M-113B e M-113BR (A2-MK1) Modernizado

História e Desenvolvimento.
A ideia de um veículo de transporte de tropas blindado, capaz de levar soldados em segurança e protegidos, a frente de combate, podendo ainda os resgatar, remonta a Primeira Guerra Mundial, onde surgiram os primeiros carros de combate blindados, que aos poucos, foram ganhando dimensões e peso cada vez maiores, chegando inclusive a poder transportar soldados em segurança, atravessando áreas de combate. Nos conflitos posteriores, seu emprego generalizou-se, e seu ápice se deu durante a Segunda Guerra Mundial, onde uma variada gama de modelos e versões, sobre rodas ou lagartas, passariam a determinar a vitória ou derrota dos grandes exércitos. Como expoentes deste segmento, podemos citar os veículos meia lagarta norte-americanos da família M-3 e os alemães Hanomag Sd.kfz. Neste momento, as táticas e estratégias de emprego deste tipo de blindado seriam aprimoradas, surgindo assim, dentre outros, os Veículos Blindados Transporte de Pessoal – VBTP. O primeiro modelo específico surgiria com o o desenvolvimento do projeto M-44 (T16), que era originalmente derivado do carro de combate M-18 Hellcat, se tratando de um veículo de grande porte com peso total de combate de 23 toneladas, porém está caraterística seria o grande entrave para sua produção em série, levando ao cancelamento do projeto em junho de 1945. Em setembro do mesmo ano uma concorrência foi aberta e foram estabelecidos parâmetros de projeto para um novo carro blindado de transporte de tropas, que deveria ser baseado no veículo de transporte de carga T-43. A empresa International Harvester (IHC) se sagraria vencedora, recebendo um contrato em 26 de setembro de 1946 para a produção quatro protótipos a fim de serem submetidos a testes de campo. O êxito relevado neste programa culminaria na celebração dos primeiros contratos para a produção, deste novo blindado, agora designado oficialmente como M-75. Os primeiros blindados começaram a entrar em serviço no Exército Americano (US Army) em abril de 1952, porém apesar de serem mais leves que os M-44, ainda apresentavam um peso total de combate de 18 toneladas, o que o impossibilitava de acompanhar no campo de batalha a velocidade de deslocamento dos demais carros de combate.

Este cenário causou preocupação no Comando do Exército Americano (US Army), que em fins de 1952, lançou uma nova concorrência para o desenvolvimento de um novo veículo blindado de transporte de tropas sob esteiras para a substituição dos derradeiros carros meia lagarta da família M-2, M-3, M-5 e complementação da frota dos  recém introduzidos M-75 APC, que além de não acompanharem no campo de batalha os demais veículos blindados, apresentavam apresentava limitações quando do emprego anfíbio, não podendo também ser aerotransportado. Diversas empresas apresentaram suas propostas entre elas a International Harvester Corporation (IHC) e Food Machinery and Chemical Corporation (FMC), estudos iniciais derivaram pela escolha do projeto do segundo concorrente, designado oficialmente como T59. Um contrato inicial seria celebrado, prevendo a produção de seis protótipos, para emprego em um programa de testes de campo, com esta fase sendo vencida com êxito em maio de 1953. O novo modelo agora designado como FMC M-59 receberia um contrato de produção englobando 6.300 unidades, que deveriam ser entregues até fins de 1960. Uma das primícias deste projeto, estava baseado no baixo custo de produção, passando a empregar em sua construção muitos componentes comuns ao carro de combate M-41 Walker Buldog. Neste mesmo momento o comando militar americano passava a elaborar planos para a futura substituição dos M-75 que apesar de sua robustez e confiabilidade se mostrava inadequado a missão. Esta demanda buscava o desenvolvimento de um novo veículo que deveria eliminar as deficiências do alto peso e baixa velocidade do M-75 e a insuficiente proteção blindada do novo FMC M-59.
Os requisitos desta nova concorrência visavam criar um veículo blindado que unisse a melhores características operacionais do M-75 e M-59, com no novo modelo apresentando um desempenho compatível aos carros de combate, relativa capacidade anfíbia e possibilidade se ser aerotransportado. Estes parâmetros resultariam no conceito AAM-PVF - Airborne Armored Multi-Purpose Vehicle (Veículo Multiuso Blindado Aerotransportado). Novamente a FMC Food Machinery Corp. se sagraria vitoriosa desta concorrência, apresentando como base de sua proposta a aplicação de um sistema de blindagem em duralumínio que fora desenvolvido em parceria com a empresa Kaiser Aluminium and Chemical Co., esta solução proporcionaria ao veículo uma suficiente proteção blindada aliada a uma grande mobilidade e velocidade no campo de batalha. O novo modelo equipado com este sistema receberia a designação de T-113, este receberia em um contrato de produção em fins de 1958 de três carros pré-série para avaliação, que seriam inicialmente equipados com um motor a gasolina Chrysler 75M com 8 cilindros em V com potência de 215 hp.  Estes protótipos foram entregues e submetidos a um intensivo programa de ensaios em campo entre abril e setembro de 1959, recebendo logo em seguida um contrato inicial para a aquisição de 900 unidades para o Exército Americano (US Army). Estes novos veículos agora designados como M-113AO APC, começaram a ser entregues a partir de meados do ano seguinte. Conceitualmente este veículo fora desenvolvido como um blindado leve e confiável capaz de ser transportado e lançado por aeronaves de transporte como os Lockheeds C-130 Hercules e C-141 Starlifter.  Em campo podia transportar até a linha de frente onze soldados totalmente equipados, servindo de proteção até o desembarque da tropa, devendo então recuar para a retaguarda. Como armamento de autodefesa contava com uma metralhadora M-2 Browning de calibre .50 (12,7 mm) operada manualmente pelo comandante.

O batismo de fogo do novo veículo de transporte blindado de tropas norte-americano, se daria a partir de 30 de março de 1962, quando trinta e dois destes carros foram enviados ao teatro de operações do Vietnã. Onde seriam destinados a dotar duas companhias mecanizadas pertencentes ao Exército da República do Vietnã (ARVN), com cada uma recebendo dezesseis M-113AO. Os primeiros embates reais se dariam em janeiro de 1963 durante a Batalha de Ap Bac na província de Dinh Tuong (agora Tien Giang), diversos ensinamentos seriam tirados desta experiência, levando a inclusão de significativas melhorias na blindagem e sistemas críticos. Neste mesmo momento e seu país de origem, era iniciada produção da nova versão designada como M-113A1, equipada com o novo motor a diesel Detroit 6V53T de 265hp. Em 1978 o modelo já representava um sucesso estrondoso, com sua produção já atingindo a cifra de mais 25.000 unidades, levando a Food Machinery and Chemical Corporation (FMC), a desenvolver e introduzir uma nova versão designada como M-113A2. Este novo modelo apresentaria melhorias significativas na suspensão e sistema de refrigeração, tornando assim o blindado como uma plataforma viável para emprego em cenários de combate de alto atrito. Seu projeto se mostraria ainda extremamente customizável para o emprego em versões especializadas, como carro comando, antiaéreo, porta morteiro, lança chamas, socorro, oficina e antitanque (com misseis Tow). Estas versões seriam produzidas aos milhares, elevando os níveis de padronização das frotas blindadas de diversas nações. A próxima versão de transporte de tropas a ser desenvolvida foi o M-113A3, que passou a ser produzida a partir de 1987, obtendo grande destaque durante a primeira Guerra do Golfo Persico contra o Iraque, quando passaram a desempenhar papéis importantes tanto no combate urbano quanto nas diversas funções de manutenção de paz, provando assim sua versatilidade e a combinação precisa de volume interior, perfil exterior, construção simples e fácil manutenção.
Concebido para dar mobilidade a infantaria, que podia viajar protegida em seu interior, a família de blindados de transporte de tropa M-113 APC, se converteu em um autêntico “taxi para o campo de batalha”, o mais famoso de sua categoria, possuindo características ímpares, como fácil condução, manutenção simplificada, operação econômica. Seu sucesso comercial internacional seria catapultado por programas de apoio na aquisição de material militar norte-americano com o programa Military Assistance Program – MAP (Programa de Assistência Militar) e posteriormente o programa Foreign Military Sales – FMS (Vendas Militares a Estrangeiros), facilitando o acesso a 62 países. Estes veículos estiveram presentes nos principais conflitos regionais ocorridos durante os séculos XX e XXI, como as guerras do Vietnã, Camboja-Vietnamita, Sino-Vietnamita, Seis Dias, Indo-Paquistanesa de 1965 e 1971, Yom Kippur, Invasão Turca de Chipre, Civil Libanesa, Líbano de 1982, Irã-Iraque, Golfo Pérsico, Kosovo, Afeganistão, Iraque, Noroeste do Paquistão, Segunda Intifada, Líbano de 2006, Gaza, Civil Líbia, Insurgência iraquiana, Civil da República Centro-Africana (2012-2014), Civil iraquiana, Civil do Iêmen, Houthi-Arábia Saudita e Invasão russa da Ucrânia em 2022. Ao longo de 30 anos foram produzidas cerca de 80.000 unidades, com 4.500 montados sob licença em empresas na Bélgica, Itália e Coreia do Sul. Atualmente estima-se que grande parte da frota mundial ainda esteja em operação, e constantes programas de modernização em curso mundo afora, permitirão seu emprego ainda por décadas no século XXI.

Emprego no Exército Brasileiro.
A partir do ano de 1965, quando foram incorporados os primeiros 04 carros de um total de 584, que seriam adquiridos ao longo dos anos seguintes. A operação em larga escala desta viatura, proporcionaria a transformação dos Regimentos de Infantaria (RI) em Batalhões de Infantaria Blindada (BIB), com estes carros sendo operados também junto aos Regimentos de Carros de Combate (RCC). Altamente robusto, de fácil manutenção e suportado por uma eficiente cadeia de abastecimento de peças de reposição, a frota destas viaturas sempre apresentou excelentes índices de disponibilidade operacional. No entanto este cenário iria começar a se alterar a partir do início do ano de 1977, quando a nova administração do governo norte-americano sobre a liderança do presidente Jimmy Carter, passou a condicionar a continuidade dos programas de ajuda militar em vigor, a averiguação da situação do Brasil no tocante aos direitos humanos.  Esta decisão provocaria o desagravo do presidente Ernesto Geisel, culminando então no rompimento do Acordo Militar Brasil - Estados Unidos. Este evento determinaria a interrupção de toda financeira e linhas de abastecimentos de peças de reposição para os veículos militares em uso nas Forças Armadas Brasileiras. Isto afetaria diretamente a frota de VBTT M-113, resultando em curto espaço de tempo em altos índices de indisponibilidade, a este fator se somaria o atingimento do ápice da crise do petróleo, o que afetaria ainda mais a frota destes blindados, tendo em vista o alto consumo de seus motores a gasolina. A busca por uma solução viável geraria os primeiros estudos visando o repotenciamento destes blindados, com primeiro destes tendo origem em 1981 na empresa Biselli – Viaturas e equipamentos Industriais Ltda, prevendo a adaptação de um motor Iveco Diesel 150, o qual não produziu os resultados esperados pelo Exército Brasileiro, não trazendo no seu bojo um estudo mais apurado e que realmente fosse a solução. Em 1982, se estabeleceu um Plano Geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Exército (PGPDEx) para a área de material, surgindo assim o projeto M.01.11 Viatura Blindada de Transporte Pessoal VBTP, XM113-B, Lagarta, que visava dotar as unidades operativas com os novos M-113 VBTT modernizados. 

Este programa apresentava como objetivo, a adaptação de um motor a diesel de fabricação nacional, capaz de utilizar óleos vegetais ou álcool aditivado, em substituição ao motor original a gasolina, prevendo também a incorporação de uma torreta para a proteção do operador da metralhadora calibre .50 e a nacionalização de componentes essenciais do veículo. O orçamento preliminar do projeto, era da ordem de quatrocentos e quinze milhões de cruzeiros, com o projeto sendo coordenado pelo recém-criado Centro Tecnológico do Exército (CTEx), ficando a execução a cargo da empresa Lacombe Indústria e Comércio de Tubos S/A em parceria com o Parque Regional de Motomecanização da 5º Região Militar (PqRMM/5). Porém logo verificou-se, que o pequeno porte desta empresa não era compatível com a dimensão gigantesca deste projeto, levando a decisão de se transferir este processo para a empresa Moto Peças Transmissões S/A.  Desta maneira, seriam iniciados os trabalhos, que culminariam na apresentação do primeiro protótipo equipado com o motor Mercedes-Benz OM-352A, em maio de 1983. Paralelamente seria realizados testes de campos comparativos entre este veículo e os modernos M-113A1, pertencentes ao Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) que já eram equipados com motores a diesel, sendo possível ver seu desempenho e suas vantagens sobre a versão modernizada e a versão original com motor a gasolina.  Neste contexto seriam realizados diversos testes, que ao serem concluídos resultariam na assinatura em um contrato prevendo a modernização de 580 veículos, para a versão M-113B, divididos em vinte lotes, a serem realizados no período de 1985 a 1988. Este programa abrangia também troca ou melhorias de itens críticos como caixa de transferência, sistema de combustível, sistema de admissão de ar, sistema de escapamento, sistema de arrefecimento, sistema elétrico, painel de instrumentos e controle, sistema de combate a incêndios e inclusão da torreta blindada acoplada sobre a escotilha do atirador. Apesar de concluído com êxito dentro do cronograma previsto, nos anos seguintes, novos problemas afetariam a disponibilidade da frota, pois as manutenções preventivas e corretivas ficaram a cargo das suas unidades que o operavam, e a não padronização para a compra de peças de reposição ao longo de sua vida útil dentro do prazo que havia sido previsto no programa. No final das contas pode se afirmar que este programa acabou por trazer mais problemas que soluções, obrigando novamente o Exército Brasileiro a encontrar uma nova solução, avaliando inclusive em sua substituição por um outro tipo.
As demandas nos conflitos ocorridos no mundo, a a partir da  década de 1990. trouxeram uma grande evolução em relação aos veículos blindados de transporte de tropa, que culminou no conceito do Veiculo de Combate de Infantaria (IFV), maior , mais pesado e bem mais bem armado. Como resultado desta tendência e analisando o do desempenho dos M-113B modernizados, seria cogitado o desenvolvimento de um veiculo nacional, que chegaria a fase de protótipo,  o VBCI Charrua. Porém a grave crise financeira na qual o pais estava imerso naquele momento, impactava diretamente no orçamento de defesa brasileiro, o que levaria ao cancelamento do Charrua, assim a frota de M-113B continuou a ser a alternativa mais viável. Ao longo dos anos seguintes, diversos programas de manutenção seriam aplicados a frota, porém sem lograr grande êxito. No ano de 2004, apenas 40% da frota deste modelo se encontrava em condições operacionais, novamente diversas tentativas seriam efetuadas, buscando parcerias com empresas nacionais como Tracto S/A e Engemotors S/A, visando no mínimo a revitalização da frota de 584 carros. A busca por um solução satisfatória levaria o Ministério da Defesa a buscar no mercado internacional um parceiro para assim promover um ousado programa de modernização. Em janeiro de 2008, seria apresentado Requisito Operacional Básico (ROB), visando a modernização da parte mecânica e de desempenho da viatura, permitindo assim, os M-113s poderem acompanhar em campo os carros de combate Leopard 1A5. Dezenove empresas apresentariam propostas, com a escolha  recaindo em 2010, sobre a proposta apresentada pela empresa BAE Systems, em um contrato englobando inicialmente 150 carros, os elevando para a versão M-113A2 Mk1. Dentre as principais alterações o motor atual seria substituído pelo novo Turbo Diesel 6V53T de 265hp da Detroit Diesel Corporation (DDC), operando em conjunto com uma unidade de transmissão cross drive Allison TX100-1A, além deste processo contemplar um completo retrofit dos carros, sistemas elétricos e de comunicação, adotando um moderno equipamento rádio Falcon III e do Intercom SOTAS. Um novo kit de flutuação seria adotado também, melhorando as condições de flutuabilidade e navegação propiciando mais confiança e segurança à tropa. 

Este acordo previa a execução dos serviços junto ao Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar (Pq R Mnt/5), com este processo sendo apoiado tecnicamente pelo pessoal da BAE Systems. Este programa envolvia também o  investindo em empresas locais para produzir e renovar componentes-chave, como parte do esforço da BAE Systems para fortalecer a cooperação industrial, oferecer empregos, e transferir tecnologias-chave e técnicas avançadas de fabricação. O processo completo de modernização de uma viatura dura cerca de quatro meses, passando por etapas encadeadas e precisas que, ao seu final, levam ao desenvolvimento de um blindado em estado de novo, totalmente modificado e reforçado, com características únicas e potência compatível às demandas da Força. As VBTP M113BR após entregues,  passariam a ser distribuídas aos batalhões de Infantaria blindados (29º BIB, 7º BIB, 13º BIB e 20º BIB) a partir de dezembro de 2013. O primeiro lote seria concluído com êxito em 1 de dezembro de 2015. Antes mesmo da entrega total dos carros contratados inicialmente, em meados do mesmo ano um segundo acordo celebrado, com o mesmo fornecedor,  envolvendo agora a modernização de 236 carros a um custo total de US$ 54,66 milhões. Em setembro de 2019 seria entregue ao Exército Brasileiro, o 400º carro, e o resultados novamente seriam avaliados como extremamente positivos, e restavam ainda neste contexto cerca de 184 carros a serem modernizados, lembrando que este processo visava estender a vida útil da frota por pelo menos mais duas décadas, tempo hábil para que o Exército Brasileiro pudesse preparar adequadamente a substituição dos M-113BR  por um modelo Veiculo de Combate de Infantaria (IFV).  Visando garantir assim uma alta disponibilidade de frota neste período, em 30 de julho de 2021, o Boletim do Exercito Brasileiro Nº 30/2021 apresentou a decisão de se proceder a modernização de mais 150 carros elevando-os também ao padrão M-113BR (M-113A2 Mk1). Novamente o contrato no valor agora de US$ 49,1 milhões  seria celebrado com a empresa norte-americana BAE Systems, com condições financeiras facilitadas pelo programa de Vendas Militares a Estrangeiros (FMS - Foreign Military Sales).
Outro ponto importante neste processo é a possibilidade do emprego de lagarta de borrachas, pois seria adquirido um significativo lote, possibilitando emprega pelo menos uma companhia desta viaturas, com a finalidade do emprego destes em operações do tipo GLO  (Garantia da Lei e da Ordem), a exemplo do já ocorrido com êxito na Operação São Francisco (Complexo da Maré/ Rio de Janeiro). No dia 19 de agosto, com o embarque das últimas quatro Viaturas Blindadas para Transporte de Pessoal (VBTP) M-113BR (M-113A2 Mk1) para o 7º Batalhão de Infantaria Blindado, encerrou-se um ciclo dentro do Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar (Pq R Mnt/5). Apesar de incorporar melhorias significativas sobre a versão anterior, podemos afirmar que este processo pecou por não incorporar meios mínimos de visão para o combate noturno em série, sendo somente instalado na viatura protótipo câmeras infravermelhas (tecnologia ultrapassada) frontais e de retaguarda de uso civil adaptadas à viatura, outro ponto de atenção refere-se a pintura pois foi empregado tinta veicular comum fosca, facilitando sua detecção em operações noturnas, onde o ideal seria utilizar pintura com baixa emissão termal como a da VBCCC Leopard 1A5 e por fim a fim a impossibilidade da realização do tiro preciso em movimento das metralhadoras calibre .50, por falta de uma plataforma de armas estabilizada.  Além disso, a partir de 2015, o Exército Brasileiro, recebeu a doação via Vendas Militares a Estrangeiros (FMS - Foreign Military Sales), de mais 12 M-113A2 e  94 M-577A2, versão posto de comando, que futuramente poderão passar por um processo semelhante no futuro.

Em Escala.
Para representarmos o M-113BR (A2 MK1) "EB 21422” empregamos o excelente modelo da Academy na escala 1/35. Para se representar a versão utilizada pelo Exército Brasileiro, é necessário realizar modificações em scratch mais notadamente na confecção da torre do artilheiro. Utilizamos decais do fabricante Decals e Books do set "Forças Armadas do Brasil".
O esquema de cores  (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático do Exército Brasileiro adotado a partir do ano de 1983, este mesmo padrão foi mantido nas versões modernizadas  M-113B e nos M-113BR (M-113A2 Mk1) .


Bibliografia : 

- Revitalização do M113A2 MK1 no EB – Defesa Net
- M-113 APC - http://en.wikipedia.org/wiki/M113_armored_personnel_carrier
- Blindados no Brasil - Um Longo e Arduo Aprendizado, Volume II - Expedito Carlos Stephani Bastos
- M-113 no Brasil - Expedito Carlos Stephani Bastos