Sistema SARC REMAX

História e Desenvolvimento.
O núcleo do que viria a se tornar o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), teria sua gênese enraizada durante a década de 1940, quando durante a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro acordou o recebimento de missões militares norte-americanas em assistência às nossas Forças Armadas Brasileiras. Neste momento ficaria evidente o despreparo do pais, na tarefa de se enfrentar ameaças e conflitos externos por falta de autonomia na área tecnológica. Isto posto, ficaria claro o quanto a Ciência e a Tecnologia seriam o vetor fundamental para a soberania nacional, nascendo neste momento da necessidade de manutenção destes veículos e equipamentos importados, os primeiros embriões de organizações militares dedicadas a engenharia, pesquisa e desenvolvimento. Durante as décadas seguintes, este processo evoluiria gradativamente, porém em meados da década de 1970, o Exército Brasileiro definiu um grupo de trabalho para implantar um centro capacitado a suprir às necessidades nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de materiais militares. Em 16 de outubro de 1979, tal hercúlia missão lograria êxito, através da publicação do Decreto No 84.095 que criaria o Centro Tecnológico do Exército (CTEx). A esta organização seriam subordinadas novas unidades como o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD), o Instituto de Projetos Especiais (IPE) e o Campo de Provas da Marambaia (CPrM). Neste momento motivado por demandas relacionadas a renovação da frota de veículos militares de diversos modelos, nasceriam os primeiros projetos nacionais, movimento este que ganharia força após a formalização de parcerias junto a indústria brasileira, se destacando neste contexto as empresas Engesa S/A e Bernardini S.A. Indústria e Comércio. Surgiria assim a era de ouro da Base Industrial de Defesa Nacional, com muitas empresas do setor, logrando êxito em conquistar contratos de exportação envolvendo milhares de viaturas militares projetadas e fabricadas no Brasil.  Entretanto em fins da década de 1980, o término da Guerra Fria, levaria a uma drástica redução da demanda internacional por armas, veículos militares e equipamentos, com este movimento impactando diretamente na indústria nacional, levando ao encerramento das operações de muitas destas empresas privadas. Porém apesar do país não contar mais com um pujante parque industrial de defesa, felizmente o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) continuaria sua busca pelo estudo e desenvolvimento de novas tecnologias que pudessem ser incorporadas aos efetivos da Força Terrestre Brasileira 

Entre diversos projetos de grande importância nascidos no seio desta organização, destaca-se o desenvolvimento de um Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC), que deveria ser destinado a equipar viaturas blindadas do Exército Brasileiro. O conceito deste sistema remontaria a meados da década de 1960, com a criação do programa norte-americano “Remote Controlled Weapon Station” (RWCS), ou Estações de Armas Remotamente Controladas. O principal objetivo deste sistema, seria o de proporcionar maior segurança à guarnição no interior das viaturas do Exército dos Estados Unidos (US Army), quando empregados em cenários de conflagração. Deveriam proporcionar além de se segurança ao operador, maior precisão no disparo da metralhadora e maior consciência situacional proporcionadas pelas câmeras externas, devendo poder operar normalmente em um cenário de combate noturno, sendo assim integrado a um conjunto de visão termal. O estágio inicial deste programa previa o desenvolvimento para emprego de para armas leves e de médio calibre, que podiam ser instaladas em veículos de combate terrestres ou plataformas de combate marítimas e aéreas. Os primeiros conjuntos operacionais começariam a ser entregues as unidades operacionais militares, em fins da década seguinte, sobe o codinome de Estação de Armas Operadas Remotamente (CROWS).  No entanto o amadurecimento da tecnologia ao longo dos anos seguintes eliminaria uma série de deficiências do sistema original, resultando no modelo M-101 CROWS, que permitiria ao operador a capacidade de adquirir e engajar alvos enquanto estivesse dentro de um veículo. O conjunto seria projetado para emprego a partir de uma variada gama de plataformas, podendo ser armado com lançadores de granada MK-9, metralhadoras Browning M-2 calibre 12,7 mm,  M-240B  calibre 7,62 mm e  M-249 de calibre 5,56 mm. O sistema seria composto por duas partes: a plataforma que é fixada no exterior do veículo e o grupo de controle, sendo capaz de operar com rotação de 360° e de elevação entre  − 20° a + 60° com emprego de giroscópio para estabilização, com este conjunto sendo completado com uma câmera de vídeo à luz do dia, uma câmera térmica e um rangefinder laser seguro para os olhos. Durante as décadas seguintes, mais nações desenvolveriam seus próprios projetos deste tipo de sistema de armas automáticas, se destacando entre outros o belga  FN Herstal Defender, o finlandês Patria PML 127 OWS, os russos Bumerang-BM -  AU-220M - Arbalet-DM - Сервал  e o israelense Samson RCWS - Katlani. 
Estes sistemas de armas e sua consequente eficiência no emprego em situações reais de combate logo mostrariam seu valor, despertando a atenção do comando do Exército Brasileiro, visando sua possível aquisição seja por desenvolvimento próprio ou importação. No ano de 2005, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, passaria a ser comandada pelo General Alberto Mendes Cardoso, que implementaria uma série de mudanças na organização, iniciando a fusão desta com Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), originando então a Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT). Desta maneira seriam absorvidas todas a áreas de pesquisa, desenvolvimento e fabricação de Material de Emprego Militar (MEM), atualmente denominados Sistemas e Materiais de Emprego Militar (SMEM). Neste contexto o General Cardoso, com o apoio de seu vice-chefe, o General Ubiratã Athayde Marcondes (atual gerente de sistemas terrestres da empresa ARES Aeroespacial e Defesa), elaboraria o Plano Básico de Ciência e Tecnologia (PBCT), que fixaria ações estratégicas alinhadas ao Planejamento Estratégico do Exército Brasileiro, vigente à época e que atendia à visão de futuro de buscar um patamar tecnológico com valor dissuasório. Entre seus principais projetos, o programa do Morteiro de 120 mm, já se encontrava em fase final de homologação operacional, permitindo assim a alocação de recursos financeiros e humanos em novos projetos. Dentro do escopo do Plano Básico de Ciência e Tecnologia (PBCT) encontrava-se sobre o comando do Capitão Marcello Menezes Eifler do Grupo de Armamento e Munição (GAM), o desenvolvimento de uma torre de 105 mm para Carro de Combate, que seria em em princípio, destinada a Nova Família de Blindados, que em 2007 se transformaria no Programa Estratégico do Exército (Prg EE) GUARANI. Logo de início identificou que, devido à falta de experiência do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) com os sistemas eletrônicos embarcados em uma torre desse tipo, não haveria condições, a curto prazo, de se projetar e conceber tal sistema de grande complexibilidade, passando a estudar a possibilidade de partir para uma torre de design e funcionalidades mais simples, como forma de absorver conhecimento der imediato, para o desenvolvimento posterior de conjuntos maiores e mais complexos. 

A oportunidade para um projeto mais simples surgiria a seguir, com a participação das Forças Armadas Brasileiras, da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti MINUSTAH (Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti). Nesta operação multinacional, muitas vezes ocorreriam enfrentamento contra ex-militares das forças armadas haitianas (extintas em 1994, por Jean Bertrand Aristide), ex-policiais e bandidos comuns, que organizados em miliciais se dedicavam a controlar algumas áreas na capital Port au Prínce. Estas forças irregulares estavam armadas com os mais variados tipos de armas leves, desde carabinas M-1 Carbine a fuzis M-1 Garand e AK-47 Kalashnikov, forçando as tropas brasileiras a adaptar-se um novo e peculiar tipo de confronto assimétrico. Este cenário levaria a implementação de novas táticas, e a adaptação das viaturas com o intuito de fornecer um mínimo de proteção adequada a seus ocupantes.  Neste contexto um dos principais pontos críticos era a exposição do operador da metralhadora de apoio das viaturas blindadas de transporte de tropas Engesa EE-11 Urutu a tiros deflagrados por estes milicianos. Como solução seriam desenvolvidos estudos entre o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), visando inicialmente a construção de uma torre mecânica blindada. Este processo evoluiria para o estudo de emprego de um Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC), havendo inclusive, no final de 2007, a instalação de um SARC CWS 30, da israelense RAFAEL Advanced Defense Systems, com uma metralhadora de calibre 7,62 mm MAG, em um EE-11 Urutu, a fim de ser submetidos a testes de campo. Os resultados seriam promissores, porém os custos envolvidos em um processo de importação seriam demasiados altos para o momento, gerando a oportunidade para a possibilidade em se desenvolver um Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC), nacional. É importante frisar que, nos últimos conflitos armados, principalmente em áreas urbanas, houve uma intensa utilização deste tipo de sistema, sendo denominado internacionalmente pela sigla RWCS (Remote Controlled Weapon Station), na qual o atirador fica posicionado no interior da viatura, onde realiza as operações remotas de pontaria e disparo do armamento. No exterior da viatura permanece somente o armamento, o reparo e os sistemas de observação de alvos, constituídos principalmente por câmeras diurna e noturna. A versão mais moderna desses sistemas incorpora também um sistema de estabilização, permitindo a realização do tiro com a viatura em movimento. 
Devido a uma demanda de aparelho de pontaria para os novos morteiros de 120 mm produzidos nacionalmente, o comando do Grupo de Armamento e Munição (GAM), estabeleceu conversações com a empresa Periscópio Equipamentos Optrônicos Ltda, no intuito de se aprofundar no conhecimento de seu Sistema de Pontaria para Tiro Indireto de Morteiros (SPOTIM). Durante uma reuniao, seria apresentado aos oficiais o sistema IVERA (Indicador Visual Estabilizado de Rampa de Aproximação), desenvolvido para fornecer aos pilotos de helicópteros a indicação visual estabilizada da rampa de aproximação para pouso em embarcações. Curiosamente este conjunto preencheria adequadamente lacuna de capacidade tecnológica que faltava ao Centro Tecnológico do Exército (CTEx), para a criação de um sistema de armas remotamente controlado nacional. Negociações de parceria em desenvolvimento seriam estabelecidas, resultando no segundo semestre do ano e 2006 na criação do  “Projeto básico de pesquisa, desenvolvimento e produção de um protótipo de Reparo de Metralhadora Automatizado X (REMAX)”, sendo que esse acrônimo foi criado pelo General Ribeiro Souto. Já nos requisitos iniciais do projeto do SARC REMAX, ficou claro o pragmatismo empregado pelo Exército Brasileiro, buscando concentrar seus poucos recursos em sistemas para seu Teatro de Operação (TO), pois este sistema seria desenvolvido inicialmente para utilizar apenas como armamento as metralhadoras Browning M-2HB de calibre .50 (12,7×99 mm) e FN MAG de calibre 7,62×51 mm. Como premissa básica, esta torre deveria ser projetada desde sua concepção inicial envolvendo uma arquitetura modular, que permitisse a implementação de componentes que agregassem diferentes funcionalidades, e multiplataforma, para poder ser integrado em quaisquer viaturas blindadas com teto rígido (EE-11 Urutu, Iveco Guarani, M-113 e  Leopard  A5BR) com um mínimo de modificações. 

Emprego no Exército Brasileiro.
Com os parâmetros definidos, em dezembro de 2006, seria celebrado entre o Ministério da Defesa e a empresa nacional Ares Aeroespacial e Defesa Ltda (antiga Periscópio Equipamentos Optrônicos Ltda), o contrato nº 004/2006-CTEx, para pesquisa, desenvolvimento e produção de um protótipo experimental, designado como REMAX 1 (Reparo de Metralhadora Automatizado X), no valor de R$ 1.245.000,00 e com prazo para conclusão do processo até dezembro de 2008. Esse seria um contrato firmado por inexigibilidade de licitação, em virtude da singularidade do objeto (primeiro Sistema de Armas Remotamente Controlado) a ser desenvolvido no hemisfério sul fazendo uso tecnologias não totalmente dominadas na época. Apesar da notória especialização da empresa, que detinha a tecnologia para o desenvolvimento do sistema de estabilização terrestre, é importante destacar que, toda a propriedade intelectual do REMAX 1, estabelecida no citado contrato, seria totalmente do Exército Brasileiro. No primeiro semestre de 2009 seria apresentado um modelo de exposição (mock-up) do sistema REMAX, já integrado no modelo da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média Sobre Rodas (VBTP-MSR) Iveco 6×6 Guarani, durante a edição da feira Latin America Aero & Defence (LAAD) no Rio de Janeiro. Esta seria o primeiro estágio de integração do protótipo não funcional a uma viatura. Já o desenvolvimento do protótipo experimental seria concluído no segundo semestre de 2009, porém infelizmente o VBTP-MSR 6×6 Guarani ainda não havia sido entregue pelo fabricante para a execução este processo. Para evitar mais atrasos no cronograma original, seria solicitado junto ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) a cessão de uma viatura Engesa EE-11 Urutu, com o objetivo de que o sistema pudesse ser integrado a uma plataforma veicular sobre rodas, dando início as atividades da apreciação a cargo do Centro de Avaliações do Exército (CAEx). Este conjunto seria extensamente testado em campo verificando suas condições básicas de funcionalidade, apresentando resultados promissores. Desta maneira seria validada a continuidade do projeto, avançando para a próxima fase de desenvolvimento técnico e operacional.   

Em outubro de 2009 seria celebrado outro contrato com a Ares Aeroespacial e Defesa Ltda, o nº 004/2009-CTEx, para a obtenção de um segundo protótipo operacional, chamado REMAX 2, cujo objetivo era de permitir o início das atividades de integração do sistema REMAX na viatura blindada Iveco Guarani, em paralelo à apreciação do protótipo experimental que estava sendo realizada pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx). A configuração desse protótipo agregaria também algumas características e funcionalidades ao projeto do protótipo experimental, resultado da experiência obtida com os testes de desenvolvimento realizados em laboratório e no campo, e que contribuiriam para aumentar a segurança e o desempenho do sistema. Seu valor seria estabelecido em R$ 893.582,00 e o prazo para conclusão do serviço estava previsto para conclusão até agosto de 2010. A propriedade intelectual do protótipo operacional do REMAX 2, estabelecida no contrato, também seria de 100% para o Exército Brasileiro. Em junho de 2010, depois de um período de treinamento de pessoal, para operação do sistema realizado pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e manutenção da VBTP Engessa EE-11 Urutu (disponibilizado pelo Arsenal de Guerra de São Paulo - AGSP), seria iniciada apreciação do protótipo experimental. Os testes da apreciação do REMAX 1 seriam divididos em quatro grupos principais: testes funcionais, testes em estativa, testes com REMAX integrado no EE-11 Urutu (viatura parada/alvo fixo e viatura em movimento/alvo fixo) e testes ambientais. Em setembro de 2011, seria concluída a produção do protótipo operacional (REMAX 2) que, em fevereiro de 2012, seria instalada na Viatura Blindada de Patrulhamento e Emprego Dual (VBPED), para os testes iniciais para apreciação do protótipo e, com os resultados sendo considerados satisfatórios, em 25 de julho de 2012, foi homologado o Relatório de Apreciação do Centro de Avaliação do Exército (CAEx), através da Portaria nº 024/DCT. Em 2013, o REMAX 2 foi finalmente integrado no protótipo do VBTP-MSR 6×6 Guarani, após várias tratativas junto a Gerência do Projeto e a IVECO Veículos de Defesa, que desenvolveu o projeto com o Exército, e esta foi oficialmente apresentada ao público na edição da feira internacional de defesa na edição LAAD 2013. 
Em outubro de 2012, seria celebrado o contrato nº 001/2012-DF, entre a Diretoria de Fabricação e a Ares Aeroespacial e Defesa Ltda, para a produção do lote piloto de setenta e seis unidades de produção, chamadas REMAX 3, sendo que as duas primeiras seriam cabeças de série (CS1 e CS2) para testes estáticos, no valor de R$ 49.418.088,00. Posteriormente esse valor seria corrigido, através de um Termo Aditivo nº 2, em virtude de a empresa ser isenta de impostos como PIS e COFINS, sendo devolvida a diferença para a União (algo em torno de R$ 1.800.00,00). Como a contratada ainda não tinha uma a estrutura para a fabricação capaz de produzir na escala desejada, solicitou ao Exército Brasileiro uma antecipação de parte do valor do contrato para poder edificar sua linha de montagem, o que foi prontamente atendido, e, como contrapartida (offset), doaria mais cinco unidades do REMAX, o que elevou o total desse contrato para oitenta e um conjuntos. O desenvolvimento do projeto REMAX 3 apresentaria a duração aproximada de um ano. Em 2013, o Centro de Avaliação do Exército (CAEx) iniciaria os testes de desempenho nas duas cabeças de série, passando também a avaliar os manuais de operação e o de manutenção fornecidos pelo fabricante. Em 2014, a Ares Aeroespacial e Defesa Ltda realizaria a qualificação da integração do Lote Piloto do REMAX 3 na VBTP-MSR 6x¨6 Guarani (chassi 83, LED 67) e habilitou a montadora a proceder à instalação, sendo que para sua integração a empresa ficou responsável por componentes do kit de instalação e a montadora brasileira pelo anel de interface, caixa de distribuição de potência e realização da integração final. A Experimentação Doutrinária seria realizada na 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec), que como já havia realizado a Experimentação da VBTP-MSR 6×6 Guarani e estava habilitada como Infantaria Mecanizada. Assim, já possuía uma infraestrutura preparada e pessoal especializado para receber as atividades. O REMAX 3 foi exposto na edição LAAD 2015, instalado em uma viatura VBTP-MSR 6×6 Guarani e nas viaturas experimentais VBMT-LSR 4×4 RTD/AVIBRAS Sherpa - Tupi, Iveco LMV e Inbra Gladiador II, todas elas com instalações plenamente operacionais. 

O Centro de Avaliação do Exército (CAEx) em conjunto com a  Ares Aeroespacial e Defesa Ltda e o 33° Batalhão de Infantaria Motorizado (33º BI Mtz) realizariam avaliações complementares no REMAX integrado na VBPT-MR 6×6 Guarani e encontraram algumas não conformidades, principalmente em relação ao módulo optrônico que, para soluciona-lo, uma equipe com membros da Diretoria de Fabricação (DF) e da Ares Aeroespacial e Defesa Ltda foram à fábrica da OIP Sensor Systems, na Bélgica, a fim de acompanhar os testes com este módulo e adquirir os conhecimentos necessários para a integração do REMAX à viatura. Após as avaliações realizadas dentro do escopo da Experimentação Doutrinária, foi publicada a Portaria Nº 065-EME, de 8 de marco 2016, adotando oficialmente o Sistema de Armas Reparo de Metralhadora Automatizado X, versão 3 (REMAX 3). Em dezembro de 2016 foi celebrado o contrato nº 186/2016-COLOG, para a produção do lote primeiro lote de produção, de 215 unidades, no valor de R$ R$ 328.057.657,39, com validade inicial de 5 anos, e que seria atendido conforme dotação orçamentária. Já em operação regular há mais de 6 anos, o Sistema de Armas Remotamente Controlado REMAX, vem consolidando plenamente seu conceito dentro das tropas do Exército Brasileiro, possibilitando dar mais suporte de fogo às unidades mecanizadas brasileiras ao mesmo tempo que garantiria a proteção de seu atirador, que é considerado um ponto crítico na guerra moderna, substituindo os reparos manuais de metralhadoras. Até o presente momento já foram entregues mais de 150 unidades, e mais dezenas se encontram no momento, no 4º Depósito de Suprimentos (4º D Sup), em Juiz de fora/MG, em processo de instalação em viaturas VBTP-MSR Iveco 6×6 Guarani. O grande êxito operacional levaria o Comando do Exército Brasileiro a estudar o emprego deste sistema junto ao programa da Viatura Blindada Multitarefa, Leve de Rodas (VBMT-LR) Iveco LMV. Com os testes sendo conduzidos a partir do mês de abril do ano de 2020 contando com o apoio da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada (9ª Bda Inf Mtz), do Centro de Avaliações do Exército (CAEx) e das empresas Iveco Veículos de Defesa e ARES Aeroespacial e Defesa. Com o sistema sendo homologado em maio do mesmo ano, gerando um contrato para o fornecimento de oito torres deste sistema para equipar um número similar destes veículos blindados com tração 4X4. 
Em novembro de 2021 o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), foi formalizado o desenvolvimento do novo sistema de armas remotamente controlado (SARC) REMAX 4 e um pacote de atualização dos REMAX 3 atualmente em uso, através do acordo de cooperação nº 21-DCT-005-00, entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército e a empresa Ares Aeroespacial e Defesa. O REMAX 4 é uma evolução do atual REMAX 3, desenvolvido entre o Exército e a empresa Ares, cujas principais mudanças são, além da atualização dos eletrônicos, hardware e arquitetura de software, terá seu módulo de optrônicos desacoplado do berço, permitindo graus de liberdade independentes (azimute e elevação) à linha de visada; capacidade do cofre de munição aumentada em três vezes, indo de 100 para 300 para cartuchos 12,7x99mm, e de 200 para 600 para 7,62x51mm; e possibilidade de adicionar uma estação de trabalho para o comandante de viatura, permitindo o controle total da estação de armas, podendo ser integrada ao sistema de gerenciamento de missão (SGM), aumentando sua consciência situacional. Com essas modificações, além de manter o sistema no chamado “estado-da-arte”, permitirá a uma integração mais fácil com outros armamentos, como lançadores automáticos de granadas (LAG) e mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM). Também poderá ser integrado um sistema de alerta laser (“laser warning systems” – LWS), sendo que no protótipo foi instalado o ELAWS 2, da Elbit Systems. O pacote de atualização dos SARC em operação, cuja denominação é REMAX 3A1, deverá ter as mesmas características à exceção do sistema optrônico desacoplado e das menores dimensões.
Bibliografia :

Em Escala
Para representarmos o Sistema de Armas Remotamente Controlado REMAX – 3 em uso pelo Exército Brasileiro nas viaturas blindadas Iveco VBTP-MR 6×6 Guarani, fizemos uso do novo e excelente  kit (set de detalhamento) impresso em 3D na escala 1/35, produzido pela Oficina do Aquino, modelo de alta qualidade e detalhamento. Fizemos uso de parte de decais oriundos de outros modelos para representar alguns detalhes de marcações na torre.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático no verde oliva empregado pelo Exército Brasileiro, existem vários registros fotográficos indicando também o emprego da camuflagem padrão em  dois tons (verde e marrom terra), em uso nos veículos militares da Força Terrestre  desde o ano de 1983. Empregamos tintas, vernizes e washes produzidos pela Tom Colors.

Bibliografia :
- Remote Controlled Weapon Station - https://en.wikipedia.org/wiki/Remote_controlled_weapon_station
- Especial SARC REMAX Tecnologia e Defesa por Paulo R. Bastos Jr - https://tecnodefesa.com.br
- EB homologa o SARC REMAX nas VBMT-LR 4×4 Iveco LMV-BR - https://tecnodefesa.com.br
- REMAX 4 entra em produção e é integrado ao LMV-BR - https://tecnodefesa.com.br