No final da década de 1930, o intensificar das tensões na Europa motivados pelas ameaças expansionistas do governo alemão juntamente com as pretensões territoriais do Império do Japão na Ásia, já denunciavam claramente o que estava por vir, com o possivelmente o mundo se encaminhado cada vez mais para um estágio de grande conflagração. Este cenário levaria o governo norte-americano a antecipar estudos criando vários programas de modernização de suas forças armadas, visando assim poder fazer frente as hipotéticas ameaças futuras. No que tange ao poder naval, este representaria uma das maiores preocupações, com este fato sendo potencializado pelo crescimento da armada imperial japonesa e construção de uma grande força de submarinos por parte das marinhas italianas e alemães. Apesar das limitações impostas pelo Tratado de Versalhes, relatórios de inteligência britânicos apresentavam a cada dia, informes mais alarmantes sobres as capacidades da força de submarinos da Marinha Alemã (Kriegsmarine). A possível atuação coordenada deste grande número submersíveis poderia estrangular as linhas de abastecimento naval da Grã-Bretanha, que neste momento tinha uma grande dependência de importações estratégicas oriundas principalmente dos Estados Unidos. Neste período concentrava se muita ênfase no emprego de navios da classificação “Contratorpedeiro” (ou Destroier) tipo este tinha por objetivo empregar sua alta velocidade e manobrabilidade para proporcionar escolta a embarcações de maior porte da frota, comboio ou grupo de batalha, e assim defendê-las contra poderosos atacantes de curto alcance. Estes esforços resultariam no desenvolvimento da Classe Fletcher, que no futuro se provariam ser extremamente eficientes ao realizar uma variada gama de missões durante toda a Segunda Guerra Mundial. No entanto a necessidade de se prover um grande incremento na quantidade de navios da frota, levaria os comandantes navais a passar a analisar o desenvolvimento e adoção de um modelo de embarcação dedicada e este escopo de missões que pudesse apresentar um reduzido custo de construção. Este tipo de navio passaria a ser empregado em grande número junto a Marinha Real (Royal Navy) no final da década de 1930, recebendo a designação de "corveta". Apesar de ser menos capaz que os contratorpedeiros, eram muito mais econômicos de construir e operar do que estes navios mais complexos, podendo ser empregado com relativo sucesso em missões de escolta de comboios de navios mercantes, garantindo proteção antiaérea e antissubmarino.
Com base neste conceito os especialistas do corpo de engenharia naval da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) desenvolveriam uma nova classe de navios, com muitas caraterísticas e dedicados ao um escopo operacional semelhante ao executo pelas corvetas britânicas. Este novo tipo de embarcação seria classificado como "Destroyer Escorts" (contratorpedeiros de escolta), devendo ser destinado ao emprego para missões de escolta e proteção de comboios de navios mercantes em áreas litorâneas, liberando assim os contratorpedeiros para a proteção de comboios intercontinentais, ou ainda a compor os sistemas defensivos de frota de navios mais valiosos, como os porta-aviões. Este conceito basico derivaria para o desenvolvimento e produção de diversos modelos de contratorpedeiros de escolta, se destacando a Classe Cannon, que apresentava excelentes expectativas operacionais. A fim de atender as demandas emergenciais, no final do ano de 1942, seria celebrado com os estaleiros Dravo Corporation Federal Shipbuilding & Drydock Company, ambos situados em Newark, New Jersey, contratos envolvendo a aquisiçao de cento e dezesseis navios. Os navios desta classe seriam construídos com chapas de aço médio preto e decapado, de espessura variável de 1/8” até 2”, sistema de construção transversal, sendo longitudinal o travamento o principal, 171 cavernas transversais, dividido em 73 compartimentos estanques e um convés corrido. Possuía as seguintes características principais: 1512 toneladas de deslocamento normal; 1600 toneladas de deslocamento máximo 93,33 m de comprimento total; 90,0 m de comprimento entre perpendiculares; 11,14 m de boca máxima;3,60 m de calado máximo. Deveriam ser equipados com um sistema de propulsão diesel elétrica, distribuída por quatro praças de máquinas, a saber: dois motores diesel principais, General Motors, 16-278A, dois tempos, oito cilindro sem “V”, injeção sólida, 1700 hp de potência cada, 750 rpm, 3.400 hp de potência total, localizados um em cada praça. Cada motor acionaria diretamente um gerador tipo D.C.2, excitação separada, corrente contínua (CC), 750 rpm, 1.200 kW, 525 volts, 2.290 amperes, que alimentavam quatro motores elétricos principais, dois para cada eixo, ligados em série, modelo D.C.814,5, corrente contínua, 600 rpm, 525 volts, 1.500 hp de potência cada, 3.000 hp de potência total. Em cada praça ficava localizado um motor elétrico e acionavam dois hélices de três pás; dois lemes compensados e conjugados com comando elétrico hidráulico automático, desempenhando 20,2 nós de velocidade máxima em emergência, 19,2 nós de velocidade máxima sustentável, 17 nós a toda força, 15 nós de velocidade padrão e 11 nós de velocidade econômica.
A propulsão propriamente dita seria feita por quatro motores elétricos principais, sendo dois por eixo, ligados em série, alimentados pelos dínamos principais, também em número de dois por eixo. Eram motores elétricos de corrente contínua, excitação separada, modelo QVDC-8145, fabricados pela Westinghouse, com potência máxima de 1.500 HP e 600RPM cada um, que acionavam dois hélices de três pás. Seus tanques possuíam a capacidade de 32LT de óleo combustível diesel e 18 t de óleo lubrificante. Este grupo propulsor proporcionaria ao navio ainda um raio de ação na velocidade econômica era de 13.000 milhas náuticas e na velocidade máxima mantida de 8.500 milhas náuticas. A energia elétrica seria gerada por quatro grupos motores diesel geradores General Motors, modelo 8-268A e 3-268A, que acionavam alternadores Westinghouse de 200 kW e 100 kW, respectivamente. A aguada era fornecida por um grupo destilatório de baixa pressão, que produzia 4.000 galões de água por dia, podendo chegar a 5.000 galões em emergência. Os paióis de munição não seriam refrigerados e sim ventilados. Para as comunicações rádio telegráficas, o navio era dotado dos seguintes equipamentos, um transmissor TBL-7 um transmissor TDE, um transmissor de ondas curtas tipo CRV 52093, um receptor de ondas ultracurtas tipo CRV 46068; um receptor RBE-1, um receptor RAO-2, um receptor RAL-6; um receptor RAK-6, um receptor RBL-2; e um receptor RBO. Para as comunicações visuais, possuía dois holofotes de 12”, bandeiras, lâmpadasAldis e escote na verga do mastro principal. Para o serviço de escuta antissubmarino, o navio era equipado com um equipamento tipo QCT-1, similar ao sonar. Para a detecção de alvos na superfície, o navio era dotado de um Radar SL fabricado pela Western Electric & Co, com alcance máximo de 60 milhas náuticas e para a detecção de alvos aéreos, de um Radar SA fabricado pela RCA Manufacturing Co., de alcance máximo de375 milhas náuticas. Para a identificação de aviões ou navios aliados, o navio possuía um sistema de IFF modelo BL-5 e um respondedor modelo ABK-7. Para a manobra, o navio empregava dois lemes compensados e conjugados, governados por um aparelho de governo eletro-hidráulico com controle automático. Além disso, possuía dois ferros tipo Dunn, sistema Hall de 1360 kg cada um, talingados a duas amarras de sete quartéis cada uma. Para a navegação, o navio possuía uma agulha giroscópica mestre, da marca Arma MK X Mod. 0, que ficava situada na PCI e várias repetidoras, um calculador e traçador de derrota (CTD), duas agulhas magnéticas padrão e de governo, situadas no tijupá e passadiço, respectivamente e um radiogoniômetro modelo DP13 e um ecobatímetro modelo NJ 9 fabricado pela Submarine Signal Company.
Para salvamento de seus tripulantes, o navio dispunha de uma lancha a motor diesel para vinte e quatro homens, quatro balsas de cortiça para cem homens e cinco redes flutuantes com capacidade total de cento e vinte e cinco homens. Cada navio deveria estar equipado com um total de cinco canhões, assim distribuídos: três de calibre 76,2 mm Michele PP & MFG Co, constituindo a bateria principal e dois de calibre 40 mm, constituindo a bateria secundária. Os três canhões de 3”/50 calibre 76,2 mm, tinha um alcance máximo de 1.200 jardas (cerca de 11.000 m) e alcance eficaz de 4.000 jardas (cerca de 3.650 m). Os dois canhões de calibre 40 mm eram montados em reparo duplo com um alcance máximo de 11.000 jardas (cerca de 10.000 m) e alcance eficaz de 2.800 jardas (cerca de 2.550 m). Seria ainda equipada com oito metralhadoras Oerlikon de calibre 20 mm com o alcance máximo de 4.800 jardas (cerca de 4.400 m) e eficaz de 2.000 jardas (cerca de 1.800 m). Dispunha de um reparo aéreo triplo de tubos lança-torpedos Nordberg Mfg-Co, para lançamento de torpedos Bliss Lewitt, com 21” ou 533 mm. O primeiro navio desta nova classe, seria comissionado 26 de setembro de 1943 recebendo o nome e designação de USS Cannon (DE-99). Em sequência os primeiros seis navios em serviço, o USS DE-99 Cannon, USS DE-100 Christopher, USS DE-101 Alger, USS DE 102 Thomas, USS DE 103 Bostwick e USS DE 104 Breeman, seriam alocados em ação no oceano atlântico logo em seguida, protegendo o primeiro trecho de comboios de navios mercantes em direção a Europa, executando estas missões com galhardia. Neste contexto o USS DE-189, receberia a Citação da Unidade Presidencial por ação antissubmarino de fevereiro e março de 1944, ao largo das Bermudas no Caribe. Posteriormente ao comissionamento de mais navios desta classe estes logo começariam a ser alocados nas frotas do pacífico e do atlântico. Esta classe de navio seria ainda inclusa com item de portifólio do programa Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), e em 1944 oito destes contratorpedeiros de escola seriam transferidos sobre regime de empréstimo a Marinha Brasileira, com o intuito de auxiliar na proteção dos comboios de navios mercantes que partiam do Brasil carregados com matéria prima para os Estados Unidos.
Ainda antes do término do conflito seis navios seriam comissionados diretamente para as Forças Francesas Livres para suporte as operações de retomada do controle da França, com início nas operações complementares a invasão da França em junho de 1944. Em 06 de agosto de 1944, seria lançado ao mar o USS Sutton DE-771, o último navio desta classe ser comissionado, pois neste momento já estava claro que a ameaça inimiga de submersíveis havia cessado tanto no oceano pacífico quanto no atlantico, e com base neste cenário seria decido cancelar a produção dos quarenta e quatro navios restantes. Os setenta e dois navios completados operariam durante todo o conflito, sem sofrer nenhuma perda a avaria significativa. Ao término da Segunda Guerra Mundial a grande maioria destes navios seria colocada na reserva da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) para posteriormente serem inclusos como item de portifólio do Programa de Defesa e Assistência Mútua - MDAP (Mutual Defense Aid Program). Em 1950 seis navios seriam cedidos a Marinha da Real da Holanda (RNN), quatro para a Marinha da República da China - Taiwan (ROCN). Ao longo dos anos seguintes oito seriam transferidos a Marinha Nacional Francesa (Marine Nationale), dois para a Marinha da República da Coreia (ROK), quatro para a Marinha Helênica (ΠΝ), três para a Marinha Militar Italiana (Marina Militare), dois para a Força de Autodefesa Marítima do Japão (JMSDF), três para a Marinha de Guerra do Peru (MGP), cinco para a Marinha das Filipinas (PN), dois para a Armada Nacional do Uruguai e por fim um navio para a Marinha Real da Tailândia (RTN). Muitos destes navios somente seriam desativados a partir da segunda metade da década de 1960. No ano de 1973, os últimos navios ainda na reserva da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) seriam retirados da lista de navios, sendo então sucateados. Em 2018 seria descomissionado o penúltimo navio desta classe ainda em operação, o BRP Rajah Humabon PS-11 (Ex-USS Atherton DE-169) da Marinha das Filipinas (PN). Curiosamente o HTMS Pin Klao DE-413 (Ex-USS Hemminger DE-746) ainda se mantem em plena atividade junto a Marinha Real da Tailândia (RTN).
Emprego na Marinha do Brasil
No início da Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano passaria a considerar com extrema preocupação uma possível ameaça de invasão no continente americano por parte das forças do Eixo (Alemanha – Itália – Japão). Quando a França capitulou em junho de 1940, o perigo nazista a América se tornaria claro se este país estabelecer bases operacionais nas ilhas Canárias, Dacar e outras colônias francesas. Neste contexto o Brasil seria o local mais provável de invasão ao continente pelas potencias do Eixo, principalmente devido a sua proximidade com o continente africano que neste momento também passava a figurar nos planos de expansão territorial do governo alemão. Além disso, as conquistas japonesas no sudeste asiático e no Pacífico Sul tornavam o Brasil o principal fornecedor de látex para os aliados, matéria prima para a produção de borracha, um item de extrema importância na indústria de guerra. Além destas possíveis ameaças, geograficamente o litoral do mais se mostrava estratégico para o estabelecimento de bases aéreas e operação de portos na região nordeste, isto se dava, pois, esta região representava para translado aéreo, o ponto mais próximo entre os continentes americano e africano. Assim a costa brasileira seria fundamental no envio de tropas, veículos, suprimentos e aeronaves para emprego nos teatros de operações europeu e norte africano. Este cenário demandaria logo sem seguida a um movimento de maior aproximação política e econômica entre o Brasil e os Estados Unidos, resultando em uma série de investimentos e acordo de colaboração. Entre estes estava a adesão do país ao programa de ajuda militar denominado como Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), que tinha como principal objetivo promover a modernização das Forças Armadas Brasileiras, que neste período estavam à beira da obsolescência tanto em termos de equipamentos, armamentos e principalmente doutrina operacional militar. Os termos garantidos por este acordo, viriam a criar uma linha inicial de crédito ao país da ordem de US$ 100 milhões de dólares, destinados a aquisição de material bélico, proporcionando ao país acesso a modernos armamentos, aeronaves, veículos blindados e carros de combate. Estes recursos seriam vitais para que o país pudesse estar capacitado para fazer frente as ameaças causadas pelas ações de submarinos alemãs a navegação civil esta potencializada pelo comercio exterior com o Estados Unidos, transportando diariamente matérias primas para a indústria de guerra daquele país. O maior desafio neste momento era representado pela campanha de guerra antissubmarino (ASW), com as operações aeronavais sendo realizados por grupos de combate da Marinha dos Estados Unidos (US Navy). Posteriormente com o recebimento de aeronaves especializadas neste segmento de atuação, em fins do ano de 1942, a Força Aérea Brasileira passaria a assumir uma grande parcela destas missões, faltava, no entanto, complementar este esforço fazendo uso efetivo de seu braço naval.
Nesta fase a Marinha do Brasil dispunha em termos de navios dedicados a guerra antissubmarino (ASW), somente seis navios mineiros da Classe Carioca (construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Ilha das Cobra), que foram reclassificados como corvetas após o envolvimento do país no conflito. Estas embarcações apesar de contarem com sensores e radares adequados a detecção de submarinos, estavam armados apenas com um canhão de 102 mm e lançadores de minas marítimas, configuração completamente inadequada para o embate junto aos submarinos italianos e alemães. A fim de sanar esta lacuna operacional, seria necessário disponibilizar a Marinha do Brasil, pelo menos um mínimo de estrutura necessária em termos de meio para a implementação destas missões. Assim dentro dos termos de cooperação, seria determinada a transferência de navios pertencentes a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), sendo inclusos caça submarinos das Classes PC-461, SC-497 e por fim de oito contratorpedeiros de escolta da classe Cannon. Estes novos navios introduziriam novos equipamentos táticas e conceitos na Marinha Brasileira à época, sendo considerados a espinha dorsal da esquadra. Eram navios antissubmarino completos para missões de escolta próximas ao litoral, tanto para enfrentar submarinos imersos, como na superfície. Eram extremamente manobráveis; sua propulsão Diesel-elétrica permitia aumento gradual de velocidade permitindo se adequar ao acompanhamento dos comboios. Assim desta maneira em 01de agosto de 1944 o Contratorpedeiro de Escolta Bertioga - Be 1, ex-USS Pennewill - DE 175 seria entregue à Marinha do Brasil na Base Naval de Natal, no Rio Grande do Norte, em um cerimonia de entrega presidida pelo Vice-Almirante estadunidense Jonas H. Ingram, Comandante da Quarta Esquadra americana. No dia 3 de agosto de 1944, por meio do Aviso Ministerial no 1276, o navio foi incorporado à Força Naval do Nordeste e teve sua Mostra de Armamento passada no dia 4 de agosto de 1944. Pelo Aviso Ministerial no 1918 de 29 de dezembro de 1946, o Bertioga, que deu nome à classe, foi incorporado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros da Esquadra, juntamente aos demais navios da mesma classe. A partir de 1 de janeiro de 1963, o navio passou à subordinação do 1º Esquadrão de Contratorpedeiros de Escolta (DivCTE 11). Pelo Aviso Ministerial no 219, de 7 de fevereiro de 1964, foi determinada a baixa do Serviço Ativo da Armada, com Mostra de Desarmamento realizada no dia 22 de julho de 1964, no Porto do Rio de Janeiro. Durante os 19 anos, 11 meses e 21 dias em que serviu à Marinha do Brasil, o navio desempenhou diversas comissões, destacando-se aquelas realizadas durante a Segunda Guerra Mundial, no período de 21 de agosto de 1944 a 18 de setembro de 1945, em que cumpriu missões de escolta de comboios, operações de caça antissubmarinos e apoio ao serviço aéreo de evacuação de tropas americanas provenientes da Europa. Navegou 211.977,4 milhas náuticas e fez 921,5 dias de mar
O segundo navio desta classe o O Contratorpedeiro de Escolta Beberibe - Be 2, ex-USS Herzog - DE 178, foi o segundo navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem a esse Rio de Pernambuco. O Beberibe foi construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, New Jersey. Foi transferido por empréstimo e incorporado a MB em 1º de agosto de 1944, na Base Naval de Natal (RN), recebendo o indicativo de casco Be 2. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Mário Pinto de Oliveira. No dia 4 de dezembro de 1945, a Esquadra foi restabelecida pelo Decreto n.º 8273, ficando o Beberibe, assim como os demais navios da classe Bertioga à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros atuando em missões de escolta e patrulha até o dia 18 de setembro de 1945. Em 20 de julho de 1953, foi retirado da lista de unidades pertencentes a Marinha dos Estados Unidos US Navy), sendo definitivamente transferido para o Brasil sob os termos do Programa de Assistência Mutua (MDAP). Dois anos depois com a nova padronização dos indicativos de casco da , teve seu indicativo alterado para D 19. No inicio da década de 1960, quando foi reclassificado como Aviso Oceânico, teve todo seu armamento removido, e seu indicativo visual foi alterado para U 29, permanecendo em operação até o ano de 1968 quando recebeu a baixa do serviço ativo e foi vendido para desmanche. O terceiro navio da classe Cannon a ser cedido a Marinha do Brasil, o Contratorpedeiro de Escolta Bracuí - Be 3, ex-USS Reybold - DE 177, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. O Bracuí foi construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, New Jersey. Foi transferido por empréstimo e incorporado a Marinha do Brasil em 15 de agosto de 1944, na Base Naval de Natal (RN), recebendo o indicativo de casco Be 3. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Alberto Jorge Carvalhal. Em 4 de dezembro de 1945, a Esquadra foi restabelecida pelo Decreto n.º 8273, ficando o Bracuí, assim como os demais navios da classe Bertioga à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros. Em 1955 com a nova padronização dos indicativos de casco da , teve seu indicativo alterado para D 23. No inicio da década de 1960, quando foi reclassificado como Aviso Oceânico, teve todo seu armamento removido, e seu indicativo visual foi alterado para U 23, permanecendo em operação até o ano de 1972 quando recebeu a baixa do serviço ativo e foi vendido para desmanche.
O Contratorpedeiro de Escolta Bauru - Be 4, ex-USS McAnn - DE 179, seria o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome(1) em homenagem a progressista cidade paulista de Bauru. O Bauru foi construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, New Jersey. Foi transferido por empréstimo e incorporado a MB em 15 de agosto de 1944, na Base Naval de Natal (RN), pelo Aviso n.º 1326 do MM, recebendo o indicativo de casco Be 3. Naquela ocasião, assumiria o comando, o Capitão-de-Corveta Sylvio Borges de Souza Motta. No dia 3 de agosto de 1944, por meio do Aviso Ministerial no 1276, o navio foi incorporado à Força Naval do Nordeste e teve sua Mostra de Armamento passada no dia 4 de agosto de 1944. Destacam-se, entre suas missões, as operações de caça antissubmarino, escolta a comboios e apoio ao serviço aéreo de evacuação das tropas aliadas vindas da Europa, durante a Segunda Guerra Mundial. Após o fim do conflito, a Força Naval do Nordeste foi dissolvida e o Bauru foi incorporado à Segunda Flotilha de Contratorpedeiros — anos mais tarde, o Segundo Esquadrão de Contratorpedeiros. Em 5 de junho de 1964, foi reclassificado e transferido para o Esquadrão de Avisos Oceânicos, ostentando o indicativo visual "U-28". Ao longo dos seus 37 anos, 6 meses e 16 dias no Serviço Ativo da Marinha, percorreu 295.428,9 milhas náuticas, totalizando 1.423 dias de mar. Diferentemente dos demais navios da classe Bertioga, desmanchados após suas baixas, o Bauru teve um novo e nobre destino: tornar-se o primeiro navio-museu no pais. Após uma minuciosa reforma, realizada para lhe devolver seu aspecto durante a Segunda Guerra Mundial, o Navio-Museu Bauru foi inaugurado em 21 de julho de 1982, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Em 20 de janeiro de 1996, foi inaugurado o Espaço Cultural da Marinha, seu porto sede até os dias de hoje. O quinto navio desta classe o Contratorpedeiro de Escolta Baependi - Be 5, ex-USS Cannon - DE 99, foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse em homenagem a essa cidade de Minas Gerais. O Baependi foi construído pelo estaleiro Dravo Corporation, em Wilmington, Delawere. Foi transferido por empréstimo e incorporado a MB em 19 de dezembro de 1944, na Base Naval de Natal (RN), recebendo o indicativo de casco Be 5. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Raimundo da Costa. Em 1963 esteve entre as unidade destacadas em virtude da crise provocada pela chamada Guerra da Lagosta com a França. Em 1965 transferido para o Esquadrão de Avisos Oceânicos, quando foi reclassificado como Aviso Oceânico, teve todo seu armamento removido, e seu indicativo visual foi alterado para U 27, operando até 1973 quando recebeu a baixa do serviço ativo e foi vendido para desmanche.
O sexto navio, o Contratorpedeiro de Escolta Benevente - Be 6, ex-USS Christopher - DE 100, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a um rio do mesmo nome no Estado do Espirito Santo. O Benevente foi construído pelo estaleiro Dravo Corporation, em Wilmington, Delawere. Foi transferido por empréstimo e incorporado a MB em 19 de dezembro de 1944, na Base Naval de Natal (RN), recebendo o indicativo de casco Be 6. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Jorge Campello Maurício de Abreu. Ao ser incorporado à Marinha do Brasil, o Contratorpedeiro Benevente ficou subordinado à Força Naval do Nordeste por meio do Aviso do Estado-Maior da Armada no1.896 de 19 de dezembro de 1944, fazendo parte da Força-Tarefa 27 para efeito de operações. Com a extinção da Força Naval do Nordeste foi considerado navio solto e subordinado ao Estado-Maior da Armada. Por meio do Aviso Ministerial no1.918, de 29 de dezembro de 1945, ficou incorporado à Segunda Flotilha de Contratorpedeiros. Em 7 de fevereiro de 1964, recebeu a classificação de Aviso Oceânico (U 30) por meio do Aviso Ministerial no 221 e da Ordem do Dia no 0008/64, do Comando em Chefe da Esquadra. Durante o período em que serviu à Marinha do Brasil, o Contratorpedeiro Benevente percorreu 265.846 milhas e fez 1.132 dias de mar, escoltando durante a Segunda Guerra Mundial comboios e realizando diversas missões de apoio a transporte aéreo. No dia 22 de dezembro de 1974, em cumprimento ao Aviso Ministerial n° 1.394 de 5 de novembro daquele ano, foi passada à Mostra de Desarmamento do Aviso Oceânico Benevente. Já o Contratorpedeiro de Escolta, ex USS Alger DE101, construído nos Estaleiros Dravo Corporation, Wilmigton, Delaware nos Estados Unidos. Teve sua quilha batida em 2 de janeiro de 1943, sendo lançado ao mar em 8 de julho de 1943. Foi incorporado à Marinha do Brasil em 10 de março de 1945 pelo Aviso Ministerial nº 503A e incorporado à Força Naval do Nordeste pelo Aviso Ministerial nº 507 de 12 de março de 1945, sendo submetido a Mostra de Armamento em 13 de março de 1945. Recebeu o indicativo visual Be7, posteriormente alterado para D16. Com a criação do Grupamento Naval do Sul, por meio do Aviso Ministerial no
2.106, de 8 de setembro de 1967, o navio foi a ele incorporado . Durante o período em que serviu à Marinha do Brasil, o Contratorpedeiro Benevente percorreu 265.846 milhas e fez 1.132 dias de mar, escoltando durante a Segunda Guerra Mundial comboios e realizando diversas missões de apoio a transporte aéreo. No dia 22 de dezembro de 1974, em cumprimento ao Aviso Ministerial n° 1.394 de 5 de novembro daquele ano, foi passada à Mostra de Desarmamento do Aviso Oceânico Benevente. Por fim o Contratorpedeiro de Escolta Bocaina - Be 8, ex-USS Marts - DE 174, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem a serra, rio e vila do mesmo nome do litoral de São Paulo. O Bocaina foi construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark (New Jersey). Foi transferido por empréstimo e incorporado a Marinha do Brasil em 20 de março de 1945, na Base Naval de Natal (RN), recebendo o indicativo de casco Be 8. Em 1955 com a nova padronização dos indicativos de casco teve seu indicativo alterado para D 22. No inicio da década de 1960quando foi reclassificado como Aviso Oceânico, teve todo seu armamento antissubmarino removido, e seu indicativo visual foi alterado para U32, operando nesta missão até o inicio de 1975 quando foi retirado do serviço ativo e alienado para venda para desmanche.
Em Escala.
Para representarmos o contratorpedeiro da classe Cannon "B Bertioga" D 18 Bauru, da Marinha do Brasil, fizemos uso do antigo kit da Revell na estranha escala 1/249. Aplicamos pequenas alterações em scratch na estrutura da ilha para configurarmos o navio quando em serviçono período pós guerra. Fizemos uso de decais produzidos sob encomenda pela Special Sings nesta mesma escala.
Para representarmos o contratorpedeiro da classe Cannon "B Bertioga" D 18 Bauru, da Marinha do Brasil, fizemos uso do antigo kit da Revell na estranha escala 1/249. Aplicamos pequenas alterações em scratch na estrutura da ilha para configurarmos o navio quando em serviçono período pós guerra. Fizemos uso de decais produzidos sob encomenda pela Special Sings nesta mesma escala.