Em agosto de 1897, o empreendedor, engenheiro e designer de automóveis Ransom Eli Olds, fundou na cidade Lansing no estado do Michigan a Olds Motor Vehicle Company, montadora que seria detentora de uma das marcas mais famosas da indústria automotiva norte-americana a Oldsmobile, que seria imortalizada no imaginário mundial pelos seus famosos modelos de carros de passeio. Em 1904 Ransom Eli Olds decidiu empreender novamente criando a REO Motor Car Company, e nesta nova empresa passava a deter 52% do capital acionário e as posições de presidente e gerente geral. A fim de concentrar esforços nesta nova empresa, decidiu deixar a Olds Motor Vehicle Company no ano seguinte. A fim de garantir uma eficiente e confiável cadeia de componentes para sua montadora. ele organizaria a abertura de empresas subsidiárias como a National Coil Company, a Michigan Screw Company e a Atlas Drop Forge Company. Curiosamente esta nova montadora seria nomeada como "R.E. Olds Motor Car Company", porém ao dar entrada no registro este processo seria vetado por demanda legais movidas pela nova direçao da Olds Motor Vehicle Company, que alegava em suas petições que o este nome poderia induzir ao erro parte de seus habituais clientes, muito em funçao da semelhança fonética. Ao ser vencido juridicamente, Ransom Eli Olds resolveria trocar o nome da sua empresa para suas iniciais, assim este seria assinado alternadamente em todas seus veículos e materiais de divulgação, em letras capitais "REO", ainda apenas um capital inicial como "Reo". Seu primeiro modelo o Reo Speed-Wagon (um antepassado das picapes modernas) seria lançado em meados de 1905, conquistando os primeiros resultados animadores para a montadora, que seguiria aumentando seu portifólio ao longo dos anos seguintes. Em 1907 o faturamento bruto da companhia superaria os US$ 4,5 milhões de dólares, se tornando uma das quatro principais montadoras norte-americanas. Após 1908, no entanto, apesar da introdução de carros mais modernos e mais luxuosos, sua participação de mercado seria reduzida, devido em parte à concorrência de empresas emergentes como Ford e General Motors. Sua divisão dedicada a fabricação de caminhões seria estabelecida em 1910, com sua planta industrial baseada na cidade de St Catharines, Ontário, no Canadá. Talvez seu episódio mais famoso tenha sido a viagem Trans-Canadá de 1912. Viajando 4.176 milhas (6.720 km) de Halifax, Nova Escócia, para Vancouver, Colúmbia Britânica, em um carro de turismo especial REO de 1912. Em 1915, Olds cedeu o título de gerente geral para seu protegido Richard H. Scott, e oito anos depois ele terminaria seu mandato como presidente da empresa também, mantendo o cargo de presidente do conselho. Seu primeiro veículo recreativo ou popularmente conhecido como "Motor Home" seria lançado em 1923, recebendo o nome comercial de "Motor Pullman Car", conquistando uma significativa fatia de mercado.
De 1915 a 1925, sob a direção de Richard H. Scott, a REO Motor Car Company se manteria altamente lucrativa, o que motivaria a empresa a iniciar um ousado programa de expansão projetado para tornar a empresa mais competitiva no mercado, passando a oferecer carros de passeio em diferentes faixas de preço, para diferentes classes sociais. Apesar de realizar alguns sucessos comerciais como os modelos Reo Flying Cloud (1927) e Reo Royale 8 (1928), este programa se mostraria um retumbante, com seu cenário sendo bastante afetado pelos efeitos da Grande Depressão de 1929, que causariam perdas financeiras gravíssimas. Assim em 1933, Ransom Eli Olds, interromperia sua aposentadoria, passando a assumir novamente o controle da empresa, conseguindo reverter em um curto espaço de tempo os resultados negativos da companhia, o que levaria a se retirar novamente do comando da empresa em fins do ano de 1934. Neste período análises mercadológicas sobre o mercado de automóveis nos Estados Unidos seriam realizadas, levando a empresa a abandonar a produção destes em 1936, passando a se concentrar em caminhões. Neste nicho a empresa já vinha obtendo bons resultados em termos de vendas, principalmente com os caminhões bombeiros REO Fire Truck (1934), com um novo sucesso se repetindo dois anos mais tarde com o lançamento dos modelos REO BUS e o REO Speed Wagon Truck (1936). Apesar destes êxitos momentâneos a empresa sofreria com problemas na gestão, o que criaria um grave cenário de instabilidade financeira e fiscal. No início do ano de 1939, a R. E. Olds Motor Car Company atingiria seu estágio de maior dificuldade financeira, chegando inclusive a interromper sua linha de produção em função da quebra no fluxo de componentes face a inadimplência junto a seus fornecedores. Este cenário só seria alterado a partir do ano seguinte, quando o intensificar das tensões geopolíticas na Europa e no Sudeste Asiático, levariam o governo dos Estados Unidos a se anteceder a hipotéticos cenários de beligerância, passando então a apoiar uma série de indústrias automotivas nacionais, tendo como objetivo preparar a cadeia produtiva necessária ao reequipamento e rearmamento de suas forças armadas, face a sua iminente participação na Segunda Guerra Mundial. Neste contexto seus credores receberiam aportes governamentais, permitindo a R.E. Olds Motor Car Company, retomar sua capacidade produtiva, com a companhia se juntando ao esforço de guerra norte-americano, passando a fabricar uma grande gama de componentes militares, entre eles motores e caminhões de porte médio para diversas aplicações militares.
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Um primeiro lote de produção pré-série seria contratado, com estes caminhões sendo destinados a um extenso programa de testes de campo, com estes sendo iniciados no início do ano de 1950. O resultado final deste processo, levaria o comando do Corpo Técnico do Exército dos Estados Unidos (US Army) há homologar seus parâmetros operacionais. Em seguinte seria firmado um primeiro contrato envolvendo a aquisição de cinco mil caminhões, que seriam produzidos nas linhas de montagem da montadora na cidade Lansing, no estado de Michigan. Os primeiros REO M-34 passariam a ser entregues as unidades operativas do exército já em maio do ano de 1950Seu batismo de fogo ocorreria durante a Guerra da Coreia (1950-1953), quando centenas caminhões deste modelo foram enviados a linha de frente no teatro de operações daquele conflito. Durante seu emprego em missões reais, este novo caminhão passaria a ser popularmente chamado pelas tropas norte-americanas como "Eager Beaver", um simpático castor personagem de desenho animado. Esta associação lhe seria atribuída ao modelo devido à sua capacidade de atravessar rios e córregos em terrenos adversos. No entanto dificuldades e problemas de projeto também foram identificados após seu uso contínuo em campo, levando a necessidade de alterações no projeto original. Essas melhorias visavam potencializar o desempenho do veículo em terrenos adversos, com a mudança visual mais perceptiva representada pela inclusão de conjuntos duplos de pneus nos eixos traseiros. Esta modificação tinha por objetivo de aumentar a capacidade de transporte e facilitar o deslocamento em trechos fora de estrada. Outro ponto negativo na operação do REO M-34 era representado pela potência insuficiente do motor a gasolina OA-331 Continental I-6 de seis cilindros, sendo este conjunto substituído um novo motor multi combustível, muito mais eficiente que o original a gasolina. Estas alterações culminariam em uma nova versão denominada REO M-35, que passaria imediatamente a ser produzida como parte do contrato inicial. Após o término da Guerra da Coreia em 1953, a Reo Motors Motor Company, acabaria sendo vencida pela General Motors Corporation em uma concorrência para a obtenção de novos contratos de produção junto ao Exército dos Estados Unidos (US Army). Apesar deste duro golpe o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, levaria a necessidade de aquisição de mais caminhões REO M-35, com um contrato sendo cedido a REO Motor Car Company, que assim novamente passaria a produzir o modelo em larga escala.
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Durante a Segunda Guerra Mundial o Exército Brasileiro vivenciou uma experiencia única em termos de capacidade de mobilização de suas tropas e cargas, este processo foi proporcionado pela adesao do país ao esforço de guerra aliado em 1942, passando as forças armadas brasileiras a receber até fins de 1945, mais de cinco mil caminhões militares das séries GMC CCKW, Corbitt, Diamond e Studebaker US6G, fornecidos nos termos programa Leand & Lease Act Bill (Lei de Empréstimos e Arrendamentos). No entanto em fins da década seguinte esta operacionalidade estaria comprometida nao só pelo desgaste natural da frota, mas principalmente na problemática encontrada no processo de importação e aquisição de peças de reposição fundamentais (muito em função destes modelos terem sua produção descontinuada em seu país de origem há mais de dez anos). Este cenário causava extrema preocupação ao comando do Exército Brasileiros, pois afetava perigosamente sua capacidade operacional, gerando assim a necessidade em curto prazo de soluções que pudessem atender a esta demanda. Em termos básicos a solução mais eficaz passava pela aquisição de um número similar de veículos de transporte com tração 4X4 e 6X6, sendo mais indicados os caminhões da família REO M-34 e M-35. Porém o investimento necessário para uma aquisição de um significativo lote destes se pautava completamente fora da realidade orçamentaria do Exército Brasileiro naquele período. Estudos mais realistas apontavam, para três soluções complementares, sendo a primeira a aquisição de um pequeno número de caminhões militares modernos, a segunda estudos referentes a possível repotencialização dos caminhões GMC Série CCKW 352 - 353 e Studebaker US-6G, e a terceira a adoção de caminhões comerciais militarizados para o cumprimento de missões secundarias. A combinação destas três alternativas poderia devolver ao Exército Brasileiro sua operacionalidade fundamental. Infelizmente este processo após minuciosamente ser avaliado principalmente pelo comando do Parque Regional de Motomecanização da 2º Região Militar (PqRMM/2), apontaria que naquele momento, esta opção não seria recomendável, devidos a aspectos de alto custo de implantação e inexistência de nível técnico adequado (muito em função de nunca ter de ser realizado no país um programa de modernização desta magnitude).
Esta negativa traria uma perigosa lacuna na frota, que poderia afetar drasticamente capacidade operacional da Força Terrestre, principalmente no seu emprego em terrenos fora de estrada. Porém, neste mesmo momento, o governo brasileiro intensificava seu apoio ao estabelecimento de uma indústria automotiva nacional, atraindo ao país diversas montadoras internacionais, inclusive de caminhões. Este cenário passaria então a nortear o projeto de substituição da frota de caminhões militares, gerando assim uma solução doméstica, mesmo que paliativa. Neste contexto a preferência inicial seria concedida para a empresa estatal de capital misto, a FNM (Fábrica Nacional de Motores) baseada no Rio de Janeiro, que mantinha acordo comercial junto a montadora italiana Alfa Romeo na fabricação de caminhões médios e pesados. Neste pacote seriam oferecidos ao Exército Brasileiros versões militarizadas dos modelos civis FNM D-9500 e FNM D-11000 que passaram a ser adotados a partir do início da década de 1960. Apesar de serem veículos baratos, robustos e de fácil e baixo custo de manutenção, estes modelos produzidos localmente, não eram em sua essência veículos militares e como previsto não apresentavam a capacidade de desempenho operacional em um ambiente fora de estrada, o que limitaria a substituição total dos antigos caminhões GMC CCKW 353 - 353, Corbitt G-506 e US-6G Studebaker. Apesar destas considerações, mesmo assim uma significativa quantidade destes caminhões militarizados seria adquirida, ao ser incorporados receberiam a classificação de Viatura de Transporte não Especializado (VTNE), sendo destinados tarefas secundarias. De volta ao problema original, o governo brasileiro passaria a buscar no mercado internacional um modelo de caminhão que viesse a preencher estas necessidades operacionais. Tendo em vista a grande quantidade de veículos (preferencialmente com tração 6X6) que deveriam ser adquiridos a curto e médio prazo, buscava se também preferencialmente um pacote amplo que abrangesse também a abertura de uma linha de crédito internacional para o pagamento deste processo de compra de material militar.
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Em Escala.
Para representarmos o caminhão REO M-34 "EB 341204111", empregamos o kit Revell na escala 1/35 (apesar que as dimensões do mesmo aparentam pertencer a escala 1/32). Modelo este de fácil montagem, porém carece de qualidade de acabamento de injeção e baixo nível de detalhamento. Para se configurar a versão empregada pelo Exército Brasileiro é necessário proceder alguns refinamentos em scratch. Para compor a versão nacional fizemos uso de decais diversos presentes no set "Forças Armadas Brasileiras 1983 - 2003", confeccionados pela Eletric Products.
Para representarmos o caminhão REO M-34 "EB 341204111", empregamos o kit Revell na escala 1/35 (apesar que as dimensões do mesmo aparentam pertencer a escala 1/32). Modelo este de fácil montagem, porém carece de qualidade de acabamento de injeção e baixo nível de detalhamento. Para se configurar a versão empregada pelo Exército Brasileiro é necessário proceder alguns refinamentos em scratch. Para compor a versão nacional fizemos uso de decais diversos presentes no set "Forças Armadas Brasileiras 1983 - 2003", confeccionados pela Eletric Products.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o segundo padrão de pintura tática empregado nos REO M-34 a partir de 1983, com este esquema de camuflagem em dois tons substituindo o padrão original total em olive drab, no qual os veículos foram recebidos a partir de 1958.
Bibliografia
:
- reo M-35 2½ ton cargo truck - http://en.wikipedia.org/wiki/M35_2%C2%BD_ton_cargo_truck
- Caminhão Candiru I 4X4 - Uma Solução Nacional – Expedito Carlos S. Bastos
- reo M-34 e M-35 REO Serie, Olive Drab - http://olive-drab.com/od_mvg_www_deuce_m35.php
- Caminhão Candiru I 4X4 - Uma Solução Nacional – Expedito Carlos S. Bastos
- reo M-34 e M-35 REO Serie, Olive Drab - http://olive-drab.com/od_mvg_www_deuce_m35.php