Classe Amazonas Contratorpedeiros

História e Desenvolvimento.
A origem do primeiro projeto de contratorpedeiros de médio construídos no Brasil, tem sua gênese remetida a fundação de uma das mais antigas empresas de construção naval britânica, a “J. Samuel White” que iniciou suas atividades de produção de navios  em fins do século XVII, no condado de Kent, no sudeste da Inglaterra, construindo entre os anos de 1763-1764 o destroier HMS Lapwing para a Marinha Real Britânica (Royal Navy). A este projeto se seguiram outros não só para uso militar, bem como para empresas de pesca e para a Companhia das Índias Orientais. Pelo menos três gerações do negócio da família “White” empreenderam a construção naval antes de Thomas White, (1773-1859), avô de John Samuel White, mudou-se de Broadstairs, para East Cowes, na costa norte da Ilha de Wight, em 1802, onde adquiriu o local de construção naval na margem leste do rio Medina, onde já havia mais de um século de tradição neste setor. Ao longo do século XVIII e XIX a empresa entraria em grande expansão, tornando-se assim rapidamente líder mundial no projeto e construção de pequenos e médios navios navais e mercantes. Já no início do século XX a empresa entraria em um dos seus melhores momentos passando a conquistar grandes contratos de produção de navios para a Marinha Real Britânica (Royal Navy), conquistando em 1911 um contrato para a produção de seis destroiers para a Marinha do Chile, esta demanda levou a uma expansão das instalações industriais da empresa, resultando inclusive na instalação de um grande guindaste de 80 toneladas da Babcock & Wilcox de Renfrew. Estes navios seriam equipados com seu projeto próprio de propulsão as caldeiras White-Forster, que foram empregadas pela primeira em cruzadores leves e contratorpedeiros construídos para a Marinha Real britânica a partir de 1906. Este sistema ganharia grande notoriedade internacional, com a empresa passando a desenvolver, projetar e construir diversos navios de guerra para a exportação durante as décadas de 1910 e 1920, com seus navios tendo participado por diversas marinhas, ativamente dos embates navais durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918).

Os eventos decorridos da crise de “Danzig” de 1932 levaria o comando da Direção Naval (KMW) a pleitear junto ao governo nacional estudos visando o direcionamento de investimentos mais robustos para a sua marinha, visando assim fortalecer sua força de projeção naval. Assim em novembro do mesmo ano o Contra Almirante da Direção Naval (KMW) Jerzy Świrski obteve, após uma audiência com o Marechal Piłsudski, o compromisso de expansão da frota existente. Como resultado, em maio de 1933, uma licitação para o fornecimento de dois destroiers modernos foi direcionada a estaleiros franceses. As propostas apresentadas pelos construtores francesas, no entanto, não atendiam as demandas da marinha polonesa, com este processo sendo reiniciado em meados do ano seguinte. Durante este período, a tecnologia e as técnicas de combate sofreram grandes avanços, entre estes a consolidação do uso do calibre de 120mm como arma principal, levando assim a alterações nas especificações constantes da licitação. Desta vez empresas britânicas seriam convidadas a participar desta licitação, com propostas sendo apresentadas pelos construtores navais Swan Hunter e J. Samuel White. A primeira empresa fazia em sua proposta, uso do projeto do estaleiro francês Ateliers et Chantiers de la Loire (que já havia sido rejeitado na primeira concorrência), sendo este vencido pela proposta da J. Samuel White. Assim em 29 de março de 1935 seria celebrado entre o governo polonês a o construtor naval britânico um contrato para o desenvolvimento e construção de dois destroiers de grande porte, com esta nova classe de navios sendo batizadas como “Grom”. Durante o período de construção estes destroiers estavam entre os mais rápidos e fortemente armados navios deste tipo. O primeiro navio batizado como Błyskawica apresentava 114 metros de comprimento e 109 metros entre perpendiculares, com um feixe de 11,3 metros e um calado de 3,1 metros. O deslocamento foi de 2.011 toneladas (2.043 t) padrão e 2.520 toneladas de carga completa. Três caldeiras de 3 tambores alimentaram vapor para dois conjuntos de turbinas a vapor engrenadas que foram avaliadas em 54.500 cavalos de potência (40.600 kW), dirigindo dois eixos de hélice para dar uma velocidade de projeto de 39 nós (72 km/h; 45 mph).
Os dois navios foram completados e lançado ao mar em 1935 e 1936, com os testes marítimos sendo efetuados logo em seguida, com os mesmos sendo comissionados para serviço ativo a partir de 1937. Melhorias seriam implementadas ao longo dos dois próximos anos, e o bom desempenho serviria de base para o aprimoramento dos projetos em curso dos destroiers britânicos da Classe G e Classe H que foram ordenados no Programa de Construção Naval para produção entre os anos de 1933 e 1934. Estes navios originalmente foram baseados na classe F com melhorias que envolviam a e eliminação das turbinas de cruzeiro e a inclusão de um sistema propulsor mais compacto, permitiram que suas dimensões e deslocamentos fossem ligeiramente reduzidos. Estes destroiers apresentavam um deslocamento de 1.340 á 1.370 toneladas em carga padrão e 1.854 á 1.890 toneladas em carga total, possuíam um comprimento total de 98,5 m, um feixe de 10,1 m e um calado de 3,8 m. Sua tripulação em tempos de paz era de 137 militares, chegando a 146 militares em tempos de guerra. O armamento padrão destas classes era composto por quatro canhoes de 120 mm em torres individuais, dois lançadores quádruplos de torpedos de 533 mm, dois lançadores de cargas de profundidade e por fim para defesa antiaérea estavam equipados com duas montagens quadruplas de metralhadoras Vickers de 7,7 mm (com este sistema sendo substituídos a partir de 1940 por conjuntos de quatro a oito canhoes QF 20 mm Oerlikon). Estes navios estavam equipados com sistema de sonar ASDIC e equipamento de varredura de minas TSDS (Two-Speed Destroyer Sweep, varredura de duas velocidades). As armas principais eram direcionadas pelo sistema de “Mesa de Controle de Fogo do Almirantado” MK1 (A.F.C.T.), que se tratava de computador análogo eletromecânico para calculo da elevação e deflexão corretas do armamento. Dezoito destes navios seriam encomendados e construídos para a Marinha Real Britânica (Royal Navy), durante a década de 1930, sendo designados em serviço para a Frota Britânica do Mediterrâneo.

O excelente desempenho desta classe de navios, geraria novos contratos de construção agora de exportação, inicialmente para a Marinha Helenica Real (Πολεμικό Ναυτικό), e depois para as marinhas da Argentina, Polonia, Canadá e Brasil. Totalizando vinte e quatro navios construídos e completados ao todo. No início da década de 1930 o governo brasileiro almejava modernizar sua força naval e para isto buscou alternativas para a construção de modernos vasos de guerra, com uma parte de programa abrangendo a aquisição de modernos destroiers. Assim em 1936 seria celebrado junto ao estaleiro britânico J. Samuel White & Co, para a construção de seis destroiers da classe H, que seriam designados para exportação como classe J ou Javary. Estes navios seriam batizados como Juruá, Javary, Jutahy, Juruena, Jaguaribe, Japarua. O primeiro desta classe o Javary, teve sua quilha batida em 31 de março de 1938, foi lançado em 17 de julho de 1939, sendo seguido pelo Jutahy em 31 de maio de 1938, Juruá em 3 de junho de 1938 e pelo Japurá em 3 de julho e Juruena em 6 de julho do mesmo ano. No entanto o intensificar das tensões na Europa que prenunciavam um iminente conflito com a Alemanha nazista, levariam o Almirantado Britânico a fortalecer cada vez mais sua frota naval, levando o pais a requisitar no dia 4 de setembro de 1939 a propriedade dos seis contratorpedeiros brasileiros em processo de construção (salientando que neste processo navios pertencentes a outras nações como a Turquia também foram requisitados a compor os efetivos da Marinha Real Britânica – Royal Navy). Estes navios após concluídos receberiam a designação de classe Havant e sob a bandeira britânica teriam destacada atuação no conflito, com o HMS Havant - H 32 (Ex Javary), sendo perdido em combate em 1 de junho de 1940, o HMS Harvester H-19 (Ex Juruá), HMS Hurricane H-06 (Ex Japura) atacado pelo submarino alemão  U-415 em 24 de dezembro de 1943 e afundado no dia seguinte.
Como contrapartida a esta decisão de assumir a propriedade dos contratorpedeiros da classe Javary, o governo britânico ofereceu a Marinha do Brasil a possibilidade de se construir localmente um número igual de navios baseados na classe “H” (incluindo o mesmo pacote de armamento destinado a guerra antissubmarino). Esta proposta seria inicialmente bem aceita pelo governo brasileiro, pois tal processo permitiria ao país absorver certo nível de tecnologia de construção naval moderna, com esta classe representando o projeto mais complexo já executado pela Marinha do Brasil. Estes novos navios seriam construídos em parceria com o construtor britânico e a equipe técnica do Arsenal de Marinha das Cobras (AMIC) e do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), ambos estes, localizados na Ilha das Cobras, na cidade do Rio de Janeiro, sendo este o centro responsável por toda a manutenção dos navios da esquadra e também pelas construções de embarcações militares menos complexas. Caberia a empresa britânica apoiar tecnicamente a construção destas embarcações que a exceção do grupo propulsor e dos armamentos seria inteiramente produzido e montado no país. O contrato seria oficialmente celebrado em novembro de 1939.

Emprego na Marinha do Brasil. 
Imediatamente os trabalhos de construção destes navios foram iniciados junto ao Arsenal de Marinha das Cobras (AMIC) e Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), com esta nova classe de contratorpedeiros recebendo a denominação de “Classe Amazonas”. Seis navios seriam ordenados e receberiam a designação de Amazonas A-1, Araguari A-2, Ajuricaba A-3, Acre A-4, Araguaia A-5 e Apa A-6.  Com o apoio de uma equipe técnica dos construtores navais britânicos John I. Thornycroft & Co. e J. Samuel White & Co. logo o progresso se mostraria, com o primeiro navio desta classe o Amazonas A-1 tendo sua quilha batida em 20 de julho de 1940, em cerimônia conjunta com o CT Araguari - A 2. Porém neste período a alta demanda pela construção naval na Europa para o combate as ambições do Eixo, levariam ao gradativo abandono da consultoria britânica no processo de construção dos contratorpedeiros brasileiros. Esta movimentação resultaria no atraso de todo o cronograma da Marinha do Brasil, com os demais navios sendo desenvolvidos apenas no estágio estrutural básico, pois devido à fraca base técnica de pessoal especializado e à falta de experiência do estaleiro militar brasileiro neste tipo de embarcação complexa, processo de construção ficaria estagnado. Este problema frustraria os planos brasileiros para o fortalecimento de sua esquadra, a fim de poder fazer frente as possíveis ameaças que se avizinhavam no cenário do Atlântico Sul, com a força naval antissubmarino sendo composta somente por seis navios mineiros da Classe Carioca complementados por três contratorpedeiros da Classe Marcílio Dias. Este cenario começaria a mudar a partir de 1941, quando o governo brasileiro aderiu ao programa denominado Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), além de receber inúmeros recursos e materiais militares, este programa permitiu uma maior aproximação entre os países, passando a colaborar em conjunto em uma série de programas militares, entre estes o de construção naval. Desta maneira a partir de 1943 com o apoio de técnicos norte americanos o programa de construção dos contratorpedeiros da Classe Amazonas seria recomeçado, agora passando a adotar tecnologia de propulsão, sistemas eletrônicos e armamentos empregados nos demais navios militares produzidos nos Estados Unidos.

No entanto esta mudança na orientação do programa de construção naval brasileiro, migrando do apoio técnico britânico para o suporte norte americano, acabaria afetando na aparência e suíte de equipamentos dos novos contratorpedeiros. Os contratorpedeiros preservaram algumas características comuns do projeto original, mas passaram a se assemelhar visualmente aos navios norte-americanos da Classe Craven. O armamento seria padronizado ao mesmo empregado na Classe Marcílio Dias, incluindo como arma principal 4 canhões Mk12 de 127 mm, com montagem fechada para a arma frontal, 4 canhões Bofors L/60 de 40 mm em dois reparos duplos Mk-1 mod.6; 6 metralhadoras Oerlikon de 20 mm; 2 reparos triplos de tubos lança torpedos Mk-14 mod.12 de 21 pol. (533 mm); 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 mod.1 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9. Em temos de sistemas eletrônicos os navios seriam equipados com um radar de vigilância aérea AN/SPS-6C; 1 radar de superfície AN/SPS-4; 1 radar de direção de tiro Mk-28 mod.3, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-33 mod.38 integrado ao sistema de designação de alvos Mk-5; duas diretoras Mk-51 mod.2; duas diretoras Mk-T mod.2 e uma calculadoras Mk-T mod. 2 para os canhões de 127 mm; telêmetro Mk-41 mod. 8; calculadora Mk-10 mod.66B; agulha giroscópica Sperry Mk-14 mod.8; transceptores UHF; transmissores de MF, HF e UHF; odômetro de fundo; 1 ecobatimetro ET/SQN-1; radiogoniômetro RCA DP-12 e um sonar de casco QCR-1. Os navios Acre A-4 e Ajuricaba A-3 seriam equipados com turbinas General Electric de 34600hp e produzindo 33,5kts e tinham montagens TT triplas. Os navios restantes da classe seriam equipados com motores Westinghouse de 45000hp, feitos de 36kts e TTs quádruplos. Apesar da urgência da Marinha do Brasil em dispor de mais navios adequados a guerra antissubmarino, dificuldades técnicas na customização do projeto britânico aos novos componentes norte-americanos atrasariam o a conclusão dos trabalhos, não sendo completado nenhum contratorpedeiro desta classe antes do final da Segunda Guerra Mundial. 
Assim o primeiro navio desta classe a ser incorporado seria o Amazonas A-1, lançado ao mar em 29 de novembro de 1943, e somente submetido a Mostra de Armamento e incorporado à Armada, em 11 de junho de 1949. Seu primeiro emprego em treinamento ocorreu entre os dias 6 e 9 de junho realizando exercícios de guerra e tática antissubmarino. Em 31 de janeiro de 1953 seria incorporado ao Comando do 1º Esquadrão de Contratorpedeiros (Comesqd-CT-1). Entre os anos de 1957 e 1958 o Amazonas A-1 foi submetido a um amplo processo de modernização de seus sistemas eletrônicos e direcionamento de tiro. Em 1960 participaria pela primeira vez do exercício multinacional UNITAS, registrando sua última participação durante a Operação UNITAS XII em 1971. Em 19 de junho de 1973 daria baixa do Serviço Ativo da Armada e foi submetido à Mostra de Desarmamento, completando 24 anos de atividade, atingindo as marcas de 721,5 dias de mar e 187.646,97 milhas marítimas navegadas. O segundo navio dessa classe a entrar em serviço foi o Araguaia A-5, construído pelo Arsenal de Marinha, teve sua quilha batida em 20 de julho de 1940, foi lançado em 14 de julho de 1946, sendo submetido a Mostra de Armamento e incorporado, em 3 de outubro de 1949. Em 1953 passaria também a compor 1º Esquadrão de Contratorpedeiros (Comesqd-CT-1). Este navio seria submetido ao mesmo processo de modernização aplicado ao Amazonas A-1 entre os anos de 1957 e 1958. Em 31 de janeiro passou a pertencer ao Comando do 2º Esquadrão de Contratorpedeiros (ComEsqd-CT-2). Em 8 de novembro de 1974 daria baixa do Serviço Ativo da Armada e foi submetido à Mostra de Desarmamento. O terceiro navio foi batizado como Apa A-6, construído pelo Arsenal da Marinha, teve sua quilha batida em 28 de dezembro de 1940, foi lançado ao mar e batizado em 30 de maio de 1945. Em 10 de dezembro de 1949 foi incorporado a Armada ao 1º Distrito Naval. Em 30 de maio de 1958, passou à condição de “Navio em Reserva”, sendo reincorporado ao serviço ativo em junho de 1961. Em 22 de julho de 1964 foi submetido a Mostra de Desarmamento, dando baixa do serviço ativo da Armada, sendo o casco entregue ao Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Até essa data atingiu as marcas de 195,5 dias de mar e 50.879,4 milhas marítimas.

O Acre A-4 foi o quarto navio desta classe, teve sua quilha batida em 28 de dezembro de 1940, foi lançado ao mar e batizado em 30 de maio de 1945. Foi incorporado e submetido a Mostra de Armamento em 10 de dezembro de 1949. Em 1960 foi submetido Período de Manutenção e Atualização. Dentre as modificações que sofreu nesse período estão a substituição do radar de busca aérea SF-1 pelo AN/SPS-6C; do radar de busca de superfície VJ-1 pelo AN/SPS-4 e AN/SPS-6 com IFF; instalação do radar de DT Mk-28 mod.3 acoplado ao sistema de DT Mk-33 mod.38; remoção das 6 metralhadoras Oerlikon de 20 mm; remoção do reparo 02 de 5 pol./38 (127 mm); instalação de 4 canhões Bofors L/60 de 40 mm em dois reparos duplos Mk 1 mod.6, um a vante do passadiço no lugar da torreta 02 de 5 pol. e outro a ré atrás dos reparos 03 e 04 de 5 pol.; instalação de duas diretoras Mk-51 mod.2 e duas alças giroscópicas Mk-14 mod.8 para os canhões de 40mm; instalação de 2 reparos triplos de tubos de torpedo Mk-14 mod.12 de 21 pol. (533 mm), um a BE e outro a BB a meio navio; instalação de duas alças Mk-5 para os tubos lança torpedos; remodelação do mastro de combate para receber novas antenas; modernização do CIC; modificação nos camarotes dos oficiais para receber adequadamente 15 oficiais; substituição do transmissor de 500w do tipo Cacique S/A AB 500 FI, pelo transmissor TBI-6; instalação de 2 transceptores AN/ACL. Em 26 de julho de 1974 foi realizada a cerimônia de baixa e Mostra de Armamento. Em 24 anos e meio de serviço atingiu as marcas de 1056 dias de mar e 295.431 milhas navegadas. O contratorpedeiro Ajuricaba - A 3, teve sua quilha batida em 28 de dezembro de 1940, foi lançado e batizado em 14 de julho de 1946, sendo incorporado a Armada pelo Aviso Ministerial n.º 3.234 de 17 de dezembro de 1957. O Ajuricaba entrou em serviço já com as modificações a que foram submetidos os outros navios da classe que haviam entrado em serviço antes. Assim sendo ao invés de quatro canhões de 127 mm, tinha três e também já contava com os canhões de 40 mm e com novos radares e equipamentos eletrônicos. Em 22 de julho de 1964, foi realizada a cerimônia de baixa e Mostra de Armamento, passando a subordinação do AMRJ para venda como sucata. Nesses quase 7 anos de serviço ativo atingiu a marca de 61.977 milhas navegadas.
O Araguari A-2 foi o terceiro navio a ostentar esse nome em homenagem a cidade localizada em Minas Gerais e ao Rio do mesmo nome, na Marinha do Brasil. O Araguari foi construído pelo Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Teve sua quilha batida em 20 de julho de 1940, em cerimônia conjunta com o CT Amazonas - A 1. Foi incorporado em 21 de julho de 1960. Em 31 de janeiro de 1963 foi criado pelo Aviso n.º 0191/63 o Comando do 2º Esquadrão de Contratorpedeiros (ComEsqd-CT-2), com a 21ª Divisão com os CT Amazonas, Araguaia e Acre e 22º Divisão com os CT Apa, Ajuricaba e Araguari. Sua última participação em operações de destaque ocorreu em 1969, quando da realização da Operação SPRINGBOARD 69 e VERITAS II, realizadas com a U.S.Navy no Caribe. Depois de escalar em Recife-PE e Belém-PA, o GT-12.1, composto também pelos CT Piauí - D 31 (capitânia), Santa Catarina - D 32, Pará - D 27, Paraná - D 29, Mariz e Barros - D 26 e Acre - D 10, NO Belmonte - G 24, NT Marajó - G 27, e, o NTr Ary Parreiras - G 21, chegou a San Juan (Puerto Rico) no dia 21. Retornou ao Rio de Janeiro em 29 de março. Em 12 de agosto de 1974 foi realizada a cerimônia de baixa e Mostra de Armamento.  Durante mais de 24 anos os controversos contratorpedeiros da Classe Amazonas cumpriram a contento sua missão a serviço da Marinha do Brasil, não ignorando ainda a capacitação técnica conquistada a dura penas durante o processo de construção destes navios nos estaleiros do Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Grandes partes destes problemas resultariam em uma variada gama de diferenças de design e equipamentos entre os navios da mesma classe.

Em Escala.
Para representarmos o contratorpedeiro da classe Amazonas D-15 Araguari, pertencente a Comando do 2º Esquadrão de Contratorpedeiros (ComEsqd-CT-2), fizemos uso de uma conversão em scratch, partindo como base do kit Mirage Hobby na escala 1/400 do destroier polonês ORP Błyskawica. As principais mudanças se basearam na remoção das vigias no casco, alteração dos sistemas de armas e seu posicionamento, fazendo uso de peças oriundas de outros modelos em escalas próximas. Completando este processo com a construção de um novo mastro principal com suas antenas de radar, similar ao empregado nos navios da classe Fletcher. Infelizmente não é possível obter um resultado 100% fiel aos navios desta classe, tendo em vista diversas diferenças existentes entre as unidades e a baixa qualidade de fotos disponíveis. Empregamos decais produzidos sobre encomenda pela Duarte Models nesta mesma escala.

O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão aplicado em todos os navios da Marinha do Brasil entre as décadas de 1940 a 1970. As alterações se limitarem a mudança da identificação dos navios, sendo o Amazonas sendo redesignado como D-12, o Araguari como D- 15, Ajuricaba D-11, Acre D-10, Araguaia D-15 e o Apa como D-13, mantendo esta sistemática até a Mostra de Desarmamento do último navio em fins de 1974.


Bibliografia : 

- J. Samuel White -  Wikipedia - https://en.wikipedia.org/wiki/J._Samuel_White

- Destroiers Classe G e H – https://en.wikipedia.org/wiki/G_and_H-class_destroyer 

- Navios de Guerra Brasileiros – Poder Naval https://www.naval.com.br 

- Marinha do Brasil - https://www.marinha.mil.br/