiáveis, estavam se tornando obsoletas para a criticidade das missões de transporte de altos mandatários, especialmente no que diz respeito à segurança e ao desempenho. Reconhecendo as limitações dos Bell H-13J, o Ministério da Aeronáutica (MAer) iniciou, na década de 1960, estudos para a substituição da frota de helicópteros destinados ao transporte especial de autoridades. Esse processo culminou, em 1967, na aquisição de três helicópteros Bell 206 Jet Ranger, designados pela Força Aérea Brasileira (FAB) como VH-4 e matriculados com os números FAB 8570, FAB 8571 e FAB 8572. Essas aeronaves, recebidas a partir de 15 de julho de 1968, representaram um avanço significativo em termos de tecnologia, segurança e capacidade operacional. O uso dos helicópteros Bell H-13J pela Força Aérea Brasileira representou um marco na história do transporte especial de autoridades no Brasil, especialmente durante a transição da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. Apesar de sua obsolescência ao final da década de 1960, esses helicópteros desempenharam um papel fundamental em missões de alta relevância.

Em Escala.
Para representarmos o Bell 47J H-13J " FAB 8512 " empregamos o novo kit da LF Models na escala 1/72, modelo que apesar de apresentar pequenos problemas na qualidade de injeção do plástico, apresentas um bom detalhamento para a escala contando com peças em resina e photoetched. Salientando que recentemente este mesmo fabricante lançou um modelo na escala 1/48. Empregamos decais originais presentes no kit.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão com qual as aeronaves foram recebidas em 1958, seguindo o esquema aplicado a aeronaves de transporte de especial de autoridades VIP (Very Important Person), mantendo este padrão até sua retirada de serviço em 1974. Empregamos tintas e vernizes produzidos pela Tom Colors.
Bibliografia :
- Bell H-13 Sioux- https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_H-13_Sioux
- Bell H-13J - https://airandspace.si.edu/collection-objects/bell-h-13j/nasm_A19690013000
- História da Força Aérea Brasileira , Prof Rudnei Dias Cunha - http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html
- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 – 2015 Jackson Flores Jr