História e Desenvolvimento.
No início da década de 1950, as principais potências militares do mundo atravessavam uma profunda transformação em suas doutrinas de aviação de combate, marcada pela transição definitiva das aeronaves de motor a pistão para os modelos dotados de propulsão a jato. A introdução desses novos vetores, consolidada durante e após a Guerra da Coreia (1950–1953), exigiu das forças aéreas e navais uma revisão completa de seus meios, táticas e infraestrutura. A Marinha dos Estados Unidos (US Navy), cuja aviação embarcada desempenhava papel central na estratégia global norte-americana, encontrava-se diante do desafio de modernizar sua frota aérea sem comprometer a operação de seus numerosos porta-aviões de médio e pequeno porte muitos deles remanescentes da Segunda Guerra Mundial. Paralelamente, grandes projetos de engenharia naval já estavam em andamento para a construção de porta-aviões de maior porte e dotados de catapultas mais potentes, capazes de operar aeronaves mais pesadas e sofisticadas. Nesse contexto, o comando da aviação naval norte-americana emitiu uma concorrência para o desenvolvimento de uma aeronave de ataque leve a jato, adequada às limitações estruturais dos porta-aviões então em serviço. Os requisitos do programa eram claros e pragmáticos: Raio de ação mínimo: 555 km; Velocidade máxima: 805 km/h; Peso máximo de decolagem: 13.600 kg; Capacidade de carga útil: até 1.908 kg, incluindo armamento nuclear tático; Baixo custo de aquisição e operação; Substituição direta do monomotor a pistão Douglas A-1 Skyraider, ainda em amplo uso na função de ataque. Em janeiro de 1952, a Douglas Aircraft Company apresentou sua proposta, desenvolvida sob a direção do renomado engenheiro Edward Henry Heinemann, já reconhecido por projetos que enfatizavam simplicidade, robustez e eficiência estrutural. Heinemann surpreendeu o comitê avaliador ao propor uma aeronave extremamente compacta e leve: com massa estrutural de apenas 5.440 kg — cerca de metade da especificação original , o projeto prometia desempenho superior ao exigido. O novo jato poderia atingir 950 km/h e transportar até 2.250 kg de carga útil, compatível com uma ampla variedade de armamentos convencionais e nucleares. Sua reduzida área alar, de 8,38 m², eliminava a necessidade de asas dobráveis, simplificando a operação em convoo e reduzindo significativamente a complexidade mecânica e os custos de manutenção fatores essenciais para operações em porta-aviões menores. O primeiro protótipo, equipado com um motor turbojato Curtiss-Wright J65, realizou seu voo inaugural em 22 de junho de 1954, na Base Aérea de Edwards, Califórnia. Os ensaios iniciais demonstraram desempenho consistente e confiável, levando à assinatura de um contrato para a produção de 18 aeronaves de pré-série, designadas YA4D-1, destinadas ao refinamento final do projeto e à validação operacional. Concluída essa fase, o governo norte-americano formalizou a aquisição de 500 aeronaves, ao custo unitário de US$ 860.000, valor inferior ao limite estipulado pela concorrência (US$ 1.000.000). Esse feito reforçou a reputação de Heinemann e consolidou a Douglas Aircraft Company como uma das mais inovadoras fornecedoras da aviação militar dos Estados Unidos. A primeira versão de produção do modelo, designada A-4A Skyhawk, representou um marco na transição das aeronaves de ataque leve da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) para a era do jato.
Desenvolvida durante o auge da Guerra Fria, período em que a aviação embarcada consolidava sua relevância estratégica, a aeronave incorporou soluções de engenharia voltadas para simplicidade operacional, baixo custo e elevada capacidade de emprego em porta-aviões de pequeno e médio porte. O A-4A foi equipado com dois canhões Colt Mk 12 de 20 mm, cada um com capacidade para 100 disparos. Além disso, podia empregar uma ampla gama de armamentos, incluindo bombas de queda livre, foguetes não guiados, mísseis ar-terra e ar-ar, bem como armamentos nucleares táticos — um requisito típico da doutrina norte-americana de ataque embarcado nos anos 1950. As primeiras unidades foram destinadas aos esquadrões VA-72 e VMA-224, com a finalidade de facilitar a conversão operacional dos pilotos para o novo vetor. Concluída essa etapa inicial, as aeronaves passaram a equipar diretamente os porta-aviões leves da frota, conferindo a esses navios uma capacidade de ataque antes inexistente. Isso se devia ao fato de que embarcações menores não tinham condições de operar aeronaves de maior porte, como o McDonnell Douglas F-4 Phantom II ou o Vought F-8 Crusader. Dessa forma, o Skyhawk expandiu de maneira significativa o poder ofensivo dos grupos-aeronaval. Nos primeiros anos de operação, as missões dos A-4A concentraram-se na escolta e proteção de aeronaves antissubmarino (ASW) baseadas em porta-aviões da classe Essex. Tanto o A-4A quanto sua variante subsequente, o A-4B, não possuíam radar; por isso, dependiam de vetoração fornecida pelas unidades navais de superfície ou por aeronaves de alerta aéreo antecipado, como o Grumman E-1 Tracer AEW. O A-4 Skyhawk também introduziu um importante avanço operacional ao adotar o conceito de reabastecimento aéreo tático entre aeronaves ligeiras. Nesse sistema, um A-4B Skyhawk era configurado como “tanker”, equipado com um buddy store um tanque externo com mangueira e cesta de reabastecimento e decolava sem armamento, enquanto as aeronaves de ataque recebiam combustível adicional para maximizar o carregamento de armas dentro dos limites de peso de decolagem. O batismo de fogo do Skyhawk ocorreu no Sudeste Asiático, durante a Guerra do Vietnã, onde se destacou como o principal vetor de ataque leve da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) no início do conflito. Participou de intensas operações contra alvos no Vietnã do Norte, demonstrando notável robustez e precisão. Em 1.º de maio de 1967, um A-4C do esquadrão VA-76, operando a partir do porta-aviões USS Bon Homme Richard, abateu um caça MiG-17 norte-vietnamita com um foguete Zuni não guiado o único abate ar-ar registrado pelo tipo naquele teatro de operações. A partir do final da década de 1960, o Skyhawk começou gradualmente a ser substituído nas unidades de ataque da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) pelo Vought A-7 Corsair II, dotado de maior autonomia, aviônicos modernos e maior capacidade de carga. Entretanto, o Corpo de Fuzileiros Navais (USMC) manteve o A-4 em serviço por mais tempo, reconhecendo suas qualidades de simplicidade, confiabilidade e facilidade de manutenção. Notavelmente, um A-4E Skyhawk foi responsável por lançar as últimas bombas norte-americanas da Guerra do Vietnã, consolidando sua importância histórica como um dos mais emblemáticos aviões de ataque embarcado do século XX.
O A-4 Skyhawk, concebido no início da Guerra Fria como um caça–bombardeiro leve, simples e de baixo custo operacional, rapidamente despertou o interesse de diversas nações. Essa atratividade era especialmente evidente entre marinhas que ainda operavam porta-aviões de pequeno porte, muitos deles remanescentes da Segunda Guerra Mundial, para os quais o Skyhawk compacto, robusto e dotado de notável capacidade de carga representava uma solução ideal. Nesse cenário, surgiram os primeiros contratos de exportação, firmados com Argentina e Austrália, ambas operando navios aeródromos de origem britânica e em busca de um vetor moderno capaz de revitalizar suas asas embarcadas. Entretanto, nenhum operador internacional se destacaria tanto quanto Israel, que viria a se transformar no maior usuário estrangeiro da aeronave. O processo teve início em 1966, quando a França, até então principal fornecedora de armamentos do país, impôs severas restrições à venda de equipamentos militares um reflexo das tensões políticas que antecederiam a Guerra dos Seis Dias. Esse embargo forçou o governo israelense a reorientar sua política de defesa, aproximando-se de forma decisiva dos Estados Unidos, que passaram a estruturar um programa progressivo de assistência militar. Foi nesse contexto de reorganização estratégica que o A-4 Skyhawk se tornou a primeira aeronave de combate norte-americana oferecida à Força Aérea de Israel (IAF). As entregas ocorreram logo após o término da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, marcando um divisor de águas na relação militar entre Washington e Tel Aviv. Em serviço, os A-4 Skyhawk foram designados Ayit “Águia” em hebraico — e rapidamente demonstraram uma combinação de simplicidade, resistência e potência adequada às necessidades do teatro de operações do Oriente Médio. O custo de aquisição representava apenas um quarto do valor de um sofisticado McDonnell Douglas F-4 Phantom II, ao mesmo tempo em que o A-4 era capaz de transportar uma carga bélica significativa para sua categoria. Essa equação favorável impulsionou Israel à aquisição de mais de 200 unidades, consolidando o Skyhawk como a espinha dorsal da aviação de ataque do país durante o final da década de 1960 e boa parte da década seguinte. O auge de sua importância ocorreu durante a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando os Ayit executaram o maior número de missões de ataque ao solo de toda a campanha. Entretanto, essa atuação intensa cobrou um preço alto: a exposição contínua diante das densas defesas antiaéreas árabes — combinadas à ação de caças MiG-21 e MiG-17 resultou em perdas significativas, estimadas em pelo menos nove aeronaves abatidas. Para recompor rapidamente o poder aéreo israelense, os Estados Unidos lançaram a Operação Nickel Grass, que garantiu a transferência emergencial de aeronaves adicionais, incluindo exemplares estocados da própria Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). A experiência operacional levou à criação de uma variante específica para Israel, o A-4H, que incorporava uma série de aperfeiçoamentos: aviônicos modernizados, motor Pratt & Whitney J52-P-8A de maior empuxo e a substituição dos canhões Colt Mk.12 de 20 mm por canhões DEFA de 30 mm, preferidos pelos israelenses. Visualmente, o A-4H tornava-se inconfundível pela presença da proeminente “corcova”, que abrigava novos sistemas eletrônicos, e pelo tubo de escape estendido, solução local destinada a reduzir a vulnerabilidade a mísseis de guiamento infravermelho. Ao todo, 90 aeronaves dessa versão foram entregues, participando de múltiplos conflitos no turbulento cenário regional do Oriente Médio.A partir de 2008, teve início o processo de retirada gradual do Skyhawk das missões de ataque, com sua substituição progressiva pelos General Dynamics F-16 Fighting Falcon. Ainda assim, parte da frota remanescente continuou empregada em missões de treinamento avançado, até ser definitivamente desativada em 2014. Embora o Douglas A-4 Skyhawk tenha alcançado grande projeção internacional e desempenhado um papel notável na Força Aérea de Israel (IAF), o primeiro país a adquiri-lo no exterior foi a Argentina. Em 1965, o governo argentino firmou um contrato para a compra de 25 aeronaves da versão A-4B, destinadas ao emprego embarcado. A boa aceitação operacional levou, em 1970, à assinatura de um segundo acordo, que resultou na entrega de mais 25 unidades. Todas essas aeronaves, oriundas de esquadrões ativos da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), passaram por um extenso processo de revisão conduzido pela Lockheed Service Company, sendo posteriormente redesignadas como A-4P. A modernização da aviação de caça argentina prosseguiu ao longo da década de 1970. Em 1976, um terceiro contrato assegurou a aquisição de 25 aeronaves da versão A-4C, destinadas a substituir os North American F-86 Sabre nas missões de interceptação. Essa variante destacou-se por ser a primeira, no inventário argentino, habilitada a operar mísseis ar-ar AIM-9B Sidewinder, representando um salto qualitativo relevante em termos de capacidade de combate aéreo. A Marinha Argentina (Armada), por sua vez, buscava substituir seus já obsoletos Grumman F9F Panther e F9F Cougar no então porta-aviões ARA Veinticinco de Mayo V-2 (ex-HMS Venerable). O Skyhawk, graças ao seu porte compacto, robustez e manobrabilidade, mostrou-se especialmente adequado para operações embarcadas. Assim, em 1971, foram entregues 16 unidades da versão navalizada A-4Q, que passaram a compor o principal vetor de ataque embarcado da Armada. Apesar das restrições e embargos impostos pelo governo dos Estados Unidos ao regime militar argentino a partir do final da década de 1970, o A-4 Skyhawk desempenhou papel decisivo durante o conflito das Malvinas (Falklands), travado entre abril e junho de 1982. Ao todo, 48 aeronaves das versões A-4P, A-4C e A-4Q foram empregadas em ousadas missões de ataque contra a frota britânica no Atlântico Sul. Esses ataques resultaram no afundamento do destróier Tipo 42 HMS Coventry e das fragatas Tipo 21 HMS Antelope e HMS Ardent, além de impor danos severos a outros navios britânicos. Entretanto, o elevado risco inerente às missões de baixa altitude contra alvos fortemente defendidos resultou em pesadas perdas: 22 aeronaves foram abatidas por caças BAE Sea Harrier FRS.1 da Marinha Real Britânica (Royal Navy), por Harrier GR.3 da RAF, ou por defesas antiaéreas britânicas instaladas nas ilhas após o desembarque das tropas. Com o término do conflito, as células remanescentes dos Skyhawk argentinos passaram por um amplo processo de modernização por meio do Programa Halcón, permanecendo em serviço até 1999. Nesse ano, foram finalmente substituídas por 36 aeronaves modernizadas da variante OA/A-4AR Fightinghawk, produzidas a partir de células estocadas pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Além da Argentina, outras nações que operavam porta-aviões de pequeno porte de origem britânica como Austrália e Nova Zelândia também adotaram versões do Douglas A-4 Skyhawk em seus grupos aéreos embarcados durante as décadas de 1970 e 1980, reforçando a reputação internacional do modelo como um dos mais versáteis jatos de ataque já produzidos.

A última variante desenvolvida especificamente para as Forças Armadas dos Estados Unidos (Marinha e Corpo de Fuzileiros Navais) composta pelos modelos A-4M e TA-4M Skyhawk representou o ponto culminante da evolução tecnológica da família A-4. Essas aeronaves incorporavam melhorias substanciais em aviônicos, desempenho e capacidade de sobrevivência em combate, refletindo a experiência operacional acumulada ao longo de décadas. Empregadas majoritariamente pelos esquadrões de ataque da aviação do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (US Marine Corps), tornaram-se o padrão máximo de eficiência dentro da linhagem Skyhawk. O encerramento da produção da família A-4 ocorreu com a entrega de um lote destinado à Força Aérea do Kuwait (al-Quwwat al-Jawwiya al-Kuwaitiya), composto por 30 unidades monoplaces A-4KU e seis aeronaves biplaces TA-4KU, que seriam mais tarde amplamente empregados durante a primeira Guerra do Golfo. Com isso, em fevereiro de 1979, fechou-se definitivamente a linha de montagem do Skyhawk, após a fabricação de 2.960 aeronaves monoplaces e 565 exemplares da versão de treinamento, distribuídos entre diversos operadores internacionais, incluindo Estados Unidos, Argentina, Brasil, Singapura, Austrália, Indonésia, Israel, Kuwait, Malásia e Nova Zelândia. Mesmo após o término da produção, o A-4 Skyhawk continuou a demonstrar sua notável adaptabilidade. Inspirados no pioneiro programa de modernização conduzido pela estatal Israel Aircraft Industries (IAI) responsável por transformar vetores veteranos em plataformas de combate tecnologicamente atualizadas diversos países implementaram extensos programas de atualização. Destacam-se, nesse contexto, as modernizações realizadas pela Indonésia, Singapura e Argentina, que elevaram o Skyhawk a novos patamares de desempenho e prolongaram substancialmente sua vida útil operacional. Nos Estados Unidos, as últimas unidades remanescentes foram mantidas em missões de conversão operacional, treinamento avançado de combate especialmente como aeronaves “agressoras” e operações de reboque de alvos. Seu emprego na ativa estendeu-se até 2003, marcando mais de quatro décadas de serviço contínuo em diferentes contextos estratégicos. Notadamente, as qualidades ímpares do A-4 Skyhawk, como sua agilidade em combate, excelente envelope de voo e reduzida assinatura de radar, garantiram-lhe uma longevidade rara entre aeronaves de sua geração. Essas características despertaram o interesse de empresas privadas especializadas em apoio aéreo e treinamento militar, como a Draken International e a Aero Group, que passaram a operar unidades modernizadas do Skyhawk em contratos celebrados com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, reforçando a importância histórica e operacional do modelo mesmo após décadas de seu primeiro voo.
Emprego na Marinha do Brasil
Em 26 de janeiro de 1965, a promulgação do Decreto-Lei nº 55.627 marcou uma profunda inflexão na história da Aviação Naval da Marinha do Brasil. A nova legislação proibiu a Marinha de operar aeronaves de asa fixa, determinando a transferência de seus meios aéreos, infraestrutura e efetivos para o então Ministério da Aeronáutica (MAer). A medida refletia o contexto político e institucional da época, em que se buscava uma divisão mais rígida de responsabilidades entre as Forças Armadas, ainda que, na prática, isso implicasse a perda de capacidades tradicionais da Esquadra. Essa restrição permaneceu inalterada por mais de três décadas. Somente ao final dos anos 1990, quando a Força Aérea Brasileira (FAB) desativou os últimos Grumman S-2E Tracker (P-16E) aeronaves que, por muitos anos, haviam assegurado a vocação antisubmarino embarcada tornou-se evidente a existência de uma lacuna operacional sensível. A ausência de aeronaves de asa fixa aptas a operar a partir de navios-aeródromos reacendeu, no âmbito naval, o debate em torno da necessidade de restaurar a plena autonomia da Marinha nessa área. A partir de então, o almirantado intensificou esforços políticos e institucionais para revogar a chamada “Lei da Asa Fixa”. O movimento obteve êxito em 8 de abril de 1998, quando o Decreto Presidencial nº 2.538 finalmente devolveu à Marinha do Brasil o direito de operar aeronaves de asa fixa — com a condição de que fossem prioritariamente empregadas a partir de um navio-aeródromo da Esquadra. Esse retorno, entretanto, ocorria em um contexto operacional desafiador. O NAe A-11 Minas Gerais, apesar de sucessivamente modernizado ao longo de sua carreira, permanecia limitado por sua concepção original, derivada de projetos da década de 1940. Tratava-se de um navio idealizado para operar aeronaves de pequeno porte e motores a pistão. Assim, a operação de jatos de alto desempenho esbarrava em restrições relevantes, como a reduzida extensão do convoo e a capacidade limitada de suas catapultas. Essas limitações influenciaram diretamente o processo de seleção das novas aeronaves da Aviação Naval. Inicialmente, o comando demonstrou interesse pelo Dassault-Breguet Super Étendard, jato de ataque francês com comprovada experiência em combate e compatível com navios-aeródromos de pequeno porte. Contudo, a proposta francesa excedia amplamente o orçamento disponível, inviabilizando a aquisição de um lote mínimo entre cinco e dez aeronaves. Diante desse cenário, a alternativa mais realista recaiu sobre a família Douglas A-4 Skyhawk, historicamente bem-sucedida na operação a partir de porta-aviões leves e médios, características muito próximas às do Minas Gerais. Para identificar possíveis oportunidades de aquisição, foram conduzidas consultas a diversos governos e fornecedores internacionais. A resposta mais imediata e vantajosa veio da The Boeing Company, que ofereceu à Marinha um conjunto de aeronaves McDonnell Douglas A-4KU e TA-4KU Skyhawk em excelente estado de conservação. Essas células haviam sido devolvidas pelo governo do Kuwait como parte do acordo de compensação pela aquisição de caças multifunção Boeing F/A-18 Hornet, tornando-se disponíveis para negociação em condições particularmente favoráveis. As tratativas conduzidas entre o governo brasileiro e a The Boeing Company culminaram em uma proposta avaliada em US$ 70 milhões, abrangendo não apenas a aquisição de 20 aeronaves monoplaces A-4KU Skyhawk e três biplaces TA-4KU, mas também um expressivo conjunto de peças sobressalentes, treinamento especializado e um pacote de armamentos que incluía mísseis ar-ar Raytheon AIM-9L Sidewinder.
As versões A-4KU e TA-4KU representavam, à época, o que havia de mais avançado na longa linhagem do Skyhawk. Ambas eram derivadas do A-4M Skyhawk II, modelo concebido especificamente para missões de ataque ao solo conduzidas pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (USMC), o que lhes conferia robustez estrutural, aviônicos modernizados e desempenho superior em relação às variantes anteriores. Embora não dispusessem de capacidades para emprego de armamento nuclear, lançamento de mísseis antirradiação ou utilização de bombas guiadas por TV — requisitos que não faziam parte das necessidades operacionais do Kuwait —, esses modelos incorporavam o Hughes ARBS (Angle Rate Bombing System), um sofisticado sistema eletro-óptico destinado à designação precisa de alvos no solo. Além disso, podiam empregar o míssil ar-superfície AGM-65 Maverick, ampliando sensivelmente sua eficácia em missões de ataque. Todas as aeronaves eram propulsionadas pelo confiável turbojato Pratt & Whitney J52-P408, capaz de gerar 11.200 libras de empuxo, proporcionando melhor performance, especialmente em cenários de clima quente — condição típica do Golfo Pérsico. Produzidas entre 1977 e 1979, apresentavam uma média de apenas 1.700 horas de voo, o que as colocava em excelente estado de conservação e com ampla vida útil remanescente, fator decisivo para sua atratividade. Parte dessas células havia sido empregada em operações reais durante a Primeira Guerra do Golfo (1990–1991), atuando a partir de bases na Arábia Saudita em missões de ataque contra posições iraquianas. Essas experiências conferiam ao material não apenas valor operacional comprovado, mas também uma dimensão histórica que ressaltava a maturidade e a confiabilidade do projeto Skyhawk em cenários de conflito moderno. Uma vez definido que a opção mais viável para a reativação da Aviação de Asa Fixa da Marinha do Brasil seria o lote de aeronaves A-4KU e TA-4KU disponibilizado pelo governo do Kuwait, iniciou-se um processo criterioso de avaliação técnica. Essa etapa foi conduzida por uma comitiva formada por engenheiros aeronáuticos, especialistas em manutenção, pilotos de prova e oficiais da Marinha do Brasil, que viajaram ao país árabe. As análises envolveram exame estrutural completo; checagem dos sistemas hidráulicos, elétricos e aviônico; avaliação dos motores Pratt & Whitney J52 e vistorias de componentes removíveis (assentos ejetores, radares, equipamentos de navegação e sistemas de oxigênio). Neste contexto os oficiais brasileiros também avaliaram a disponibilidade de sobressalentes, incluindo motores, asas, superfícies móveis e uma extensa gama de peças menores, que seriam essenciais para o suporte logístico após a incorporação. Após a escolha, as aeronaves foram revisadas, desmontadas e preparadas para transporte marítimo, chegando ao porto do Rio de Janeiro em 5 de setembro de 1998. Paralelamente, foi determinada a criação de uma unidade especializada para operar os novos jatos de ataque, culminando, em 2 de outubro de 1998, na ativação do 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1), sediado no complexo militar de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro. O treinamento dos pilotos foi estruturado em duas fases. A primeira etapa envolveu a participação da Força Aérea Brasileira (FAB), utilizando suas unidades de instrução. A segunda etapa foi conduzida nos Estados Unidos, na Estação Aeronaval de Kingsville (Naval Air Station Kingsville), no Texas. Nesse período, os oficiais aviadores brasileiros realizaram qualificações para pouso em porta-aviões e treinamento no emprego de sistemas de armamento, utilizando aeronaves de treinamento avançado McDonnell Douglas T-45 Goshawk. Ao longo de 1999, o A-11 Minas Gerais passa por adequações para operar o Skyhawk, incluindo revisão dos cabos de parada, ajustes no sistema de espelhos óticos (FLOLS) e avaliação da catapulta BS-4, já antiga, mas ainda funcional para jatos leves.

Em 26 de maio de 2000, a Aviação Naval da Marinha do Brasil alcançou um marco significativo ao realizar o primeiro voo de um Douglas A-4KU Skyhawk pilotado por um oficial aviador naval brasileiro. Esse evento representou um passo importante no processo de absorção doutrinária e operacional da frota recém-adquirida, que simbolizava a retomada da aviação de asa fixa embarcada após décadas de restrições. Poucos meses depois, entre 11 e 13 de setembro daquele ano, tiveram início os primeiros procedimentos de toque e arremetida no convoo (Touch and Go) do navio-aeródromo A-11 Minas Gerais. Tais operações foram essenciais para a adaptação dos pilotos ao ambiente embarcado, introduzindo gradualmente a complexa rotina de pousos e decolagens em um convoo de dimensões reduzidas. Na sequência, entre os dias 18 e 21 de janeiro de 2001, ocorreram os primeiros pousos completos e catapultagens a bordo do mesmo navio, consolidando uma nova fase da aviação de ataque naval brasileira. Apesar do modelo ser declarado plenamente operacional ao fim deste processo, o porta aviões brasileiro já contava com mais de 50 anos de serviço, operando sob restrições estruturais e de propulsão gerando a necessidade de sua substituição a curto prazo. Ainda sim mesmo com este contexto, seriam realizados inúmeros voos de qualificação; procedimentos de aproximação e testes de adequação dos sistemas ao AF-1A. Apesar das limitações, o navio cumpriu seu papel de “ponte operacional”, com o comando da Marinha do Brasil passando a estudar alternativas para a aquisição de um novo navio aeródromo. Neste mesmo período Marinha Nacional Francesa iniciou um processo de modernização de sua frota, preparando-se para a entrada em serviço do novo porta-aviões de propulsão nuclear Charles de Gaulle. Isso implicaria a retirada progressiva dos dois antigos navios-aeródromo da classe Clemenceau, que seriam desmanchados ou ainda possivelmente vendidos. As discussões entre Brasil e França começaram discretamente em 2000, concomitantemente ao processo de adaptação dos AF-11 ao A-11 Minas Gerais. Já naquele período se sabia que o veterano navio aerodromo não suportaria por muito tempo as demandas que o Skyhawk exigia. Em novembro do ano de 2000 seria assinado o contrato de compra do Foch foi estimado em 300 milhões de francos ou 12 milhões de dólares, incluídos nesse total os custos dos trabalhos no Arsenal de Brest e o término da retirada dos isolamentos de amianto existentes no navio, já vinham sendo realizados a três anos. Em 4 setembro de 2000, o Foch iniciou em Toulon o processo de adaptação para transferência a Marinha do Brasil, tendo a partir dessa data, já incluídos em sua tripulação os primeiros marinheiros brasileiros que iniciaram assim o processo de familiarização com o navio. Em 15 de novembro de 2000 foi realizada em Brest a cerimônia de transferência e incorporação a Marinha do Brasil do Navio Aeródromo A-12 São Paulo, ex-Foch, passando a ser nova nau capitania da Esquadra Brasileira. Imediatamente após a sua chegada no Brasil em fevereiro de 2001, seriam iniciados os processos de treinamento de adaptação das equipagens 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1) para operação embarcada. Em maio do mesmo ano, foi realizada a comissão CATRAPO I, com os primeiros toques e arremetidas dos caças AF-1 Skyhawk, com o primeiro pouso a bordo ocorrendo no dia 30 de julho. Em 1º de agosto, foi feito o primeiro lançamento pela catapulta de avante, e no dia 3, outro lançamento empregando a catapulta lateral. Nessa comissão foram realizados um total de 21 pousos e decolagens, para validação dos Boletins de Lançamento e Recolhimento. Entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro, em uma área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio, a Marinha do Brasil concluiu uma fase decisiva de adestramento de pilotos e tripulações de aeronaves de asa fixa e helicópteros, bem como o Programa de Validação dos Boletins de Lançamento e Recolhimento (BLR) referentes à operação das aeronaves AF-1 Skyhawk a bordo do porta-aviões brasileiro. Foi durante essa comissão, no dia 30 de agosto, que ocorreram os primeiros pousos enganchados realizados por aviadores navais brasileiros em aeronaves AF-1. Os pousos históricos foram protagonizados pelas aeronaves N-1009, pilotada pelo Capitão de Corveta José Vicente Alvarenga Filho, e N-1014, sob comando do Capitão de Corveta Fernando Souza Vilela.
No dia seguinte, 31 de agosto, foram realizadas as primeiras catapultagens operacionais, envolvendo as aeronaves N-1011 e N-1009, consolidando a plena integração do Skyhawk ao ambiente embarcado. Ao término da comissão, haviam sido contabilizados 52 pousos e decolagens, resultado que evidenciava a maturidade operacional recém-alcançada pelo 1º Esquadrão de Interceptação e Ataque (VF-1). Ainda em dezembro de 2001, dois AF-1A Skyhawk partiram da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia rumo à Base Aérea de Natal, onde realizaram os primeiros disparos reais de mísseis AIM-9H Sidewinder em território nacional. Os mísseis, submetidos a processos de revisão, revalidação e modernização por três importantes empresas brasileiras do setor de defesa Mectron S/A, Avibrás S/A e Imbel S/A tiveram desempenho irrepreensível, com 100% de sucesso nos lançamentos. Esse resultado permitiu que o VF-1 fosse oficialmente homologado para operações plenas, não apenas no âmbito embarcado, mas também no emprego de armamentos ar-ar guiados por infravermelho. À época, o planejamento da Marinha do Brasil previa manter até 15 aeronaves operacionais para compor o Grupo Aéreo Embarcado. Em alguns períodos, chegou-se a contabilizar cerca de 20 células em condições de voo, um número expressivo para uma frota adquirida de segunda mão e que exigia significativo esforço de manutenção. Nos anos que se seguiram, os AF-1A Skyhawk seriam empregados de maneira intensa e contínua, participando de inúmeros exercícios nacionais e multinacionais, frequentemente atuando em cooperação com a Força Aérea Brasileira (FAB). Entretanto, ao longo do tempo, a disponibilidade das aeronaves sofreu queda gradual e perceptível, em grande parte devido às restrições orçamentárias que afetaram todo o conjunto das Forças Armadas. Esse cenário tornou progressivamente mais difícil a manutenção das qualificações dos pilotos e reduziu a frequência das operações embarcadas no porta-aviões A-12 São Paulo. Como resposta a esse desafio, o comando do esquadrão adotou uma estratégia de mitigação: manter em operação constante as três aeronaves biplaces AF-1B, permitindo que dois pilotos compartilhassem as limitadas horas de voo, preservando assim o nível mínimo de proficiência exigido. De forma curiosa embora plenamente justificável essas versões bipostas nunca chegaram a operar embarcadas. A razão residia no fato de que existiam apenas três unidades desse modelo, e a Aviação Naval optou por evitar sua exposição ao elevado risco inerente aos pousos e decolagens em convoo, preservando assim essas valiosas células para instrução continuada e segurança doutrinária. Após treze anos da incorporação dos McDonnell Douglas A-4KU e TA-4KU Skyhawk aeronaves que haviam se tornado o principal vetor de asa fixa da Aviação Naval brasileira o Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav) reconheceu a necessidade de preservar a capacidade operativa conquistada ao longo da década de 1990. Naquele momento, as células remanescentes começavam a apresentar sinais de desgaste natural, resultado de anos de intenso emprego operacional e das condições impostas pelas operações embarcadas. Assim, tornou-se imperativo implementar um programa de modernização abrangente, capaz de garantir a continuidade das operações até que fosse possível planejar e adquirir um substituto mais moderno. Nesse contexto, foi celebrado em 14 de abril de 2000 um contrato com a Embraer S/A, inicialmente prevendo a modernização de doze aeronaves consideradas em melhor estado estrutural. A decisão refletia tanto uma preocupação estratégica manter ativa a única aviação de caça embarcada da América do Sul quanto um esforço para preservar competências técnicas já consolidadas no âmbito da Marinha do Brasil.

O programa contemplava uma revitalização estrutural completa e a atualização de diversos sistemas essenciais ao emprego moderno da aeronave. Entre os avanços previstos destacavam-se: Modernização do piloto automático, permitindo ao piloto dedicar maior atenção à missão, especialmente ao gerenciamento dos sistemas embarcados; Integração de novos sistemas de autodefesa, incluindo o Radar Warning Receiver (RWR), cuja função era detectar emissões hostis e permitir ao piloto adotar manobras evasivas frente a ameaças como mísseis guiados ou aeronaves inimigas; Instalação de um terceiro rádio VHF, com capacidade de transmissão de dados via data-link, empregando equipamentos Rohde & Schwarz; Integração do radar altímetro e do sistema TACAN, centralizados em um Conformal Multi-Function Display (CMFD), recurso que reforçava a consciência situacional, especialmente durante operações embarcadas e voos por instrumentos; Atualização completa dos instrumentos do motor, reunindo informações em uma única tela, com avisos sonoros sobre limites operacionais e maior clareza nos indicadores; Implantação de estações de briefing e debriefing, que otimizavam o planejamento das missões, reduzindo o uso de aviônicos de bordo, aperfeiçoando a análise dos dados de voo e contribuindo de forma significativa para o treinamento e aperfeiçoamento das tripulações. O primeiro protótipo modernizado o AF-1B N-1011 — realizou seu voo inaugural em 17 de julho de 2013. Após a conclusão bem-sucedida da campanha de ensaios, o Comando da Marinha autorizou o envio progressivo das demais aeronaves à Embraer, e a primeira unidade operacionalmente disponível foi entregue em 26 de maio de 2014. Entretanto, dificuldades orçamentárias ao longo dos anos seguintes retardaram a entrega das unidades restantes. Em fevereiro de 2017, a desativação do navio-aeródromo A-12 São Paulo alterou profundamente o panorama estratégico da Aviação Naval. Sem a perspectiva imediata de operações embarcadas, o ComForAerNav decidiu reavaliar o escopo do programa, ajustando o número total de células que efetivamente seriam modernizadas, de modo a compatibilizar custos, necessidades operacionais e o novo planejamento de longo prazo da Marinha do Brasil. Em 20 de abril de 2022, a Embraer S/A entregou à Marinha do Brasil a última aeronave modernizada do modelo AF-1C. O programa de modernização contemplou um total de sete aeronaves, sendo cinco unidades monoplaces AF-1B e duas unidades biplaces AF-1C. Essas aeronaves proporcionaram à Aviação Naval um vetor aéreo de tecnologia avançada, capaz de executar missões de inteligência, incluindo o acompanhamento de alvos de superfície. Entre os principais avanços, destacou-se a integração do radar israelense EL/M 2032, que oferece múltiplos modos de operação: ar-ar, ar-mar, ar-solo e navegação. Esse sistema permite detectar e rastrear alvos aéreos e de superfície, além de determinar a distância ar-solo para o subsistema de pontaria de armamentos. No modo TWS (Track While Scan), é possível localizar e rastrear automaticamente até 64 alvos terrestres ou de superfície simultaneamente, enquanto o modo SAR (Synthetic Aperture Radar) viabiliza o mapeamento terrestre em missões de reconhecimento. Essas capacidades, combinadas aos radares 997 Artisan instalados no Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico, reforçam a eficiência da Força Naval em missões de interceptação, ataque e defesa aérea. Apesar da desativação do navio-aeródromo A-12 São Paulo e da operação de uma frota reduzida, a manutenção das aeronaves modernizadas visa preservar a doutrina operacional da aviação de ataque com aeronaves de asa fixa. Esse esforço busca assegurar a continuidade dessas capacidades até que os jatos AF-1C Skyhawk sejam substituídos por novos vetores no futuro próximo.
Em Escala.
Para representarmos o McDonnell Douglas A-4KU AF-1 Skyhawk "MB 1005" optamos pelo kit da Hobbycraft na escala 1/48, modelo este que apresenta bom nível de detalhamento, incluindo amplo leque de configuração de cargas externas semelhantes as adotadas em sua operação no Brasil. Vale salientar que recentemente a Hasegawa lançou uma edição especial e limitada com os A-4KU da Marinha do Brasil Empregamos decais confeccionados pela FCM Decais, presentes no Set 48/44, mesclados com decais originais do modelo.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura tático empregado em todos McDonnell Douglas A4-KU e TA-4KU recebidos pela Marinha do Brasil, somente o AF-1 1001 recebeu um padrão de pintura diferenciado na cor cinza FS-26187, aplicado para a cerimônia de apresentação das aeronaves no dia 2 de outubro de 1998 durante as comemorações do 82º Aniversário da Aviação Naval. Já as aeronaves modernizaras apresentam um padrão de pintura de baixa visibilidade com as marcações em low wiz.
Bibliografia :
- Revista Força Aérea Número 13 - Luciano Melo Ribeiro
- Revista Força Aérea Número 21 - Eduardo Baruffi Valente
- Asas Sobre o Mares - Aviação Naval Brasileira, Prof Rudnei Dias Cunha
- McDonnell Douglas A-4 Skyhawk - Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/McDonnell_Douglas_A-4_Skyhawk
- McDonnell Douglas A-4 Skyhawk - Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/McDonnell_Douglas_A-4_Skyhawk
- Poder Naval - www.naval.com.br , Alexandre Galante
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