No final da década de 1930, o mundo testemunhava uma crescente instabilidade geopolítica que anunciava a iminência de um conflito global de proporções devastadoras. Na Europa, as ambições expansionistas da Alemanha nazista, sob a liderança de Adolf Hitler, manifestavam-se em ações como a anexação da Áustria em 1938 (Anschluss) e a ocupação dos Sudetos na Tchecoslováquia no mesmo ano, desafiando diretamente as disposições do Tratado de Versalhes de 1919. Essas ações, combinadas com a Política de Apaziguamento adotada por potências como a Grã-Bretanha e a França, revelavam a fragilidade dos esforços internacionais para manter a paz. No Extremo Oriente, o Império do Japão intensificava sua campanha imperialista, iniciada com a invasão da Manchúria em 1931 e ampliada pela guerra contra a China a partir de 1937. Esses eventos, aliados à incapacidade da Liga das Nações de conter tais agressões, sinalizavam que o mundo se encaminhava inexoravelmente para uma grande conflagração. Diante desse cenário, o governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Franklin D. Roosevelt, reconheceu a necessidade urgente de fortalecer suas forças armadas. A partir de 1938, programas de modernização militar foram implementados, com foco na preparação para possíveis ameaças futuras. O poder naval, em particular, emergiu como uma prioridade estratégica, dado o papel crítico das rotas marítimas para o comércio global e a defesa nacional. A expansão da Marinha Imperial Japonesa, que na década de 1930 incorporou navios avançados como os porta-aviões Kaga e Akagi e encouraçados da classe Yamato, representava um desafio direto à supremacia naval das potências ocidentais no Pacífico. Na Europa, a Kriegsmarine alemã, apesar das limitações impostas pelo Tratado de Versalhes, desenvolvia uma força significativa de submarinos (U-boats). Relatórios de inteligência britânicos de 1939 estimavam que a Alemanha operava cerca de 57 submarinos, um número que aumentaria para mais de 200 em 1941, com a introdução de modelos como o Tipo VII, amplamente utilizado na Batalha do Atlântico. Essa frota de submarinos representava uma ameaça direta às linhas de abastecimento marítimo da Grã-Bretanha, que dependia de importações de alimentos, combustíveis e matérias-primas provenientes principalmente dos Estados Unidos e do Canadá. A possibilidade de uma campanha coordenada de U-boats para interromper essas rotas vitais colocava em risco a sobrevivência britânica em um eventual conflito. A Marinha Real Italiana, sob o regime de Benito Mussolini, também contribuía para o cenário de tensão, desenvolvendo uma frota de submarinos que, embora menos numerosa que a alemã, ampliava as preocupações aliadas no Mediterrâneo. Esse contexto exigia uma resposta estratégica que combinasse eficiência operacional com a capacidade de expandir rapidamente as frotas navais. Na década de 1930, os contratorpedeiros (destroyers) eram peças centrais das estratégias navais, projetados para combinar alta velocidade e manobrabilidade na escolta de embarcações de maior porte, como encouraçados e porta-aviões, e na proteção de comboios contra ataques de submarinos e torpedeiros. Esse conceito culminou no desenvolvimento da Classe Fletcher, que, a partir de 1942, com a construção de 175 unidades, destacou-se por sua versatilidade em missões que incluíam combate antissubmarino, apoio a operações anfíbias e defesa antiaérea durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, a necessidade de aumentar rapidamente o número de navios disponíveis, sem comprometer os recursos industriais e financeiros, levou os comandantes navais a buscar alternativas mais econômicas. A Marinha Real Britânica (Royal Navy) já havia implementado uma solução eficaz com as corvetas, navios menores e de baixo custo projetados para escolta de comboios mercantes.
A Classe Flower, com cerca de 267 unidades construídas entre 1939 e 1945, tornou-se um pilar da Batalha do Atlântico, oferecendo proteção antiaérea e antissubmarino a um custo significativamente inferior ao dos contratorpedeiros. Embora menos armadas e mais lentas, as corvetas provaram ser eficazes em operações de escolta, inspirando outras marinhas aliadas, incluindo a dos Estados Unidos. Nesse contexto, os especialistas do corpo de engenharia naval da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) desenvolveram os contratorpedeiros de escolta (Destroyer Escorts), uma categoria de navios projetada para combinar eficiência operacional com custos reduzidos, liberando assim os contratorpedeiros para a proteção de comboios intercontinentais, ou ainda a compor os sistemas defensivos de frota de navios mais valiosos, como os porta-aviões. Essas embarcações foram concebidas para proteger comboios de navios mercantes em áreas litorâneas e reforçar os sistemas defensivos de frotas que incluíam navios estratégicos, como porta-aviões. Entre os modelos desenvolvidos, a Classe Cannon destacou-se por suas expectativas operacionais promissoras, tornando-se um pilar da estratégia naval americana durante a Segunda Guerra Mundial. Este conceito básico derivaria para o desenvolvimento e produção de diversos modelos de contratorpedeiros de escolta, se destacando a Classe Cannon, que apresentava excelentes expectativas operacionais. A fim de atender as demandas emergenciais, no final do ano de 1942, seria celebrado com os estaleiros Dravo Corporation Federal Shipbuilding & Drydock Company, ambos situados em Newark, New Jersey, contratos envolvendo a aquisiçao de cento e dezesseis navios. Os navios desta classe seriam construídos com chapas de aço médio preto e decapado, de espessura variável de 1/8” até 2”, sistema de construção transversal, sendo longitudinal o travamento o principal, 171 cavernas transversais, dividido em 73 compartimentos estanques e um convés corrido. Possuía as seguintes características principais: 1512 toneladas de deslocamento normal; 1600 toneladas de deslocamento máximo 93,33 m de comprimento total; 90,0 m de comprimento entre perpendiculares; 11,14 m de boca máxima;3,60 m de calado máximo. Deveriam ser equipados com um sistema de propulsão diesel elétrica, distribuída por quatro praças de máquinas, a saber: dois motores diesel principais, General Motors, 16-278A, dois tempos, oito cilindro sem “V”, injeção sólida, 1700 hp de potência cada, 750 rpm, 3.400 hp de potência total, localizados um em cada praça. Cada motor acionaria diretamente um gerador tipo D.C.2, excitação separada, corrente contínua (CC), 750 rpm, 1.200 kW, 525 volts, 2.290 amperes, que alimentavam quatro motores elétricos principais, dois para cada eixo, ligados em série, modelo D.C.814,5, corrente contínua, 600 rpm, 525 volts, 1.500 hp de potência cada, 3.000 hp de potência total. Em cada praça ficava localizado um motor elétrico e acionavam dois hélices de três pás; dois lemes compensados e conjugados com comando elétrico hidráulico automático, desempenhando 20,2 nós de velocidade máxima em emergência, 19,2 nós de velocidade máxima sustentável, 17 nós a toda força, 15 nós de velocidade padrão e 11 nós de velocidade econômica.

O sistema de propulsão da Classe Cannon era baseado em uma configuração diesel-elétrica, projetada para garantir eficiência e confiabilidade. A propulsão era fornecida por quatro motores elétricos principais de corrente contínua, modelo QVDC-8145, fabricados pela Westinghouse, com excitação separada. Cada motor, com potência de 1.500 HP a 600 RPM, era disposto em pares por eixo, totalizando 3.000 HP, acionando duas hélices de três pás. Esses motores eram alimentados por dois dínamos principais por eixo, garantindo redundância e robustez operacional. A energia elétrica era gerada por quatro grupos de motores diesel-geradores General Motors, divididos em dois modelos: 8-268A (200 kW) e 3-268A (100 kW), que acionavam alternadores Westinghouse. O sistema de propulsão conferia ao navio um desempenho notável, com velocidades que variavam de 11 nós (econômica) a 20,2 nós (emergência). O raio de ação era igualmente impressionante: 13.000 milhas náuticas na velocidade econômica e 8.500 milhas náuticas na velocidade máxima sustentável, possibilitado por tanques com capacidade de 32 toneladas de óleo combustível diesel e 18 toneladas de óleo lubrificante. A Classe Cannon contava com um sistema de destilação de baixa pressão, capaz de produzir 4.000 galões de água potável por dia, com capacidade de atingir 5.000 galões em situações de emergência. Esse recurso era essencial para a autonomia das tripulações em longas missões de escolta. Os paióis de munição, projetados com ventilação em vez de refrigeração, garantiam a segurança e a acessibilidade do armamento, que incluía cargas de profundidade, torpedos e munições para canhões antiaéreos e de superfície. As comunicações eram um aspecto crítico para a coordenação das operações navais. A Classe Cannon era equipada com um conjunto avançado de equipamentos de rádio, incluindo: Transmissores: TBL-7, TDE e CRV 52093 (ondas curtas); Receptores: CRV 46068 (ondas ultracurtas), RBE-1, RAO-2, RAL-6, RAK-6 e RBO; Comunicações visuais: Dois holofotes de 12 polegadas, bandeiras, lâmpadas Aldis e escote na verga do mastro principal. Esses sistemas permitiam comunicações confiáveis com outras embarcações, bases terrestres e forças aéreas, essenciais para a coordenação de comboios e respostas a ameaças. A Classe Cannon incorporava tecnologias avançadas para detecção e navegação, cruciais para operações em ambientes hostis. Para o combate antissubmarino, os navios eram equipados com o sistema QCT-1, semelhante a um sonar, capaz de detectar submarinos inimigos submersos. Para alvos de superfície, utilizavam o Radar SL, fabricado pela Western Electric & Co., com alcance de 60 milhas náuticas. A detecção de alvos aéreos era realizada pelo Radar SA, produzido pela RCA Manufacturing Co., com alcance de 375 milhas náuticas. A identificação de alvos aliados era assegurada pelo sistema IFF (Identification Friend or Foe) modelo BL-5, complementado por um respondedor ABK-7. A navegação era suportada por uma agulha giroscópica mestre Arma MK X Mod. 0, localizada na Sala de Controle de Informações de Combate (PCI), com repetidoras distribuídas pelo navio. Outros instrumentos incluíam um calculador e traçador de derrota (CTD), duas agulhas magnéticas (um padrão no tijupá e outra de governo no passadiço), um radiogoniômetro DP13 e um ecobatímetro NJ-9, fabricado pela Submarine Signal Company, para medição de profundidade.
A manobrabilidade era assegurada por dois lemes compensados e conjugados, controlados por um sistema eletro-hidráulico automático, que proporcionava precisão em operações complexas. Para ancoragem, os navios dispunham de dois ferros tipo Dunn, sistema Hall, com 1.360 kg cada, talingados a duas amarras de sete quartéis, garantindo estabilidade em portos ou durante paradas estratégicas. Para garantir a segurança de suas tripulações em situações de emergência, os navios da Classe Cannon eram equipados com recursos robustos de salvamento. Cada embarcação dispunha de: Uma lancha motorizada a diesel, com capacidade para 24 homens; Quatro balsas de cortiça, capazes de acomodar até 100 homens; Cinco redes flutuantes, com capacidade total para 125 homens. Esses equipamentos asseguravam a evacuação segura da tripulação em caso de danos críticos, refletindo o compromisso da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) com a preservação de vidas em operações de alto risco. A Classe Cannon foi projetada com um conjunto de armamentos balanceado para enfrentar ameaças aéreas, de superfície e submarinas. Cada navio era equipado com cinco canhões, distribuídos da seguinte forma: Bateria principal: Três canhões de 76,2 mm (3”/50), fabricados pela Michele PP & MFG Co., com alcance máximo de 12.200 jardas (aproximadamente 11.000 metros) e alcance eficaz de 4.000 jardas (aproximadamente 3.650 metros). Esses canhões eram ideais para engajar alvos de superfície e oferecer apoio antiaéreo moderado. Bateria secundária: Dois canhões de 40 mm, montados em reparo duplo, com alcance máximo de 11.000 jardas (aproximadamente 10.000 metros) e alcance eficaz de 2.800 jardas (aproximadamente 2.550 metros), voltados principalmente para defesa antiaérea. Metralhadoras antiaéreas: Oito metralhadoras Oerlikon de 20 mm, com alcance máximo de 4.800 jardas (aproximadamente 4.400 metros) e alcance eficaz de 2.000 jardas (aproximadamente 1.800 metros), amplamente utilizadas contra aeronaves de baixa altitude. Além disso, os navios contavam com um reparo aéreo triplo de tubos lança-torpedos, fabricado pela Nordberg Mfg-Co., projetado para lançar torpedos Bliss Lewitt de 21 polegadas (533 mm). Esse armamento conferia à Classe Cannon a capacidade de enfrentar uma ampla gama de ameaças, desde submarinos até aeronaves inimigas, garantindo sua eficácia em missões de escolta. O primeiro navio da Classe Cannon, o USS Cannon (DE-99), foi comissionado em 26 de setembro de 1943, marcando o início de uma série de embarcações que desempenhariam papéis vitais na Segunda Guerra Mundial. Os seis primeiros navios da classe — USS Cannon (DE-99), USS Christopher (DE-100), USS Alger (DE-101), USS Thomas (DE-102), USS Bostwick (DE-103) e USS Breeman (DE-104) — foram rapidamente alocados para operações no Oceano Atlântico, protegendo comboios mercantes em rotas cruciais entre os Estados Unidos e a Europa. Essas missões, executadas com notável bravura, foram essenciais para manter o fluxo de suprimentos vitais para os aliados, especialmente durante a intensificação da Batalha do Atlântico. Um destaque operacional foi a atuação do USS DE-189, que recebeu a prestigiosa Citação da Unidade Presidencial por sua campanha antissubmarino entre fevereiro e março de 1944, ao largo das Bermudas, no Caribe. Essa condecoração reconheceu a eficiência da Classe Cannon no combate aos U-boats alemães, que representavam uma ameaça constante aos comboios aliados.

Com o comissionamento de mais navios, a Classe Cannon foi distribuída tanto no Atlântico quanto no Pacífico, apoiando operações anfíbias e a proteção de frotas estratégicas. Em 1944, a classe foi incluída no programa Lend-Lease (Lei de Arrendamento e Empréstimo), uma iniciativa americana que fornecia equipamentos militares aos aliados. Nesse contexto, oito contratorpedeiros de escolta foram transferidos para a Marinha do Brasil, com o objetivo de reforçar a proteção de comboios mercantes que transportavam matérias-primas essenciais do Brasil para os Estados Unidos. Esses navios, redesignados pela Marinha Brasileira, desempenharam um papel significativo na defesa das rotas marítimas no Atlântico Sul, fortalecendo a cooperação entre as nações aliadas. . À medida que o conflito se aproximava do fim, a Classe Cannon continuou a demonstrar sua relevância, com seis navios comissionados diretamente para as Forças Francesas Livres, lideradas pelo General Charles de Gaulle, para apoiar as operações complementares à invasão da Normandia. O último navio da Classe Cannon, o USS Sutton (DE-771), foi lançado ao mar em 6 de agosto de 1944. Nesse momento, a ameaça de submarinos inimigos havia diminuído significativamente, tanto no Oceano Atlântico quanto no Pacífico, devido à superioridade naval aliada e à redução da capacidade operacional da Kriegsmarine alemã e da Marinha Imperial Japonesa. Com base nesse cenário, a US Navy decidiu cancelar a construção dos 44 navios restantes da classe, encerrando a produção após a entrega de 72 unidades. Ao término da Segunda Guerra Mundial a grande maioria destes navios seria colocada na reserva da Marinha dos Estados Unidos (US Navy). Contudo, esses navios encontraram nova vida por meio do Programa de Defesa e Assistência Mútua (MDAP, Mutual Defense Assistance Program), instituído em 1949 para fortalecer as marinhas de nações aliadas durante a Guerra Fria. Sob esse programa, a Classe Cannon foi transferida para diversas forças navais ao redor do mundo, reforçando a cooperação militar internacional. Em 1950 seis navios seriam cedidos a Marinha da Real da Holanda (RNN), quatro para a Marinha da República da China - Taiwan (ROCN). Ao longo dos anos seguintes oito seriam transferidos a Marinha Nacional Francesa (Marine Nationale), dois para a Marinha da República da Coreia (ROK), quatro para a Marinha Helênica (ΠΝ), três para a Marinha Militar Italiana (Marina Militare), dois para a Força de Autodefesa Marítima do Japão (JMSDF), três para a Marinha de Guerra do Peru (MGP), cinco para a Marinha das Filipinas (PN), dois para a Armada Nacional do Uruguai e por fim um navio para a Marinha Real da Tailândia (RTN). A maioria dos navios da Classe Cannon transferidos permaneceu em serviço ativo até a segunda metade da década de 1960, quando começaram a ser gradualmente desativados devido ao avanço tecnológico e à introdução de embarcações mais modernas. Nos Estados Unidos, os últimos navios ainda em reserva foram retirados da lista ativa em 1973 e posteriormente sucateados, marcando o fim de sua operação sob a bandeira americana. Notavelmente, a Classe Cannon demonstrou uma longevidade excepcional em algumas marinhas estrangeiras. Em 2018, a Marinha das Filipinas descomissionou o BRP Rajah Humabon (PS-11, ex-USS Atherton DE-169), um dos últimos navios da classe ainda em operação. Surpreendentemente, o HTMS Pin Klao (DE-413, ex-USS Hemminger DE-746), operado pela Marinha Real da Tailândia, permanece em serviço ativo até o presente, em 2025, destacando a durabilidade e a adaptabilidade do projeto da Classe Cannon
Emprego na Marinha do Brasil
No início da Segunda Guerra Mundial, a possibilidade de uma invasão do continente americano pelas potências do Eixo — Alemanha, Itália e Japão — tornou-se uma preocupação crescente para o governo dos Estados Unidos. A capitulação da França em junho de 1940 intensificou esses temores, especialmente com a possibilidade de que a Alemanha nazista estabelecesse bases operacionais em territórios coloniais franceses, como as Ilhas Canárias, Dacar (atual Senegal) e outras possessões na África Ocidental. Nesse cenário, o Brasil emergiu como um ponto estratégico vulnerável devido à sua proximidade geográfica com o continente africano, que, após a campanha alemã no Norte da África iniciada em 1940, figurava nos planos expansionistas do Terceiro Reich. Além disso, as conquistas japonesas no Sudeste Asiático e no Pacífico Sul, incluindo a ocupação de territórios como a Indochina em 1940 e as Filipinas em 1942, transformaram o Brasil no principal fornecedor de látex para os Aliados, uma matéria-prima essencial para a produção de borracha, indispensável na indústria bélica para pneus, vedações e outros componentes. A costa nordeste brasileira, particularmente, adquiriu relevância estratégica devido à sua posição como o ponto mais próximo entre os continentes americano e africano. Essa localização favorecia o estabelecimento de bases aéreas e portos para o translado de tropas, veículos, suprimentos e aeronaves destinados aos teatros de operações na Europa e no Norte da África, especialmente durante campanhas cruciais como a Operação Tocha (invasão aliada do Norte da África em novembro de 1942). Diante dessas ameaças, o governo brasileiro, sob a liderança do presidente Getúlio Vargas, intensificou a aproximação política e econômica com os Estados Unidos. Essa colaboração resultou em uma série de acordos estratégicos, com destaque para a adesão do Brasil ao Lend-Lease Act (Lei de Arrendamento e Empréstimo), promulgada pelo Congresso americano em março de 1941. O programa tinha como objetivo fornecer apoio militar às nações aliadas, promovendo a modernização de suas forças armadas para enfrentar as potências do Eixo. No caso do Brasil, o acordo garantiu uma linha de crédito inicial de US$ 100 milhões (equivalente a cerca de US$ 2 bilhões em valores ajustados para 2025), destinada à aquisição de armamentos modernos, incluindo aeronaves, veículos blindados, carros de combate e equipamentos navais. Na época, as Forças Armadas Brasileiras enfrentavam um estado de quase obsolescência, com equipamentos defasados e uma doutrina operacional militar inadequada para os desafios de um conflito global. Os recursos do Lend-Lease foram cruciais para reequipar e capacitar o Exército, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha do Brasil, permitindo que o país desempenhasse um papel ativo na defesa do continente americano e na proteção das rotas marítimas no Atlântico Sul. Um dos maiores desafios enfrentados pelo Brasil durante a Segunda Guerra Mundial foi a campanha de guerra antissubmarino (ASW, Anti-Submarine Warfare). Submarinos alemães, particularmente os U-boats da Kriegsmarine, intensificaram seus ataques contra a navegação civil no Atlântico Sul a partir de 1941, visando interromper o comércio exterior brasileiro, que transportava matérias-primas essenciais, Ascensão de 1942, após o Brasil declarar guerra à Alemanha, intensificou esses esforços, com a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) liderando operações aeronavais para proteger os comboios mercantes. A partir do final de 1942, a Força Aérea Brasileira, equipada com aeronaves especializadas, como os bombardeiros Lockheed Hudson, assumiu uma parcela significativa dessas missões, realizando patrulhas costeiras e ataques a submarinos.
Nesta fase a Marinha do Brasil enfrentava desafios significativos para contribuir com o esforço de guerra aliado, particularmente na campanha de guerra antissubmarino (ASW, Anti-Submarine Warfare). A ameaça dos submarinos alemães (U-boats) e italianos no Atlântico Sul, intensificada após a entrada do Brasil no conflito em agosto de 1942, exigia uma frota naval moderna e equipada para proteger os comboios mercantes que transportavam matérias-primas essenciais, como látex, para os Estados Unidos. No entanto, a Marinha brasileira dispunha de recursos limitados, contando apenas com seis navios mineiros da Classe Carioca, construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, na Ilha das Cobras, entre as décadas de 1930 e 1940. Esses navios, reclassificados como corvetas após o início do conflito, estavam equipados com sensores e radares adequados para detecção de submarinos, mas seu armamento — um único canhão de 102 mm e lançadores de minas marítimas — era insuficiente para enfrentar os modernos U-boats da Kriegsmarine alemã e os submarinos italianos da Regia Marina. A obsolescência da frota brasileira, tanto em termos de equipamentos quanto de doutrina operacional, demandava uma modernização urgente para que o país pudesse desempenhar um papel efetivo na defesa do Atlântico Sul. Assim dentro dos termos de cooperação, seria determinada a transferência de navios pertencentes a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), sendo inclusos caça submarinos das Classes PC-461, SC-497 e por fim de oito contratorpedeiros de escolta da classe Cannon. A transferência dos contratorpedeiros de escolta da Classe Cannon representou um marco na modernização da Marinha do Brasil. Esses navios, projetados para missões de escolta costeira e combate antissubmarino, introduziram novos equipamentos, táticas e conceitos operacionais, tornando-se a espinha dorsal da esquadra brasileira durante o conflito. Equipados com sistemas de propulsão diesel-elétrica, que permitiam ajustes graduais de velocidade para acompanhar comboios, os navios da Classe Cannon eram extremamente manobráveis e versáteis, capazes de enfrentar submarinos tanto em operações submersas quanto na superfície. Seu armamento, que incluía canhões de 76,2 mm, metralhadoras antiaéreas Oerlikon de 20 mm e tubos lança-torpedos, conferia-lhes a capacidade de responder a ameaças aéreas, de superfície e submarinas. Em 1º de agosto de 1944, o Contratorpedeiro de Escolta Bertioga (Be-1), ex-USS Pennewill (DE-175), foi entregue à Marinha do Brasil em uma cerimônia realizada na Base Naval de Natal, Rio Grande do Norte, presidida pelo Vice-Almirante Jonas H. Ingram, comandante da Quarta Esquadra da US Navy. O navio foi oficialmente incorporado à Força Naval do Nordeste em 3 de agosto de 1944, por meio do Aviso Ministerial nº 1276, com sua Mostra de Armamento realizada no dia seguinte, 4 de agosto. Entre 21 de agosto de 1944 e 18 de setembro de 1945, o Bertioga desempenhou um papel crucial em missões de escolta de comboios, operações de caça antissubmarino e apoio ao serviço aéreo de evacuação de tropas americanas provenientes da Europa. Durante esse período, o navio navegou impressionantes 211.977,4 milhas náuticas e permaneceu 921,5 dias no mar, demonstrando sua robustez e confiabilidade. Após o término do conflito, o Bertioga continuou em serviço ativo. Em 29 de dezembro de 1946, por meio do Aviso Ministerial nº 1918, o navio foi incorporado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros da Esquadra, ao lado de outros navios da Classe Cannon. A partir de 1º de janeiro de 1963, passou a integrar o 1º Esquadrão de Contratorpedeiros de Escolta (DivCTE 11). Sua carreira na Marinha do Brasil chegou ao fim em 7 de fevereiro de 1964, quando o Aviso Ministerial nº 219 determinou sua baixa do Serviço Ativo da Armada. A Mostra de Desarmamento foi realizada em 22 de julho de 1964, no Porto do Rio de Janeiro, encerrando quase 20 anos de serviço.

O Contratorpedeiro de Escolta Beberibe (Be-2), ex-USS Herzog (DE-178), foi o segundo navio da Marinha do Brasil a receber esse nome, em homenagem ao rio homônimo em Pernambuco. Construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, Nova Jersey, o Beberibe foi transferido por empréstimo à Marinha do Brasil em 1º de agosto de 1944, durante uma cerimônia realizada na Base Naval de Natal, Rio Grande do Norte. Na ocasião, o comando do navio foi assumido pelo Capitão-de-Corveta Mário Pinto de Oliveira, que liderou a tripulação em suas primeiras missões. Incorporado à Força Naval do Nordeste, o Beberibe desempenhou missões de escolta de comboios e patrulha antissubmarino no Atlântico Sul até 18 de setembro de 1945, contribuindo para a proteção de rotas marítimas cruciais para o transporte de matérias-primas, como látex, destinadas ao esforço de guerra aliado. Com a reestruturação da Esquadra Brasileira pelo Decreto nº 8.273, de 4 de dezembro de 1945, o Beberibe foi designado para a 2ª Flotilha de Contratorpedeiros, ao lado de outros navios da Classe Bertioga. Em 20 de julho de 1953, o navio foi definitivamente transferido para o Brasil sob os termos do Programa de Assistência Mútua (MDAP, Mutual Defense Assistance Program), que visava fortalecer as marinhas de nações aliadas durante a Guerra Fria. Em 1955, com a padronização dos indicativos de casco da Marinha do Brasil, o Beberibe teve seu indicativo alterado para D-19. No início da década de 1960, foi reclassificado como Aviso Oceânico, com a remoção de seu armamento original, incluindo canhões de 76,2 mm e metralhadoras Oerlikon de 20 mm, e seu indicativo visual foi alterado para U-29. O navio permaneceu em operação até 1968, quando foi desativado e vendido para desmanche, encerrando quase 24 anos de serviço. O Contratorpedeiro de Escolta Bracuí (Be-3), ex-USS Reybold (DE-177), foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome, em referência ao rio Bracuí, no estado do Rio de Janeiro. Também construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, Nova Jersey, o Bracuí foi transferido por empréstimo à Marinha do Brasil em 15 de agosto de 1944, na Base Naval de Natal. O comando inicial foi assumido pelo Capitão-de-Corveta Alberto Jorge Carvalhal, que liderou o navio em suas missões durante a Segunda Guerra Mundial. Assim como o Beberibe, o Bracuí foi integrado à Força Naval do Nordeste, participando de operações de escolta de comboios e patrulhas antissubmarino até o fim do conflito, em 18 de setembro de 1945. Com a reestruturação da Esquadra Brasileira pelo Decreto nº 8.273, de 4 de dezembro de 1945, o Bracuí foi alocado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros. Em 1955, seu indicativo de casco foi alterado para D-23, conforme a nova padronização da Marinha. No início da década de 1960, o navio foi reclassificado como Aviso Oceânico, com a remoção de seu armamento, e seu indicativo visual passou a ser U-23. O Bracuí permaneceu em serviço até 1972, quando foi desativado e vendido para desmanche, encerrando 28 anos de operação.
O Contratorpedeiro de Escolta Bauru (Be-4), ex-USS McAnn (DE-179), foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome em homenagem à progressista cidade de Bauru, no estado de São Paulo. Construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, Nova Jersey, o Bauru foi transferido por empréstimo à Marinha do Brasil em 15 de agosto de 1944, conforme o Aviso Ministerial nº 1326, durante uma cerimônia na Base Naval de Natal, Rio Grande do Norte. O comando foi assumido pelo Capitão-de-Corveta Sylvio Borges de Souza Motta, que liderou a tripulação em suas primeiras operações. Incorporado à Força Naval do Nordeste em 3 de agosto de 1944, por meio do Aviso Ministerial nº 1276, o Bauru teve sua Mostra de Armamento realizada no dia seguinte, 4 de agosto. Durante a Segunda Guerra Mundial, o navio destacou-se em missões de caça antissubmarino, escolta de comboios e apoio ao serviço aéreo de evacuação de tropas aliadas provenientes da Europa, especialmente no período entre agosto de 1944 e 18 de setembro de 1945. Após o fim do conflito, com a dissolução da Força Naval do Nordeste, o Bauru foi integrado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros e, posteriormente, ao 2º Esquadrão de Contratorpedeiros. Em 5 de junho de 1964, o Bauru foi reclassificado como Aviso Oceânico e transferido para o Esquadrão de Avisos Oceânicos, recebendo o indicativo visual U-28. Ao longo de seus 37 anos, 6 meses e 16 dias de serviço ativo, o navio percorreu 295.428,9 milhas náuticas, totalizando 1.423 dias no mar. Diferentemente dos outros navios da Classe Bertioga, que foram desmanchados após suas baixas, o Bauru recebeu um destino singular: tornar-se o primeiro navio-museu do Brasil. Após uma reforma minuciosa para restaurar seu aspecto da Segunda Guerra Mundial, o Navio-Museu Bauru foi inaugurado em 21 de julho de 1982, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Em 20 de janeiro de 1996, passou a integrar o Espaço Cultural da Marinha, onde permanece até hoje, em 2025, como um símbolo vivo da história naval brasileira. O Contratorpedeiro de Escolta Baependi (Be-5), ex-USS Cannon (DE-99), foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a homenagear a cidade de Baependi, em Minas Gerais. Construído pelo estaleiro Dravo Corporation, em Wilmington, Delaware, o Baependi foi transferido por empréstimo e incorporado à Marinha do Brasil em 19 de dezembro de 1944, na Base Naval de Natal, recebendo o indicativo de casco Be-5. O comando inicial foi assumido pelo Capitão-de-Corveta Raimundo da Costa, que liderou o navio em suas operações durante o final da Segunda Guerra Mundial. Integrado à Força Naval do Nordeste, o Baependi participou de missões de escolta e patrulha no Atlântico Sul. Após o término do conflito, o navio foi incorporado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros, conforme o Decreto nº 8.273, de 4 de dezembro de 1945. Em 1955, com a padronização dos indicativos de casco, seu indicativo foi alterado para D-23. Em 1963, o Baependi destacou-se durante a chamada Guerra da Lagosta, um conflito diplomático com a França envolvendo a pesca de lagostas na costa do Nordeste brasileiro, demonstrando sua versatilidade em operações de patrulhamento. Em 1965, o Baependi foi reclassificado como Aviso Oceânico, com a remoção de seu armamento original, incluindo canhões de 76,2 mm e metralhadoras Oerlikon de 20 mm, e seu indicativo visual foi alterado para U-27. O navio permaneceu em serviço até 1973, quando foi desativado e vendido para desmanche, encerrando quase 29 anos de operação.

O Contratorpedeiro de Escolta Benevente (Be-6), ex-USS Christopher (DE-100), foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome em homenagem ao rio Benevente, no Espírito Santo. Construído pelo estaleiro Dravo Corporation, em Wilmington, Delaware, o Benevente foi transferido por empréstimo e incorporado à Marinha do Brasil em 19 de dezembro de 1944, na Base Naval de Natal, Rio Grande do Norte, recebendo o indicativo de casco Be-6. O comando inicial foi assumido pelo Capitão-de-Corveta Jorge Campello Maurício de Abreu. Subordinado à Força Naval do Nordeste por meio do Aviso do Estado-Maior da Armada nº 1.896, de 19 de dezembro de 1944, o Benevente integrou a Força-Tarefa 27, participando de operações de escolta de comboios e apoio ao transporte aéreo durante a Segunda Guerra Mundial. Após a dissolução da Força Naval do Nordeste, o navio tornou-se uma unidade solta, subordinada diretamente ao Estado-Maior da Armada. Pelo Aviso Ministerial nº 1.918, de 29 de dezembro de 1945, foi incorporado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros. Em 7 de fevereiro de 1964, foi reclassificado como Aviso Oceânico, recebendo o indicativo visual U-30, conforme o Aviso Ministerial nº 221 e a Ordem do Dia nº 0008/64 do Comando em Chefe da Esquadra. Durante seus quase 30 anos de serviço, o Benevente percorreu 265.846 milhas náuticas e permaneceu 1.132 dias no mar, destacando-se em missões de escolta e apoio logístico durante a guerra. Sua baixa do serviço ativo ocorreu em 22 de dezembro de 1974, conforme o Aviso Ministerial nº 1.394, de 5 de novembro de 1974, com a Mostra de Desarmamento realizada na mesma data. O Contratorpedeiro de Escolta Babitonga (Be-7), ex-USS Alger (DE-101), foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a homenagear a Baía de Babitonga, em Santa Catarina. Construído pelo estaleiro Dravo Corporation, em Wilmington, Delaware, teve sua quilha batida em 2 de janeiro de 1943 e foi lançado ao mar em 8 de julho de 1943. Transferido por empréstimo, o Babitonga foi incorporado à Marinha do Brasil em 10 de março de 1945, na Base Naval de Natal, por meio do Aviso Ministerial nº 503A, com sua Mostra de Armamento realizada em 13 de março de 1945. Inicialmente, recebeu o indicativo de casco Be-7, posteriormente alterado para D-16 em 1955, conforme a padronização dos indicativos da Marinha. Subordinado à Força Naval do Nordeste pelo Aviso Ministerial nº 507, de 12 de março de 1945, o Babitonga participou de operações de escolta de comboios e apoio a transporte aéreo no final da Segunda Guerra Mundial. Com a criação do Grupamento Naval do Sul, pelo Aviso Ministerial nº 2.106, de 8 de setembro de 1967, o navio foi a ele incorporado. Durante seu serviço, percorreu 265.846 milhas náuticas e acumulou 1.132 dias no mar. O Babitonga foi desativado em 22 de dezembro de 1974, conforme o Aviso Ministerial nº 1.394, com sua Mostra de Desarmamento realizada na mesma data, sendo posteriormente vendido para desmanche. O Contratorpedeiro de Escolta Bocaina (Be-8), ex-USS Marts (DE-174), foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome em homenagem à serra, rio e vila de Bocaina, no litoral de São Paulo. Construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, Nova Jersey, o Bocaina foi transferido por empréstimo e incorporado à Marinha do Brasil em 20 de março de 1945, na Base Naval de Natal, recebendo o indicativo de casco Be-8. Em 1955, seu indicativo foi alterado para D-22, conforme a padronização da Marinha. No início da década de 1960, o navio foi reclassificado como Aviso Oceânico, com a remoção de seu armamento, e seu indicativo visual passou a ser U-32. O Bocaina participou de missões de escolta e patrulha no Atlântico Sul durante o final da Segunda Guerra Mundial, contribuindo para a segurança do transporte de matérias-primas vitais. Permaneceu em serviço até o início de 1975, quando foi retirado do serviço ativo e alienado para desmanche, encerrando cerca de 30 anos de operação.
Em Escala.
Para representar o Contratorpedeiro de Escolta Bertioga (D-18 Bauru) no período pós-guerra, foi utilizado o kit da Revell na escala 1/249, uma escolha incomum, mas significativa para modelistas que buscam precisão histórica. Este kit, originalmente projetado para representar navios da Classe Cannon, foi adaptado para retratar o Bertioga em sua configuração após 1945, quando o navio foi integrado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros e, posteriormente, ao 1º Esquadrão de Contratorpedeiros de Escolta (DivCTE 11) da Marinha do Brasil. Para refletir a configuração pós-guerra foram realizadas pequenas alterações em scratch na estrutura da ilha do navio. Essas modificações incluíram ajustes na superestrutura para representar as mudanças feitas pela Marinha do Brasil, como possíveis reconfigurações nos sistemas de radar, antenas de comunicação e layout do passadiço, que diferiam da configuração original. Os decais, produzidos sob encomenda pela Special Signs na escala 1/249, foram essenciais para garantir a autenticidade visual do modelo.
Para representar o Contratorpedeiro de Escolta Bertioga (D-18 Bauru) no período pós-guerra, foi utilizado o kit da Revell na escala 1/249, uma escolha incomum, mas significativa para modelistas que buscam precisão histórica. Este kit, originalmente projetado para representar navios da Classe Cannon, foi adaptado para retratar o Bertioga em sua configuração após 1945, quando o navio foi integrado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros e, posteriormente, ao 1º Esquadrão de Contratorpedeiros de Escolta (DivCTE 11) da Marinha do Brasil. Para refletir a configuração pós-guerra foram realizadas pequenas alterações em scratch na estrutura da ilha do navio. Essas modificações incluíram ajustes na superestrutura para representar as mudanças feitas pela Marinha do Brasil, como possíveis reconfigurações nos sistemas de radar, antenas de comunicação e layout do passadiço, que diferiam da configuração original. Os decais, produzidos sob encomenda pela Special Signs na escala 1/249, foram essenciais para garantir a autenticidade visual do modelo.