Northrop F-5FM Tiger II Modernizado

História e Desenvolvimento.
Em meados da década de 1950 o avançar da tecnologia aeronáutica atingia uma velocidade sem precedentes na história da aviação moderna, porém em termos de custos de aquisição e operação, as novas aeronaves de combate superavam em muito os caças e bombardeiros da década passada. Esse cenário preocupava não só os comandantes militares norte-americanos bem como os fabricantes de aeronaves, que temiam terem suas receitas reduzidas em face a cortes orçamentários. Atento a esta demanda a diretoria da empresa Northrop Corporation em 1956 criou uma equipe de desenvolvimento chefiada pelo vice-presidente de engenharia e aeronaves, Edgar Schmued (responsável pelo desenvolvimento do P-51 Mustang e F-86 Sabre). O principal objetivo desta equipe, era o de criar uma aeronave de combate leve com alto desempenho, capacidade de manobra aprimorada e alta confiabilidade, fornecendo um custo operacional muito inferior ao caças de combate daquela geração contemporânea. Ademais reconhecendo que aviões a jato caros não poderiam ser substituídos de maneira viável em curto período (como ocorria com as aeronaves com motor a pistão), este novo projeto deveria incluir o conceito de "potencial de crescimento projetado", permitindo uma longevidade de serviço superior a vinte anos. Seguindo ainda este conceito que ficaria definido como "custo do ciclo de vida"   o engenheiro-chefe do projeto Welko Gasich definiu que os motores devem estar localizados dentro da fuselagem para obter o máximo desempenho com baixo custo operacional e a longa vida útil. O projeto denominado oficialmente como Projeto N-156, deveria atendar as possíveis demandas futuras da Força Aérea Americana (USAF), bem como se adequar as exigências de uma concorrência emitida pela Marinha Americana (US Navy) que buscava um caça leve para emprego em seus porta aviões de escolta, tendo em vista as aeronaves em uso até então nos porta aviões normais excediam as capacidades lançamento e hangaragem. Infelizmente para a Northrop Corporation a Marinha Americana (US Navy) reavaliou sua estrutura e meios resultando na desativação dos pequenos porta aviões de escolta.

Este projeto receberia a designação de "N-156" e se espelhava em parâmetros exigidos em uma concorrência anteriormente lançada pela Marinha Americana (US Navy), para o desenvolvimento de um caça leve para emprego em seus porta aviões de escolta. Porém com citado em 1957, dentro de uma nova definição estratégica, este tipo de embarcação seria retirado de serviço, levando ao cancelamento da concorrência. Apesar deste pequeno revés a empresa seguiu com o projeto derivando o em duas vertentes, uma destinada a um caça tático leve o "N-156F" e uma aeronave de treinamento avançado o "N-156T". O conceito deste último modelo agradaria muito o comando da Força Aérea Americana (USAF), sendo assim selecionado como treinador padrão, em substituição aos jatos subsônicos Lockheed T-33. Apesar da negativa em relação a versão monoplace, a companhia decidiu com recursos próprios continuar o desenvolvimento desta aeronave. Esta iniciativa seria recompensada, pois em 25 de fevereiro de 1958, seria iniciado um estudo para a criação de uma aeronave multifuncional para exportação, para emprego no âmbito do Programa de Assistência Militar (MAP - Military Assistence Program) a nações amigas. Este programa se materializaria em 1962, com a criação do "Programa FX", uma concorrência para a aquisição de mais duzentas aeronaves. A proposta apresentada pela Northrop Aircraft Corporation contemplava como oferta o modelo N-156F. Sendo este modelo declarado vencedor desta contenda em 23 de abril do mesmo ano. O modelo receberia a designação militar de Northrop F-5A e nome de batismo de “Freedon Fighter” tendo este nome em alusão ao propósito original de se prover as nações amigas, um vetor capaz de garantir a defesa aérea de países menos desenvolvidos, principalmente contra a ameaça do expansionismo do comunismo no mundo. A Northrop Aircraft Corporation receberia assim o primeiro contrato de produção da nova aeronave para a Força Aérea Americana (USAF) em outubro de 1962.
No ano de 1969, o governo norte-americano, no anseio de manter sua influência militar e política sobre seus aliados, começou a considerar um sucessor para a família F-5A/B Freedom Fighter, desta maneira, oito empresas foram convidadas a participar de uma concorrência denominada como Processo IIFA (Improved International Fighter Aircraft). Após análises detalhadas das propostas apresentadas, seria anunciado como vencedor a aeronave Model F-5A-2, apresentada pela empresa Northrop Aircraft Corporation. Projeto este que nada mais era do que uma evolução do caça tático F-5A/B Freedom Fighter, apresentando inúmeras modificações que visavam principalmente, atender as demandas da concorrência que exigiam uma aeronave com desempenho superior aos caças Mikoyan-Gurevich MiG-21 soviéticos. O primeiro protótipo alçou voo em 23 de agosto de 1972, esta nova aeronave estava equipada com dois motores General Electric J85-21 que apresentavam uma maior chegando a 5.000 libras de empuxo, o novo avião, possuía uma fuselagem alongada e aumentada que lhe permitia acomodar mais combustível que seu antecessor. Suas asas foram equipadas com extensões de borda de ataque ampliadas, proporcionando uma área de asa aumentada e consequente manobrabilidade aprimorada. Como diferencial para sobrevivência em um ambiente hostil o agora recém denominado Northrop F-5E Tiger II dispunha de aviônicos mais sofisticados, incluindo crucialmente um novo radar, inicialmente o Emerson Electric AN / APQ-153 (salientado que os modelos anteriores não dispunham de radar), podendo ainda receber, de acordo com a necessidade de customização a pedido do cliente,  sistemas de navegação inercial , equipamentos TACAN- Tatical Air Navegation (sistema tático aéreo de navegação) e ECM - Electronic Countermeasures (contramedidas eletrônicas). Seguindo as diretrizes iniciais de seu desenvolvimento, o F-5E agora denominado Tiger II começou a ser fornecido para as nações alinhadas aos Estados Unidos, como Vietnã do Sul, Coreia do Sul, Irã, Chile, Brasil, México, Suíça, Malásia, Cingapura, Taiwan, Marrocos, Jordânia, Grécia, Tunísia, Arábia Saudita, Etiópia. Honduras, Indonésia, Quênia, Noruega, Sudão e Iêmen, a positiva aceitação do vetor em função de sua excelente relação custo benefício, o que proporcionaria os recursos e mercado para o desenvolvimento de uma versão de conversão, porém ao contrário de seu antecessor o F-5B Freedon Figther, este novo modelo deveria manter as mesmas capacidades de combate da versão monoplace, gerando mais um benefício para seus operadores.

O primeiro protótipo do modelo biplace, agora denominado como Northrop F-5F Tiger II alcaçaria voo em 25 de setembro de 1974, com seu desenvolvimento se alongando até meados de 1976, neste contexto diversas melhorias seriam incorporadas ao projeto. Com o projeto atingindo seu nível de maturidade homologado, a empresa iniciaria a produção em série em dezembro de 1976, com os primeiros lotes sendo destinados a Força Aérea Americana (USAF), e os posteriores aoS clientes de exportação do F-5E Tiger II. A versão de treinamento e conversão apresentada, acompanhava o mesmo desing, com um pouco mais de um metro comprimento adicionado a fuselagem na região da cabine, com a finalidade de abrigar o segundo assento. Assim ao contrário do que aconteceu no modelo F-5B, nesta nova aeronave seria mantido o nariz “bicudo” do modelo monoposto, mantendo a instalação do radar Emerson AN/APQ-157 , porém havia a previsão para a instalação de somente um canhão M-39 de 20 mm, comportando ainda reduzida de munições. Esta alteração se dava, pois, a segunda arma de cano seria retirada para assim ceder espaço para os avionicos que, na versão monoplace ocupavam a área atrás da cabine original, mas que na versão biplace tiveram de ser transferidos para complementar o espaço empregado pelo segundo assento. No demais todo o conjunto estrutural como motores, asas e todo o resto é praticamente igual ao monoposto com exceção de alguns detalhes como aletas sobre as asas e peso sobre a cauda, para compensar a mudança no centro de gravidade e as alterações na estabilidade devido ao aumento do comprimento e ao peso do segundo assento.  As extensões do bordo de ataque também têm um formato diferente, para aumentar sua aérea, concedendo ao Northrop F-5F Tiger II desempenho muito similar a versão monoplace facilitando assim a tarefa de conversão operacional.
A produção total atingiria até 1987, um total de 1.399 células dispostas entre as versões monoplace F-5E e biplace F-5F Tiger II, e no sucesso da versão monoploce os modelos de treinamento e conversão seriam exportados para o Chile, Áustria, Honduras, México, Jordânia, Indonésia, Irã, Quênia, Malásia, Singapura, Arábia Saudita, Vietnã do Sul, Sudão, Suíça, Tailândia e Yemen, outras células fornecidas pelo Vietnã seriam empregadas ainda pela União Soviética para avaliação. No final desta mesma década o modelo começou a ser substituído na Força Aérea Americana (USAF), pelas primeiras versões do novo caça multifuncional General Dynamics F-16 Fighting Falcon. Apesar de estar defasado tecnologicamente em relação as aeronaves de nova geração, alguns dos maiores operadores do modelo vislumbram a oportunidade de prolongar a vida útil das células do Northrop F-5E/F Tiger, pois além de apresentar uma excelente relação custo-benefício em termos de operação, ele possuía, baixa assinatura aos radares e grande manobrabilidade, o que garantiria sua sobrevivência e êxito no novo ambiente de combate dos caças de quarta geração. A primeira experiência de emprego de um modelo de modernização seria desenvolvida pela Força Aérea da República de Singapura (RSAF), com a adoção de radares FIAR Grifo-F produzidos pela empresa italiana Galileo Avionica (similar em desempenho aos modelos norte-americanos Emerson Electric's AN/APG-69), cockpits atualizados e sistema de armas compatíveis com misseis ar ar de longo alcance Hughes Aircraft AIM-120 AMRAAM e de curti alcance Rafael Python. Estes processos de modernização, revigorariam a capacidade de combate do pequeno caça bombardeiro da Northrop Aircraft Corporation, permitindo estender sua vida útil pelo menos até fins da década de 2020. Vale salientar que em seu pais de origem o modelo continuaria a ser operado na versão “Agressor” pela aviação naval na Marinha Americana (US Navy), sendo a mesma reequipada com células usadas adquiridas da Força Aérea Suíça ( Schweizer Luftwaffe) no ano de  2015.

Emprego na Força Aérea Brasileira.
Em fins de década de 1990 a Força Aérea Brasileira dispunha em sua frota de apenas sessenta e cinco aeronaves de caça e ataque, divididas entre os modelos franceses Marcel Dassault Mirage IIIEBR -  F-103E e norte-americanos Northrop F-5E Tiger II, dispostos em quatro unidades de caça de primeira linha. Vetores estas pertencentes a segunda e terceira geração de aeronaves de combate, sendo consideradas ultrapassadas em termos de tecnologia embarcada e sistemas de armas. Este cenário seria comprovado inúmeras vezes, quando as aeronaves brasileiras enfrentaram aeronaves de quarta geração dos modelos Dassault Mirage 2000 e Lockheed F-16C/D Fighting Falcon em âmbito de exercícios multinacionais conjuntos.  A maior deficiência dos caças da Força Aérea Brasileira estava baseada na incapacidade de operação no ambiente de guerra além do alcance visual (BVR), fator determinante na moderna arena de combate aéreo. Além da defasagem tecnológica evidente, uma significativa parcela destas aeronaves eram compostas pelos caças franceses Dassault Mirage IIIEBR/D, se encontravam próximo ao limiar da vida útil das células, antevendo assim sua necessidade de substituição a médio prazo. A solução mais óbvia, seria a aquisição de pelo menos cinquenta aeronaves multimissão de quarta geração para substituição dos dois modelos de caças em uso até então. Esta demanda se materializaria em julho do ano 2000, com a aprovação do Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, que apresentava como braço armado o projeto FX BR, detentor este de um orçamento de US$ 700 milhões, para a compra de doze a vinte e quatro caças de superioridade aérea. Um criterioso processo de análise técnica seria realizado pelo Ministério da Defesa, chegando a fase de seleção final "short list", infelizmente no ano de 2002, um novo governo assumiria o poder, e apesar do programa contar com financiamento externo, este seria cancelado por decisão do novo mandatário, com a argumentação que os recursos seriam mais bem aplicados em programas sociais, mesmo o programa de aquisição não apresentando necessidade de investimento imediato. Apesar desta negativa, a premente necessidade de substituição e modernização, se fazia presente, e o comando da Força Aérea Brasileira imbuída da missão de fazer o máximo possível com o seu reduzido orçamento, decidiu derivar por dois caminhos, sendo um pautado pela aquisição de dez a doze caças usados para a substituição dos Marcel Dassault Mirage IIIEBR - F-103E, e outro pelo estudo para a aplicação de um processo de modernização de sua frota de caças Northrop  F-5E/F Tiger II. 

Além das necessidades de modernização, se fazia ainda recompor a frota das aeronaves de conversão, pois infelizmente em 1996, o Northrop F-5F "FAB 4809" sofreria um grave acidente com perda total de material e pessoal em manobras próximas a cidade de Triunfo no Rio Grande do Sul. Esta ocorrência reduziria a frota de treinadores à apenas três células, o que sobrecarregaria as atividades de voo deste modelo, motivando então a equipe do Parque de Material de Aeronáutica de São Paulo (PAMA SP), a manter um cuidadoso e esmerado programa de manutenção, para assim, evitar que os períodos das grandes inspeções das células coincidissem, mantendo sempre no mínimo dois Northrop F-5F operacionais. Os primeiros estudos seriam baseados no exitoso programa aplicado junto aos caças F-5E Tigres III chilenos, levando este a formalização de uma parceria entre a Embraer S/A e a empresa israelense Elbit Systens, nascendo assim o programa F-5BR. No dia 30 de dezembro de 2001, seria aprovado um orçamento no valor de US$ 285 milhões, visando o retrofit estrutural e modernização da avionica e sistemas de armas de quarenta e três  células dos modelos F-5E Tiger II e três do F-5F Tiger II. Este programa teria como destaque a instalação de um moderno radar Pulso Doppler Grifo F/BR (Grifo-X P2803) com capacidade look down shot down, abrangendo a implementação de uma cabine equipada com três mostradores multifuncionais (MFD) em cores e leitura HUD, com todos estes sistemas e iluminação projetados para missões noturnas. Adoção de um sistema de rádio V/UHF digital da marca Rohde & Schwartz, com previsão de enlace de dados interoperacionalidade com as aeronaves Embraer R-99 A/B e A-29 Super Tucano.A tecnologia de quarta geração incluiria o sistema HMD (mostrador montado no capacete) do modelo DASH 4, link para dados, sistema de planejamento de missão, AACMI (Instrumentação Autônoma para Simulação e Avaliação de Manobras de Combate) e capacidade para treinamento virtual de vôo. Este conjunto seria complementado pela adoção do dispositivo de manche e manete de potência combinados (HOTAS), dois computadores de alto desempenho e um sistema integrado de navegação INS/GPS. Em termos de sistemas de autodefesa a aeronave passaria a contar com um elaborado conjunto de contra-medidas eletrônicas (ECM), receptores de aviso de radar (RWR) integrados com lançadores de chaff/flare.
Além do processo de modernização de sistemas, este programa incluiria um completo retrofit estrutural, abrangendo também a padronização das aeronaves, que apresentavam diferenças entre si, pois foram fornecidas em dois lotes, incluindo também a instalação da sonda de reabastecimento em voo nas aeronaves recebidas em 1988. As duas primeiras aeronaves que seriam utilizadas como protótipos do programa foram recebidas nas instalações da Embraer S.A em São José dos Campos, no dia  21 de fevereiro de 2001. O primeiro protótipo na versão biplace realizaria seu primeiro voo em 4 de dezembro de 2003 e o monoplace em 16 de junho de 2004. A primeira aeronave modernizada o Northrop F-5EM Tiger II FAB 4586 foi entregue oficialmente no dia 21 de setembro de 2005 na Base Aérea de Canoas no Rio Grande do Sul. Como curiosidade esta célula foi o primeiro Northrop F-5E Tiger II produzido pela Northrop Aircraft Corporation, tendo voado pela primeira vez em 11 de agosto de 1972.  No ano de 2007 seria negociado junto ao governo jordaniano a aquisição de mais oito aeronaves da versão monoplace, células estas tiveram a compra condicionadas como fator obrigatório para o recebimento de três unidades do modelo biplace tão desejados pela Força Aérea Brasileira. Posteriormente somente estes "novos" Northrop F-5F Tiger II seriam modernizados com os demais servindo como fonte de peças de reposição. Apesar do empenho de todos os envolvidos, ocorreram atrasos no cronograma inicial previsto, pois problemas de ordem orçamentaria afligiram o Ministério da Defesa, postergando a conclusão do processo até o ano de 2013 quando a última aeronave modernizada foi entregue a Força Aérea Brasileira.

As aeronaves que emergiram deste processo de modernização passando a contar com um novo leque de sistema de armas, entre estes os misseis de curto alcance Python-4 e Piranha, de longo alcance com capacidade de engajamento além do visual (BVR), kits para bombas inteligentes LGB ou Lizard para o emprego com os modelos MK-82 ou MK-84. Complementando esta suíte, foram integrados a aeronave como casulos (pods) israelenses de guerra eletrônica dos modelos Rafael Skyshield e Rafael Litening III, para reconhecimento, designação de alvos por laser, infravermelho IR ou GPS. Pode-se afirmar que a introdução em serviço dos Northrop F-5EM Tiger II, elevou a Força Aérea Brasileira a um novo patamar de capacidade operacional, podendo enfrentar em regime de igualdade na arena de batalha moderna as demais aeronaves de quarta geração. Sua capacidade de enlace de dados e interoperacionalidade com as aeronaves de alerta aéreo antecipado Embraer E-99, sensoreamento remoto Embraer R-99 e aeronaves de ataque como os Embraer A-29 ALX e A-1M AM, permitiriam a força aérea a operar no conceito de "ataque por pacotes", fazendo uso de modelos de aeronaves de distinto emprego. Novas doutrinas seriam criadas, priorizando o combate ar ar no ambiente além do visual, sendo empregados frequentemente em combates simulados contra os caças Dassault Mirage F-2000C do 1º Grupo de Defesa Aérea. Este processo evolutivo seria coroado quando da participação do 1º/14º Grupo de Aviação - Esquadrão Pampa no prestigioso exercício multinacional RED FLAG no deserto de Nevada, realizado em junho de 2008 nos Estados Unidos, onde cinco  Northrop F-5EM participaram de combate simulados contra aeronaves Boeing F-15E Eagle, Lockheed F-16C Falcon e Saab JAS 39 Gripen, obtendo excelentes resultados operacionais.
O primeiro protótipo designado Northrop F-5FM foi entregue em dezembro de 2003, porém atrasos na definição do vencedor do Programa FX levaram o comando da Força Aérea Brasileira (FAB), e conforme citado o recomplementado da frota dos biplaces seria efetivada com a aquisição de mais três células usadas oriundas da Força Aérea Real da Jordânia (Silāḥ ul-Jawu al-Malakī ’al-Urdunī). Após o recebimento em 2008 estas aeronaves seriam recolhidas ao Parque de Material de Aeronáutica de São Paulo (PAMA SP), para recuperação e revisão estrutural, visando assim as preparar para o processo de modernização. Assim após a realização deste processo as aeronaves seriam transladadas em voo até a fábrica da Embraer S/A na cidade de Gavião Peixoto no interior do estado de São Paulo.  A primeira aeronave “jordania” modernizada seria entreguem em maio de 2014, com as duas últimas sendo incorporadas entre outubro e dezembro de 2017. Desta maneira a Força Aérea Brasileira passaria a contar com seis aeronaves F-5FM operacionais modernizadas, possibilitando a distribuição de duas células por esquadrão operador do modelo ( lembrando que anteriormente antes da modernização os três F-5F originais eram concentrados no 1º/14º GAv ), melhorando assim o processo de treinamento e conversão. Esta sistemática deve ser mantida até o início das operações dos novos caças suecos Saab F-39 Gripen NG em meados do ano de 2022. Já no ano de 2021 as primeiras células monoplaces dos caças norte-americanos começaram a ser desativadas do serviço ativo da Força Aérea Brasileira. Especula-se que todas as aeronaves devem ser enfim desativadas até meados da década de 2020 encerrando assim gloriosa folha de serviços.

Em Escala.
Para representarmos o Northrop F-5FM "FAB 4808" empregamos o antigo modelo da Monogram na escala 1/48, necessitando para se compor a versão modernizada, proceder como alterações básicas a inclusão de antenas RWR, dispensers de chaff e flares , remoção do canhão M-39 de 20 mm e adoção da sonda de reabastecimento em vôo  (item em resina). Para finalizar o modelo fizemos uso de decais produzidos pela FCM Decais, presentes no set 48/33.
O esquema de cores (Federal Standard) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático com marcações em baixa visibilidade empregado em todos os  Northrop F-5FM e Northrop F-5EM Tiger II aplicados após o processo de modernização.





Bibliografia : 
- Northop F-5 Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/Northrop_F-5
- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 – 2015 por Jackson Flores Junior
- F-5F  na FAB, os Poucos,  Fernando " De Martini; Alexandre Galante e Guilherme Poggio - Revista Forças de Defesa Número 6
- Os Tiger Afiam suas Garras - Carlos Lorch - Revista Força Aérea Nº3
- Mike , um Novo Vetor de Armas – Jose Leandro P- Casella – Revista Força Aérea Nº 45