A segunda Guerra Mundial foi marcada pela aplicação de alta mobilidade da infantaria e artilharia no campo de batalha, levando as demais armas terrestres a se adaptarem a esta nova filosofia de combate. Este conceito seria fundamentado nos princípios da tática Blitzkrieg, empregada pelo Exército Alemão (Wematch). Para garantir mobilidade, sem perder a capacidade ofensiva, os alemães precisavam não apenas de tanques e soldados transportados por blindados, mas também de artilharia autopropulsada, levando assim ao emprego dos primeiros modelos de obuseiros autopropulsados. Se espelhando neste conceito, os exércitos aliados também buscariam soluções semelhantes, para proporcionar adequada mobilidade a sua artilharia de campanha, nascendo assim primeiramente o T-19 Howitzer armado com canhão de 105 mm. Este modelo seria sucedido em fevereiro de 1942 o M7- Priest, com seu batismo de foco ocorrendo durante a Segunda Batalha de El Alamein (23 de outubro - 11 de novembro de 1942), e logo em seguida passando a participar das mais decisivas batalhas. O M-7 em conjunto com o M-37, retornariam à ação durante a Guerra da Coreia (1950-1953). Apesar de desempenharam com êxito na maioria das missões a que foram envolvidos, verificou-se que a limitada elevação de 35º graus do canhão dificultava a capacidade de disparar em alvos localizados sobre as altas montanhas coreanas. Ficava nítida então, a necessidade de desenvolvimento de um novo obuseiro autopropulsionado de grande porte. A solução se materializaria em 1953 no desenvolvimento do modelo M-52, que era baseado nos chassis do carro de combate médio M-41 Walker Buldog. Apesar de permitir uma maior mobilidade na elevação do canhão de 105 mm, chegando entre 65º positivo 10º negativos, o modelo se mostrou extremamente complexo e problemático, levando ao precoce cancelamento de sua produção. Isto levaria a abertura de uma nova concorrência para o desenvolvimento de um novo obuseiro autopropulsionado, com este programa sendo vencido em setembro de 1954 pela proposta do modelo T-195/195E-1 da General Motors Co. O primeiro mock up seria apresentado no início do ano de 1955, seguido pela construção de cinco protótipos para testes e avaliações. O novo obuseiro autopropulsado agora designado como M-108, passaria a ser liberado para a produção em série no segundo semestre de 1959.
A versão de produção, estava equipada com um motor Detroit Diesel 2 tempos 8V-71T de 8 cilindros com turbo compressor, refrigerado a líquido com 405 hp de potência, que lhe proporcionava uma velocidade máxima de 56 km/h com alcance de 360 km. Este conjunto mecânico lhe concedia a mobilidade adequada para acompanhar as demais unidades blindadas no campo de batalha. A arma principal do M-108 era o obuseiro M-103 de 105 mm, com um tubo de calibre 30 de comprimento, montado em um conjunto M-139. Podia disparar um projétil de 14,9 kg a 472 m/s com alcance efetivo de 11.16 km. Podia fazer uso de munições do tipo HE, WP, fumaça, armas químicas e M-67 HEAT, podendo fazer uso da munição de OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de 105 mm, com exceção de munições assistidas por foguetes. O M-108 receberia seu batismo de fogo durante a Guerra do Vietnã (1965 - 1975), e a sua capacidade de girar o canhão em 360 º, o tornaria ideal para sustentar as posições de fogo, que podiam estar sujeitas a ataques de qualquer direção. Representando mais um fator positivo, a possibilidade de operar o canhão em elevações de + 75º e - 6º, lhes permitia poder atingir com eficiência atingir alvos em diversos níveis de terreno. Apesar destas características positivas, seria observado, no entanto, que seu canhão de 105 mm, não atendia as necessidades de cadência de fogo e eficácia na destruição de alvos objetivados. Esta constatação levaria a retirada de ambos os batalhões de artilharia de campo equipados com este modelo em meados de 1976, encerrando assim sua participação neste conflito. Visando sanar estas deficiências, seria iniciado o desenvolvimento de um veículo armado com uma arma de maior calibre, com a escolha recaindo sobre o modelo M-126 de 155 mm. A plataforma e o chassi seria o mesmo empregado no M-108, com seu design e funcionalidade atendendo a todas as necessidades. Apesar de possuírem a mesma base conceitual e compartilharem muitos itens, este novo projeto, agora designado como M-109, contemplava avanços significativos, entre eles um chassi composto de alumínio blindado oferecendo maior resistência a impactos de armas de calibre médio, novos sistemas de direção de tiro e comunicação, capacidade estendida no transporte de munição, além de contar com um canhão de maior calibre.
O M-109, podia transportar internamente até vinte e oito munições de 155 mm, seu canhão era facilmente identificado por seu cano curto e um freio de boca duplo com um grande extrator de fumaça logo atrás dele. Esta nova arma podia atingir alvos com alcance máximo de 14.600 metros, podendo disparar em elevações de + 75º e - 6º. Logo que elevados a condição operacional, estes novos obuseiros autopropulsados seriam transferidos para o Teatro de Operações no Vietnã, passando a substituir os derradeiros M-108 nos Regimentos de Artilharia de Campo (Fields Artillery Regiments), e suas positivas expectativas operacionais, seriam plenamente confirmadas. A experiencia no emprego real, trariam a luz a necessidade de melhorias, que culminaria no novo modelo
M-109-A1, que passava a ser equipado com nova versão do motor Detroit Diesel Model 8V-71T acoplado a uma transmissão cross-drive Allison Transmission XTG-411-4A. A principal evolução estava baseada na introdução do novo canhão M-185 de calibre 39 mm, que apresentava um perfil mais longo.
O M-109-A1 entraria em combate real pela primeira vez em 1973, quando foi empregado pelas Forças de Defesa de Israel (Tzavá Haganá le Israel), durante a guerra do Yom Kippur. A próxima evolução se daria com o M-109A2, que incorporava uma série de melhorias, entre elas a disponibilidade e manutenção (RAM) de meia-idade, proteção balística para o telescópio panorâmico, dispositivo de alinhamento de visão M-140 e sistemas de visão noturna. A capacidade de armazenamento de munição aumentaria de vinte e oito para 36 cartuchos. Neste mesmo momento, seria desenvolvida uma versão simplificada, destinada à
exportação, apresentando pequenas diferenças externas e a exclusão do kit de flutuação do casco, com este modelo recebendo a designação de M-109A1B.
Novas versões foram introduzidas ao longo dos anos entre elas o M109-A3 e M-109-A3B, M-109-A4 , que passaram a contar principalmente com sistemas de proteção contra guerra biológica e nuclear. Em 1985 a versão M-109-A5, passava a receber o novo canhão M-284 de calibre 39, permitindo um alcance máximo de 22.000 metros com projéteis comuns e 30.000 metros com projeteis assistidos por foguetes, representando um grande avanço operacional.
Em 1991 surgiria a versão M109-A6 Paladin, que apresentava um novo redesenho de casco, incluindo armadura adicional (com habitáculo revestido em kevlar), adoção do canhão M-284 aprimorado em conjunto com o sistema M-182A1, um novo lay out interno para armazenamento de munição e equipamentos mais seguros, possuindo ainda várias atualizações no grupo propulsor e suspensão. Pela primeira vez, um sistema de navegação inercial seria introduzido, enquanto o canhão receberia sensores para detectar o alinhamento principal. Passava ainda a contar com um moderno sistema de comunicação digital criptografado, com sistema de contador ECM (guerra eletrônica), localização de grade e dados transmitidos ao FDC da bateria. Esta nova versão apresentaria grandes melhorias nas áreas de sobrevivência; confiabilidade, disponibilidade e manutenção (RAM); capacidade de resposta; e efeitos terminais. Este modelo foi desenvolvido para operar de forma independente, podendo receber uma missão de fogo, calcular dados de alvo, selecionar e assumir sua posição de disparo, desbloquear automaticamente e apontar seu canhão, disparar e sair, sem assistência técnica externa de terceiros. Podia-se ainda disparar a primeira salva partir do movimento em menos de sessenta segundos, sendo capaz de disparar até quatro tiros por minuto para alcances de trinta quilômetros. Os primeiros 164 carros foram entregues pela BAE Systems, em fins de 1992, sendo declarados operacionais em abril do ano seguinte. Novos contratos de produção se seguiram, atingindo a cifra total de 950 veículos entregues, com sua produção sendo encerrada em 25 de junho de 1999. A versão mais atual em serviço é a M109-A7 (que era anteriormente conhecida como M-109A6 PIM), seu primeiro protótipo seria revelado em 2007, sendo submetido a um grande programa de testes. Em 2013 o programa foi aprovado com a empresa BAE Systems, recebendo um contrato para atualização dos primeiros carros M-109-A6 para o padrão M109-A7. Este novo modelo passou a deter maior peso de deslocamento que seu antecessor, passando proporcionará maior precisão, melhor mobilidade e velocidade de deslocamento. As entregas iniciais ao Exército Americano (US Army) tiveram início em 2015, com o programa devendo atingir 580 carros modernizados ao longo dos próximos anos.
Ao longo de mais de cinquenta anos de serviço os obuseiros autopropulsados da família M-109, se fizeram presentes em diversos conflitos ao redor do mundo, como as guerras do Vietnã, Yom Kippur, Irã X Iraque, Saara Ocidental, Golfo Pérsico, Iraque, Civil Iraniana, Civil Iemenita e Síria. Ao todo seriam produzidos mais de 7.700 carros dispostos em treze versões. Com estes modelos sendo construídos nos Estados Unidos pela General Motors Co e BAE Systems, e sob licença pela empresa Samsung Techwin na Coréia do Sul. Além de seu país de origem, esta família de veículos seria empregada pelas forças armadas da Líbia, Djibuti, Etiópia, Grécia, Emirados Árabes, Irã, Kuwait, Marrocos, Omã, Peru, Suíça, Alemanha, Arábia Saudita, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Egito, Espanha, Itália, Jordânia, Marrocos, Noruega, Holanda, Paquistão, Portugal, Tunísia, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Filipinas, Iraque, Israel, Tailândia, Inglaterra e Coreia do Sul. Paralelamente em 1982 seria desenvolvido uma versão de transporte remuniciadora montada sobre a plataforma do M-109 denominada como M-992A2 FAASV (Field Artillery Ammunition Supply Vehicle). Apesar de estarem em processo de desativação em países como Alemanha e Inglaterra (sendo substituídos pelo Panzerhaubitze 2000), tudo em indica que em seu país de origem deverá ainda ser empregado por pelo menos 20 anos, até que seja enfim substituído pelos novos M-1299.
Emprego no Exército Brasileiro
No início da década de 1990, seria iniciado pelo Ministério do Exército, um ambicioso esforço de modernização e evolução de meios materiais, passaria a ser denominado como Programa FT-90 (Força Terrestre 1990). Este plano entre diversos aspectos operacionais, visava a necessária e emergencial modernização da sua força blindada, se dividindo em diversos tipos de veículos especializados. Estes esforços resultariam principalmente em compras de oportunidade de material usado em bom estado se destacando na aquisição de Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate (VBCCC) Leopard 1A1 e M-60A3 TTS. Esta evolução ensejaria a modernização da Artilharia de Campanha, que até o presente momento estava equipada com obuseiros convencionais M-101 de 105 mm e M-102 de 155 mm, além de setenta e dois obuseiros autopropulsados M-108, que foram incorporados em 1972. Estes veículos estavam em serviço junto aos Grupamentos de Artilharia de Campanha Autopropulsados (GAC AP), e se fazia necessária a complementação desta dotação com um modelo mais atualizado. Com sempre as restrições orçamentárias limitariam o acesso a veículos novos de fábrica, e como neste período o M-109 se encontrava em uso mais de trinta países, uma comissão seria organizada com o objetivo de prospectar compras de oportunidade, junto a nações que demonstrassem interesse em se desfazer de parte de sua frota deste obuseiros autopropulsados. Entre as opções avaliadas, destacava-se uma representada pelo comando das Forças Armadas Belgas (La Défense), que mostrava interesse em vender até quarenta carros do modelo M-109A3, que haviam sido recentemente desativados em função de terem sido substituídos por versões mais atualizadas da mesma família. Esta proposta, incorporava ainda a implementação de um programa de revisão e modernização dos carros pela empresa Sabiex Internacional, que elevaria estes obuseiros autopropulsados para um patamar operacional e tecnológico mais adequados a realidade daquele período.
Concluídas as negociações formais, uma comitiva formada por oficiais do Exército Brasileiro, seria enviada a Bélgica, para proceder a análise e a seleção dos trinta e sete carros em melhor estado de conservação. Estes por sua vez seriam transportados para as instalações da Sabiex na cidade de Tournai, onde seriam submetidos a um processo de revisão e atualização. Os carros escolhidos pertenciam a versão "A3", sendo parte de um programa de modernização aplicados a versão M-109-A2 a partir do ano de 1980. Neste programa seriam incorporadas durante o processo de reconstrução, mais de vinte e sete melhorias sobre a versão original, se destacando entre elas, a adoção do novo canhão M-185 de 155 mm de cano longo na nova armação M-178, além do aumento na capacidade de transporte de munição e proteção balística para o sistema de telescópio panorâmico. Perto do recebimento do primeiro lote, o veículo receberia a designação oficial de Viatura Blindada de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBCOAP) M109-A3. Os primeiros seis carros foram recebidos em 6 de outubro de 1999, sendo seguidos por um segundo lote de doze carros em 26 de maio de 2000, mais doze carros em 24 de outubro do mesmo ano e por fim um último lote de sete carros recebidos em 23 de abril de 2001. Os M109-A3 foram distribuídos na seguinte ordem, doze carros para 15º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GACAp), na cidade de Lapa - RS, doze para o 16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GACAp), na cidade de Sao Leopoldo - RS , doze carros para o 29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GACAp) na cidade de Cruz Alta -RS e um para a Escola de Material Bélico – (EsMB), baseada na cidade do Rio de Janeiro - RJ, sendo este posteriormente realocado para as instalações do Centro de Instrução de Blindados (CI Bld). A adoção deste modelo veio prover o Exército Brasileiro de uma capacidade inédita de mobilidade e alto poder de fogo na arma de artilharia, representando assim um grande avanço em desempenho quando comparado aos antigos obuseiros autopropulsado M-108.
Em fins da primeira década do século vinte e um, ficava evidente que os M-109-A3 estavam completamente desatualizados, em termos de sistema de direção de tiro, deixando assim a Artilharia de Campanha defasada, com este cenário sendo agravado pelo nível de obsolescência maior apresentado pelos antigos M-108 AP. Este panorama, geraria um programa de aquisição de novos carros M-109, com esta demanda se materializando em fins do ano de 2012, em um acordo para a aquisição de quarenta unidades da versão M109-A5, come estes sendo doados pelo governo norte-americano dentro dos termos do programa Foreign Military Sales (FMS) – Vendas de Artigos Militares à Nações Estrangeiras, com estes ativos sendo enquadrados como Artigos de Defesa em Excesso (Excess Defence Articles - EDA). Apesar de serem carros mais modernos, vislumbrou-se a oportunidade de modernização, elevando estes carros ao mesmo patamar dos veículos em uso no Exército Americano (US Army). Esta demanda culminaria em contrato com a empresa BAE Systems no valor de US$ 54 milhões, para a modernização de trinta e dois carros, elevando-os a versão M109-A5+ BR. Este programa envolvia o aumento da potência do conjunto de força, passando de 405 Hp (A3) para 440 Hp (A5 / motor LHR - Low Heat Rejection); aumento no alcance dos tiros com munição assistida (carga 7 – de 14.600m para 18.000m; carga 8 – de 18.000m para 22.000m; carga 8 HE M549 – de 23.500m para 30.000m); adição do sistema VFPS (Ventilated Face Piece System), que fornece à tripulação ar condicionado filtrado e aquecido, assegurando operações em ambiente QBN, sistema esse ausente no modelo A3. No tocante à parte de eletrônica embarcada, inserção de diversos componentes, muitos presentes no modelo A6, tais como: sistema de posicionamento global (GPS / AFATDS - Advanced Field Artillery Tactical Data System) e navegação inercial, unidades de exibição de comando (telas “touch screen”), sistema eletrônico de pontaria, dotado de computador balístico de tiro inserido ao sistema de controle de armas, além do incremento do rádio Harris Falcom III, da empresa norte-americana Harris. Aumento da segurança dos integrantes da peça, com a adição de sistema de controle remoto do bloqueio de viagem (trava do tubo), possibilitando ao motorista da VB a operação de desbloqueio e bloqueio do tubo diretamente de seu compartimento, sem necessidade de saída e exposição do mesmo
A alocação destes carros, seria dividida entre o Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (3º GAC Ap) da 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª Bda Inf Bld) em Santa Maria, e o 5º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (5º GAC Ap) da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda Cav Bld), de Curitiba-PR. Com o primeiro tiro real ocorrendo em 18 de novembro de 2019, sendo disparado por um carro pertencente ao 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, Regimento Mallet (3º GAC AP). Em 2018 fazendo uso dos termos do programa FMS (Foreign Military Sales), o Exército Brasileiro negociou a aquisição de quarenta veículos blindados de esteiras M-992A2 FAASV (Field Artillery Ammunition Supply Vehicle). Classificada no Exército Brasileiro, como Viatura Blindadas de Transporte Especial Remuniciadora (VBTE Remun), possibilitando assim o pleno emprego dos M-109-A5+ BR no campo de batalha. Neste mesmo ano se beneficiando deste programa foi acertado recebimento de mais 60 carros da versão M109-A5, com os primeiros sendo recebidos em 8 de março de 2018 no porto de Paranaguá (PR). Essa aquisição objetivava aumentar a frota de obuseiros calibre 155 mm M-109A5, padronizando esse modelo como o material de Artilharia de Campanha Autopropulsado do Exército Brasileiro. Conforme os novos M-109A5, foram sendo recebidos, passaram a ser transportados até as instalações do Parque Regional de Manutenção da 5º Região Militar (Pq R Mnt/5) na cidade de Curitiba, a fim de serem revisados em âmbito de 3 º Escalão. Para assim serem disponibilizados aos Grupos de Artilharia de Campanha Autopropulsado, com quatro unidades sendo destinadas à Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) para a formação dos cadetes do Curso de Artilharia.
Dentre as grandes inovações da versão modernizada M109-A5+ BR, podemos destacar a a introdução do sistema AFATDS (Advanced Field Artillery Tactical Data System), sistema que automatiza as comunicações entre os subsistemas da artilharia e que no Brasil recebeu a designação de SISDAC (Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha). O SISDAC proporcionará maior integração entre os elementos de busca de alvos, os controladores de apoio de fogo, as centrais de tiro e as linhas de fogo, dando a possibilidade de simultaneidade de execução de missões de tiro pela mesma linha de fogo, aumentando sobremaneira as capacidades da Artilharia de Campanha do nosso Exército. Apesar dos lotes adicionais não serem modernizados a versão mais atualizada, os M-190A5 são muito superiores em termos de desempenho quando comparados aos M-109A3. Apesar de não existirem informações oficiais especula-se que os carros remanescentes do primeiro possam a ser modernizados elevando-os ao patamar da versão M-109-A5. Assim sendo o Exército Brasileiro passara a contar com uma considerável força de artilharia autopropulsada de campanha, ganhando grande mobilidade também pelo emprego em conjunto com os M-992A2 remuniciadores. Em Escala.
Para representarmos o obuseiro autopropulsado M-109A3 "EB-6057" empregamos o antigo kit da Italeri na escala 1/35. Modelo este que necessita de diversas modificações para compor a versão empregada pelo Exército Brasileiro, pois o kit representa as variantes M-109A1 e M-109A2. Fizemos uso de decais produzidos pela Decal & Books, presentes no set Forças Armadas do Brasil 1983 – 2002.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático camuflado em dois tons, empregado em todos os blindados de combate do Exército Brasileiro a partir de 1983. As viaturas modernizadas para a versão M109-A5+ BR e os lotes subsequentes recebidos do modelo M-109-A5 receberam este mesmo esquema de pintura.
Bibliografia
- Blindados no Brasil - Um Longo e Árduo Aprendizado - Volume I , por Expedito Carlos Stephani Bastos
- Obuseiro Autopropulsado M109-A3 - Expedito Carlos S. Bastos - http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/M109.pdf
- M109 A5+BR Uma nova Forma de Atuar da Artilharia do Exército Brasileiro – www.defesanet.com.br
- M109 Howtizer - Wikipédia - http://en.wikipedia.org/wiki/M109_howitze