M-3, M-3A1 e M-5 Half Track no Brasil

História e Desenvolvimento. 
O veículo militar meia lagarta (Half Track) se caracteriza por possuir rodas com pneus na sua parte dianteira e lagartas na parte traseira, concedendo uma parcial, porém satisfatória capacidade off road para a transposição de terrenos de difícil deslocamento, sendo um conceito muito empregado na primeira metade do século passado e hoje completamente abandonado. A origem deste tipo de veículo remonta ao início da década de 1920, quando na Europa começariam a ser desenvolvidos e lançados vários modelos deste tipo para aplicação civil e militar, passando a ser classificados como de grande valor para a operação em ambientes fora de estrada. O veículo de maior destaque neste período era o Citroën-Kégresse P-17 de fabricação francesa, sendo desenvolvido inicialmente para o mercado civil e logo customizado para o emprego militar. A aplicação inicial almejada seria para transporte de tropas e carga na linha de frente (considerando sua capacidade inclusive de transpor trincheiras) porém sua ótima mobilidade no ambiente fora de estrada o tornaria uma plataforma ideal para emprego em combate vindo a ser armado com metralhadoras e canhões de 37 mm. Este desempenho e versatilidade levariam esta empresa francesa a conquistar vários contratos de exportação, e curiosamente o Exército Americano (US Army) se tonaria um dos principais clientes. Em 1932 o governo norte-americano lançaria uma concorrência internacional para a compra de até duzentos veículos este tipo, diversas propostas foram apresentadas, porém o Citroën-Kégresse P-17 em testes comparativos se mostraria muito superior a seus concorrentes nacionais, vencendo assim este processo, o modelo francês se tornando o primeiro veículo meia lagarta a equipar o Exército Americano (US Army). Apesar de saírem derrotados neste processo, as indústrias norte-americanas vislumbrariam um grande potencial futuro nesta categoria de veículo militar, gerando assim esforços para o aprimoramento de projetos desta ordem.

Entre estes fabricantes norte-americanos, estava a empresa James Cunninghan & Sons de Rocheste, sediada em Nova York, que despontava rapidamente no segmento automotivo nacional. Em maio de 1933 seria então apresentado ao comando do Exército Americano (US Army) um protótipo do caminhão blindado com tração meia lagarta designado como T-24. Este blindado seria testado em campo, porém como os Citroën-Kégresse P-17 ainda se encontravam e processo de recebimento e incorporação, o T-24 não seria adotado neste momento. Porém parte do conceito e do projeto original seriam utilizados pela equipe de engenharia da montadora White Motor Company, que em meados do ano de 1938 apresentou aos militares norte-americanos uma proposta para desenvolver um veículo com tração meia lagarta baseado no blindado sobre rodas com tração integral 4X4 que já se encontrava em serviço no Exército Americano (US Army) desde o ano de 1934. A empresa receberia uma sinalização positiva, e assim iniciaria o desenvolvimento do novo veículo, chegando a concluir o projeto bem a tempo de poder participar de uma nova concorrência lançada para a aquisição de pelo menos dois mil veículos com tração meia lagarta que seriam destinados ao transporte de tropas e tração de peças de artilharia. O protótipo da White Motor Company, receberia inicialmente a designação de “T-9 Half-track Truck”, e posteriormente de “T-14 Half-track Scout Car” e foi submetido a um amplo programa de testes de campo comparativo com os demais concorrentes. A aprovação da escolha do vencedor seria influenciada pelo fato da White Motor Company ja ter em seu portfólio um veículo em serviço ativo no exército, e como o T-9 Half-track Truck compartilhava além do chassi muitos itens com o M-3 Scout Car. Assim por questões logicas de custo e padronização, este modelo seria então declarado como vencedor da concorrência. O contrato de aquisição seria celebrado em meados de 1939 com sua produção em série sendo iniciada no ano seguinte, como neste período o governo norte-americano estava empenhado em implementar seu plano de reequipamento emergencial face as tensões geopolíticas, seria decido que a produção deveria ser realizada também nas instalações fabris da Autocar Company e Diamond T. Motor Car Company.
Os primeiros White Motors M-2 Half Tracks começariam a ser entregues ao Exército Americano (US Army) no início do ano de 1941, com sua cadência de produção e entrega aumentando consideravelmente ao longo dos meses seguintes. Esta grande agilidade na produção, seria proporcionada pelo uso de um alto índice de componentes automotivos presentes em veículos comerciais daquela época, o que proporcionaria o emprego de ferramental e linhas de produção já existentes na indústria automotiva norte-americana. O blindado meia lagarta de série, apresentava as mesmas dimensões e design (grade frontal, faróis e para-lamas) do M-3 Scout Car e a exemplo deste estava equipado com um cilindro mecânico afixado no para-choque frontal que a ajudava a transpor elevações no solo. Para autodefesa o M-2 Half Track estava equipado com duas metralhadoras Browning calibre .30 refrigeradas a água instaladas sobre um trilho que circundava todo o seu interior, permitindo ao artilheiro operar em todos os ângulos. Desenvolvido inicialmente como trator para reboque de obuseiros leves dos modelos M-102 105 mm Howitzer e M-1 de 57 mm, os M-2 Half Track seriam distribuídos a quase todas as unidades de artilharia de campanha do Exército Americano (US Army), servindo também como transportadores de munição para estas armas. Paralelamente o modelo começaria a ser empregado para prover a mobilidade dos esquadrões de infantaria que operavam as metralhadoras pesadas Browning calibre .50, realizando seu porte, transporte de munição e das equipes dedicadas. Provisoriamente o M-2 Half Tracks seriam encarregado temporariamente das missões de reconhecimento do campo de batalha, com centenas de carros customizados para esta tarefa, até serem substituídos no front europeu, a partir de fins de 1943, por veículos especializados sobre rodas com tração 6X6 como os novos Ford M-20 Command Car e M-8 Greyhound. Necessidades de melhorias e correções de falhas de projeto, seriam identificadas levando ao surgimento da versão M-2A1, que além dispor de alterações no conjunto mecânico, apresentava como diferencial estético a inclusão de um suporte quadrado sobre o assento do tripulante auxiliar, onde era possível acoplar uma metralhadora Browning calibre .50 operada manualmente, que corria sobre um trilho circular, que em conjunto com duas novas Browning calibre .30 (sem refrigeração a água) melhoravam a capacidade de autodefesa da viatura quando operando em zonas de conflagração.

O modelo receberia ainda a possibilidade (de acordo com versão) a instalação de um guincho hidráulico alojado no para choque dianteiro. Já na parte traseira da carroceria seria equipada com dois suportes escamoteáveis para transporte de carga extra, infelizmente ainda não seria contemplado nesta versão, a instalação de uma porta traseira de acesso, inovação esta que seria implementada somente nos novos modelos M-3 e M-3A1. Seu batismo de fogo ocorreria quando da invasão das Filipinas pelos japoneses em dezembro de 1941, onde dezenas destes veículos seriam extremamente importantes nos esforços de defesa da ilha. Seu batismo de fogo ocorreria quando da invasão das Filipinas Exército Imperial Japonês em dezembro de 1941, onde dezenas de veículos foram extremamente importantes nos esforços de defesa da ilha, sendo muito empregados em tarefas de ressuprimento de cargas e tropas para as linhas de frente dos combates. Seu emprego em larga escala se daria durante a Operação Tocha, que teve lugar em 8 de novembro de 1942, quando os Aliados desembarcaram no Norte da África (Marrocos e Argélia), abrindo uma nova frente de batalha para as tropas do Afrika Korps naquele continente. Os M-2 e M-2A1 Half track Car, tiveram destacada e continua utilização nas principais batalhas na Europa e também na campanha do Pacifico representando muitas vezes em terrenos adversos o sustentáculo da operação logística aliada. Em meados de 1942 uma nova versão melhorada denominada M-3 passaria a ocupar as linhas de produção, estava equipada com uma carroceira mais longa, apresentando uma porta traseira central, dez assentos para tropas, tanques de combustíveis suplementares e diversos porta fuzis. Mais modificações seriam implementadas agora na versão M-3A1, como a adoção de um para choque longo com guincho e o mesmo suporte de metralhadora Browning calibre .50 presentes na versão M-2A1, recebendo ainda uma estrutura para emprego de capota de lona. O modelo final seria representado pelo M-5 que de todas as versões, apresentava as diferenças visuais mais marcantes, apresentando toda a parte traseira da carroceria arredondada, dispondo de porta central de acesso, sendo retomado neste modelo o rolete frontal (para auxiliar na transposição de elevações) presente nas primeiras versões M-2 Half track.
A produção total de carros blindados da família M-2 e M-2A1 Half Track efetivada nas linhas de montagem da White Motors Company, Autocar Company e Diamond T. Motor Car Company, entre os anos de 1940 e 1942, atingiria a cifra de aproximadamente 13.500 veículos. Uma versão para exportação seria desenvolvida exclusivamente para o atendimento de especificações operacionais particulares do Exército Vermelho (Exército Vermelho de Trabalhadores e Camponeses). Assim seriam produzidos pela montadora International Harvester Corporarion, oitocentos veículos na versão designada como M-9 Half Track, que seriam cedidos nos termos do programa do Leand & Lease Act Bill (Leis de Empréstimos e Arrendamentos) a Uniao Soviética. Já a produção dedicada as versões finais M-3 e M-5 Half Track superariam a impressionante marca de cinquenta e três mil viaturas, entregues entre os anos 1942 e 1945, sendo empregados pelas forças aliadas em todos os cenários de operação na Segunda Guerra Mundial. Além das versões de transporte, reconhecimento e comando, seriam desenvolvidas versões especializadas como veículo antiaéreo, sendo armados quatro metralhadoras M-2HB de calibre .50 montadas em uma torre elétrica Maxson M-33, recebendo as designações de M-16, M-14, M-15 e M-17 e como obuseiros autopropulsados armados com canhões T-12/M3 75 mm GMC, T-19 105 mm HMC, T-19/M21 81 mm MMC, T-30 75 mm HMC, T-38 105 mm HMC e T-48 Gun Motor Carriage. O término da Segunda Guerra Mundial determinaria a retirada de serviço nas forças militares americanas, sendo assim transformados em sucata ou cedidos a nações alinhadas com a política do governo americano, entre estas Chile, Dinamarca, Camarões, Áustria, Argentina, França, Grécia, Israel, Itália, Índia, Japão, Libéria, Coréia do Sul, México, Nova Zelândia, Noruega, Paquistão, Paraguai, Portugal, Togo, Turquia, Nicarágua, Filipinas e Zaire, onde permaneceram em uso até o início do século XXI.

Emprego no Exército Brasileiro.
No início da Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano se mostrava extremamente preocupado com uma possível ameaça de invasão no continente americano por parte das forças do Eixo. Quando a França enfim capitulou em junho de 1940, o perigo nazista a América se tornaria mais claro e próximo da realidade. Se a Alemanha pudesse obter bases nas ilhas Canárias, Dacar e outras colônias francesas, o Brasil seria o local mais provável de invasão ao continente pelas potencias do Eixo. Além disso, as conquistas japonesas no Pacífico tornavam o Brasil o principal fornecedor de látex para os aliados, matéria prima para a produção de borracha, um item de extrema importância na guerra.  Além deste aspecto, geograficamente o país era estratégico para o estabelecimento de bases aéreas e operação de portos na região nordeste, isto se dava, pois, esta região representava para translado aéreo, o ponto mais próximo entre o continente americano e africano, assim a costa brasileira seria fundamental no envio de tropas, veículos, suprimentos e aeronaves para emprego no teatro europeu. Este cenário levaria a uma maior aproximação política e econômica entre o Brasil e os Estados Unidos, resultando em uma série de investimentos e acordo de colaboração. Entre estes estava a adesão do país ao programa de ajuda militar Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), que tinha como principal objetivo promover a modernização das Forças Armadas Brasileiras, que neste período estavam à beira da obsolescência em equipamentos, armamentos e doutrina operacional (fundamentada na filosofia militar francesa). Os termos garantidos por este acordo, viriam a criar uma linha inicial de crédito ao país da ordem de US$ 100 milhões de dólares, para a aquisição de material bélico, proporcionando ao país acesso a modernos armamentos, aeronaves, veículos blindados e carros de combate. Estes recursos seriam vitais para que o país pudesse estar capacitado para fazer frente as ameaças do Eixo que se apresentavam no Atlântico Sul e no futuro front de batalha brasileiro nos campos da Itália.

Nesta época, curiosamente o Exército Brasileiro já operava uma pequena quantidade de veículos meia lagarta do modelo Somua e Citroën Kegresse de origem francesa que eram empregados na tração do aparelho de localização pelo som BBT (Barbier,Bernard & Turenne), o que facilitaria a operação de novos veículos deste tipo na Força Terrestre. Neste escopo de modelo meia lagarta, os aditivos deste programa norte-americana, previam a cessão de quatrocentos e trinta carros do modelo M-2 e M-2A1 e quarenta e nove da versão M-3, que deveriam ser entregues até final de 1943. Porém este cronograma seria profundamente alterando, tendo em vista a priorização no fornecimento deste tipo de veículo as forças aliadas que se preparavam para a invasão ao continente Africano e posteriormente Europeu, assim desta forma a grande parcela destes carros blindados só seria recebida ao término do conflito, e nunca nestas quantidades originalmente definidas. Mas de fato, a partir do início de 1942 começariam a ser recebidos no Brasil, os primeiros lotes de veículos militares destinados as forças armadas brasileiras, entre vários modelos, se encontravam os carros blindados meia lagarta, sendo dispostos na ordem de oito do modelo M-2, vinte e cinco M-2A1 Half Track, além de algumas poucas unidades das versões M-3 e M-3A1. Estes novos veículos, tinham como finalidade, equipar as recém-criadas unidades blindadas motorizadas e motomecanizadas, com os veículos blindados sendo distribuídos assim que disponibilizados. Já em serviço passariam a realizar missões de transporte de cargas e tropas, além de complementar os veículos blindados sob rodas com tração integral do modelo M-3A1 Scout Car, que operavam tracionando as junto as baterias de canhões anti-carro auto rebocados de M-3 de 37 mm. O curioso é que com a criação do Corpo Expedicionário, que iria lutar ao lado dos aliados na campanha da Itália em 1944 - 1945, com o nome de Força Expedicionária Brasileira (FEB) o 1º Esquadrão de Reconhecimento irá operar cinco destes veículos, modelos M-3 e M-3 A1, usados no transporte de carga e pessoal, recebidos lá, e sem dúvida uma grande novidade, sendo que apenas três se mantiveram operacionais ao longo da guerra (dois M-3 e um M-3A1) designados como Transporte de Rolamento Misto ½ lagarta
Conforme previsto, logo após o término da Segunda Guerra Mundial na Europa, o Brasil passaria a receber sucessivos lotes dos veículos meia lagarta, dispostos nas versões M-2, M-2A1, M-3, M-3A1 e M-5, lembrando que ao contrário do primeiro lote, grande parte destes eram veículos usados sendo incluídos como material excedente de guerra, mas mesmo assim estavam em excelente estado de conservação. Os últimos veículos desta família seriam recebidos no porto do Rio de Janeiro em fevereiro do ano de 1947. O significativo acréscimo da frota, possibilitaria o Força Terrestres a aumentar a capacidade de mobilidade blindada do Exército Brasileiro, elevando sua operacionalidade a um patamar jamais alcançado, se equiparando as principais forças armadas no mundo naquele momento. A partir do ano seguinte, estes veículos, passariam a designados oficialmente no Exército Brasileiro, como Carro Blindado de Transporte de Tropas - CBTP, sendo destinados a equipar vários Batalhões de Infantaria Blindada (BIB), Esquadrões de Cavalaria Mecanizada (Esq.C.Mec) e Esquadrões de Reconhecimento Mecanizado (Esqd.RC.Mec). Em serviço, além de serem empregados em missões de transporte de tropa e tração de peças de artilharia M-101 (M-2) AR 105 mm, os carros meia lagarta, os meia lagarta norte-americanos seriam utilizados como veículos porta morteiros, equipados com armas de 81 mm, e por fim como carro comando, equipados nesta versão modernos sistemas de rádios de longo alcance. Apesar de suas limitações de projeto referentes a proteção de seus ocupantes e baixa blindagem, os Carro Blindado de Transporte de Tropas – CBTP M-2 e M-2A1 Half Track , cumpririam a contento suas missões no Exército Brasileiro durante toda a sua carreira.

Em fins da década de 1960, os altos custos de manutenção e a crônica falta de peças de reposição (principalmente componentes do grupo motriz a gasolina cuja produção havia sido descontinuada a mais de vinte anos), praticamente reduziriam a frota dos Carros Blindados de Transporte de Tropas – CBTP a pouquíssimas viaturas operacionais, debilitando gravemente a capacidade de mobilidade do Exército Brasileiro.  Apesar de já dispor em seu inventário de vinte blindados de transporte de tropas sob esteira do modelo FMC M-59 VBTP, e se encontrar em processo final de tratativas para a incorporação de centenas de blindados do modelo FMC M-113AO (cujas primeiras unidades seriam entregues em 1967), o comando do Exército Brasileiro ainda vislumbrava neste segmento de veículos blindados a existência de uma preocupante lacuna operacional de curto prazo. Uma alternativa plausível se baseava na remotorização da frota atual destes veículos blindados, demandando assim o inicio de estudos para a viabilização técnica deste programa. Caberia então a equipe de técnicos do Parque Regional de Motomecanização da 2º Região Militar (Pq.RMM/2) de São Paulo a tarefa de se desenvolver este processo. Este programa de repotencialização teria como principal objetivo atingir o maior nível de nacionalização possível, com esta equipe elencando as áreas prioritárias de customização na produção destes componentes. Apesar de existirem tabus dentro do Exército Brasileiro sobre a real capacidade técnica em se proceder um repotenciamento neste nível, o consenso derivaria para que fosse dado prosseguimento a esta pauta. Como protótipo para este programa seria escolhido uma viatura do modelo M-2, com os trabalhos seriam rapidamente iniciados, neste contexto apresentava-se como objetivo crucial a troca do motor original a gasolina, por um nacional a diesel, com a escolha recaindo sobre o modelo produzido no pais, o  Perkins 6357 de 6 cilindros com 142 hp de potência.
Além do grupo motor, este processo obteria êxito na nacionalização de mais componentes básicos, entre eles o emprego de sapatas de borracha para as esteiras, produzidas pela empresa Novatração Artefatos de Borracha Ltda, pneus e tanques de combustível a prova de balas.  Estes trabalhos evoluiriam sem maiores percalços, sendo acompanhados por técnicos dos principais parceiros fornecedores, com grande destaque para a área de engenharia da Perkins do Brasil S/A, e o protótipo repotenciado seria completado no mês de julho de 1972. A apresentação oficial ao Comando do Exército Brasileiro se daria no mês seguinte, com o protótipo sendo entregue a Diretoria de Moto Mecanização (DMM), a fim de ser submetido a exaustivos testes de campo para avaliação técnica deste programa. Após a finalização estágio, o protótipo receberia sua homologação, recebendo então a autorização para a implementação pelo Parque Regional de Motomecanização da 2º Região Militar (Pq.RMM/2) deste programa em todos os veículos desta família ainda em carga no Exército Brasileiro. Gradativamente estes blindados seriam submetidos a este processo de repotenciação e devolvidos as unidades operativas, cumprindo seu papel a contento até meados da década de 1980, quando as últimas viaturas foram enfim substituídas pelos novos veículos blindados de transporte de pessoal Engesa EE-11 Urutu. Felizmente ainda é possível encontrar no Exército Brasileiro  alguns exemplares bem conservados, seja a rara M-2 do Museu militar Conde de Linhares no Rio de Janeiro, o M-3A1 do 24º BIB (Batalhão de Infantaria Blindado) e a M-5 do 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada (Esqd.RC.Mec)  – Esquadrão Tenente Amaro de Valença, todos com seu motor diesel o  Perkins 6357 de 6 cilindros  em perfeito estado de funcionamento.

Em Escala.
Para representarmos o M-5 Half Track "EB10-143" empregamos como base o antigo kit da Tamiya na escala 1/35 realizando pequenas alterações em scratch buliding para compor a versão empregada no Exército Brasileiro. Empregamos decais confeccionados pela Eletric Products pertencentes ao set "Veículos Militares Brasileiros 1944 - 1982 ".
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático do Exército Americano (US Army)  com os quais a totalidade dos veículos foram entregues ao Exército Brasileiro a partir de 1943. Após o final do conflito no pais,  seria adotada a sistemática de matricula da viatura, que seria mantida juntamente com o esquema de pintura original até a sua desativação na década de 1980.

Bibliografia:

- Meia Lagartas no Exército Brasileiro por Expedito Carlos S. Bastos - Revista Hobby News Nº 27
- Blindados no Brasil Volume I, por Expedito Carlos S. Bastos
- M2 Half Track Car -  Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/M2_Half_Track_Car
- M3 Half Track Car -  Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/M3_Half-track