História e Desenvolvimento.
A Hawker Siddeley foi um dos mais importantes conglomerados aeronáuticos britânicos, formado em 1935 a partir da fusão da Hawker Aircraft com a Armstrong Siddeley (fabricante de motores e automóveis) e sua subsidiária Armstrong Whitworth Aircraft. Suas raízes remontam ao colapso financeiro da Sopwith Aviation Company após a Primeira Guerra Mundial. Em 1920, o piloto de testes Harry Hawker, junto com Thomas Sopwith e outros colegas, adquiriu os ativos da Sopwith, fundando a H.G. Hawker Engineering Company. Após a morte de Harry Hawker em um acidente aéreo em 1921, a empresa foi renomeada Hawker Aircraft Limited em 1933. Aproveitando a Grande Depressão, a companhia adquiriu a Gloster Aircraft Company em 1934 e, em 1935, consolidou-se com a Armstrong Siddeley e a A.V. Roe & Company (Avro), formando a Hawker Siddeley Aircraft. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Hawker Siddeley foi essencial para o esforço de guerra britânico, destacando-se pela produção do caça Hawker Hurricane, projetado por Sydney Camm. Durante a Batalha da Grã-Bretanha (1940), os Hurricanes superaram em número todos os outros caças britânicos combinados, sendo responsáveis por abater 55% das aeronaves inimigas destruídas. Mais de 14.500 unidades foram produzidas, muitas sob licença no Canadá pela Canadian Car & Foundry. Após a guerra, a Hawker Siddeley expandiu suas operações. Em 1945, adquiriu a Victory Aircraft em Malton, Ontário, renomeando-a A.V. Roe Canada (Avro Canada), que se tornou a terceira maior empresa do Canadá até 1958, empregando 14.000 pessoas e contribuindo com 45% da receita da Hawker Siddeley. Em 1948, a empresa foi reorganizada como Hawker Siddeley Group, com divisões específicas: Hawker Siddeley Aviation (HSA) para aviação e Hawker Siddeley Dynamics (HSD) para mísseis e tecnologia espacial. No início da década de 1950, o novo segmento de transporte executivo, começava a despontar no mercado de aviação civil, criando assim um filho a ser explorado empresas construtoras aeronáuticas de grande e médio porte ao redor do globo. No entanto ainda pairavam sobre este promissor nicho de mercado, grandes limitações de desempenho, pois a totalidade das aeronaves empregadas neste segmento ainda eram propelidas por hélices e motores a pistão. O grande percussor de uma nova era de aeronaves de transporte executivo a jato, seria representando pelo modelo "Jet Star" do fabricante norte-americano Lockheed Aircraft Company, avião este que realizaria seu primeiro voo em meados do ano de 1957. No ano seguinte chegava ao mercado mundial a primeira aeronave turboélice destinada ao mercado executivo, o também norte-americano Grumman G-159 Gulfstream I.
Do outro lado do atlântico a empresa britânica Havilland Aircraft Company, responsável pela excelente aeronave de transporte executivo, o DH-104 Dove, passaria a desenvolver um novo projeto focado na concepção de uma aeronave com motores reação, a fim de suceder o seu maior sucesso comercial naquele período. Esta aeronave receberia a designação de De Havilland DH-125 Dragon Jet, porém apesar deste projeto se encontrar em estágio avançado de desenvolvimento, seu protótipo original nunca seria produzido, pois em abril de 1960, esta empresa seria adquirida pela também pela organização britânica Hawker Siddeley Co. Após avaliar os projetos em desenvolvimento, a nova direção optou por manter o programa do novo jato de transporte executivo, passando a designar o programa como "DH-125", abolindo assim o seu nome de batismo comercial. As diretrizes impostas pelos novos acionistas da empresa, direcionariam todos os esforços em desenvolver uma aeronave mais adequada o possível para o promissor mercado norte-americano de aviação executiva. Diferente dos demais concorrentes, o projeto previa um pequeno jato executivo pressurizado com seis lugares, asas baixas enflechadas, com os estabilizadores horizontais colocados no meio do estabilizador vertical e dois motores turbo jatos inseridos nas laterais traseiras da fuselagem. Em 13 de agosto de 1962, o primeiro de dois protótipos concluídos realizaria seu primeiro voo, sendo precedido pelo início do programa de ensaios em voo. Já a segunda célula produzida passaria a ser disponibilizada para testes em dezembro do mesmo ano. Os resultados obtidos nestes programas deflagariam a implementação de uma séria de melhorias, com a primeira aeronave pré-série alçando voo em 12 de fevereiro de 1963. Esta versão diferiria dos protótipos iniciais, apresentando um perfil mais robusto, com fuselagem alongada e maior envergadura, resultando em uma aeronave mais veloz e confortável. Estas primícias seriam fundamentais para o atendimento das demandas do exigente mercado norte-americano de aeronaves executivas, o que geraria grandes expectativas em termos de vendas futuras. Diversos pacotes de acabamento interior seriam oferecidos ao mercado, como diferencial competitivo a versão de entrada do modelo apresentaria um alto grau de conforto aos passageiros, sendo muitas vezes superior a seus concorrentes. Já a configuração executiva, apresentava o convés de voo em separado da cabine principal de passageiros, dispondo de uma entrada única, que estava localizada diretamente atrás do cockpit e para a frente da cabine de passageiros, formando uma área de vestíbulo, na qual a bagagem seria também armazenada e as refeições poderiam ser ali preparadas, durante o voo.

Em 1977, a nacionalização da indústria aeronáutica britânica pelo Aircraft and Shipbuilding Industries Act resultou na fusão da Hawker Siddeley com a British Aircraft Corporation (BAC) e a Scottish Aviation, formando a British Aerospace (BAe). Sob a nova estrutura, o HS-125 foi redesignado BAe-125, mantendo essa nomenclatura até 1993, quando a Raytheon Aviation, uma empresa norte-americana, adquiriu a divisão de jatos executivos da BAe. A aeronave passou a ser comercializada como Raytheon Hawker, com modelos como o Hawker 800 evoluindo a partir da família original. Em 2007, a produção foi transferida para a Hawker Beechcraft, que lançou o Beechcraft Hawker 900XP, uma versão aprimorada com maior alcance e eficiência. A produção da família HS-125 encerrou-se em 2013, quando a Hawker Beechcraft decretou falência, totalizando cerca de 1.600 aeronaves produzidas entre 1962 e 2013, em diversas versões e configurações. A introdução do HS-125 no mercado militar começou em 1964, com a entrada em serviço da variante HS-125 Series II, designada Dominie, na Força Aérea Real (RAF). Desenvolvida para treinamento de navegadores e transporte executivo, a Dominie foi adquirida em um contrato inicial de 30 células, equipando quatro esquadrões operacionais da RAF, incluindo o No. 32 Squadron e o No. 55 Squadron. As versões militarizadas incluíam: HS-125 T.1 e T.2: Configuradas para treinamento de navegadores, com sistemas avançados de navegação e radar meteorológico, permitindo a formação de tripulações em cenários realistas. HS-125 CC.1, CC.2 e CC.3: Projetadas para transporte de autoridades (VIP – Very Important Person), incluindo membros da Família Real britânica, com cabines adaptadas para maior conforto e comunicação segura. Entre 1965 e 1967, a Hawker Siddeley lançou as versões HS-125 Series 3A e Series 3B, com motores mais potentes (Viper 522), produzindo 29 células. As subvariantes Series 3A/RA e Series 3B/RA, com maior capacidade de combustível (3.785 litros) e peso máximo de decolagem de 9.752 kg, ampliaram o alcance, resultando em 36 unidades produzidas. Essas melhorias reforçaram a versatilidade da aeronave, que se destacou em missões de ligação e treinamento até sua aposentadoria na Força Aérea Real (RAF) em 2011. O desempenho excepcional do HS-125 Dominie na RAF despertou o interesse de forças aéreas em todo o mundo, consolidando seu sucesso no mercado militar internacional. Países como Estados Unidos, Botswana, Malásia, Paquistão, Nigéria, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Turcomenistão (Turkmenistan Airlines a serviço do governo), Biafra, Gana, Nicarágua, Brasil, Irlanda, África do Sul, Malawi e Uruguai incorporaram o HS-125 em suas frotas.

Emprego na Força Aérea Brasileira.
O transporte de autoridades (VIP – Very Important Person) no Brasil teve início em 1937, com a aquisição de quatro aeronaves Lockheed 12A UC-40 Electra Junior pela Aviação Militar do Exército Brasileiro. Essas aeronaves, bimotores leves com capacidade para seis passageiros, foram pioneiras em estabelecer uma doutrina de transporte VIP, atendendo a missões de ligação e transporte de altos oficiais em um contexto de modernização militar pré-Segunda Guerra Mundial. Com a criação da Força Aérea Brasileira (FAB) em 20 de janeiro de 1941, sob o Decreto-Lei nº 2.961, a responsabilidade por essas operações foi transferida para a recém-formada instituição. A Força Aérea Brasileira (FAB) instituiu a Seção de Aviões de Comando, sediada no Rio de Janeiro, que passou a operar os Lockheed VC-66 e VC-60 Lodestar, bimotores mais robustos capazes de transportar até 18 passageiros. Esses vetores, adquiridos por meio do Lend-Lease Act durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), consolidaram as bases da doutrina de transporte de autoridades, garantindo mobilidade para comandantes militares e autoridades governamentais em um país de dimensões continentais. Na década de 1950, os Douglas VC-47 Skytrain, derivados do C-47 militar, tornaram-se os principais meios para missões de transporte VIP, incluindo operações do Correio Aéreo Nacional (CAN) e apoio logístico em regiões remotas, como a Amazônia. Contudo, neste período, a obsolescência dessas aeronaves, que acumulavam mais de duas décadas de uso intensivo, tornou-se evidente. A frota apresentava limitações em autonomia, confiabilidade e conforto, inadequadas para as crescentes demandas de transporte de autoridades em um Brasil em transformação. No processo de modernização dos meios da Força Aérea Brasileira em curso na segunda metade da década de 1950, existia a necessidade de se dispor de uma aeronave que atendesse melhor a execução dos serviços de ligação entre as sedes das distintas zonas aéreas e seus comandos, bem como entre essas e a futura capital do país, Brasília localizada no centro oeste do país. Além disso, o Grupo de Transporte Especial (GTE), sentia falta e uma aeronave veloz de pequeno porte para cumprir um dos segmentos de sua atribuição, que era o de transporte de autoridades do governo, com tarefa até então executada pelos já obsoletos aviões a hélice Beechcraft C-45. Com base nestas demandas o Ministério da Aeronáutica (MAer), deu início à busca de uma aeronave que proporcionasse maior conforto eficiência e velocidade. No início de 1958, o primeiro protótipo do Morane Saulnier MS-760, já elevado para a versão Paris I, estava envolvido um esforço comercial, realizando uma grande turnê comercial pelos países da América do Sul, e durante a apresentação realizada no Brasil, os oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) envolvidos neste processo, ficaram impressionados com as características de desempenho do jato biorreator francês.
Em 1958, o Ministério da Aeronáutica (MAer) iniciou negociações com a Morane-Saulnier para a aquisição de 30 células novas do MS-760 Paris, configuradas na versão de transporte executivo. Em abril de 1961 o Grupo de Transporte Especial (GTE), sediado em Brasília receberia 8 aeronaves, para missões de transporte de autoridades (VIP). No entanto a operação do C-41 Paris nestas tarefas de transporte executivo seriam efêmeras, não só por suas limitações operacionais, mas também por um acidente fatal ocorrido em Minas Gerais no dia 30 de outubro e 1962. O acidente de Nova Lima foi um divisor de águas para a operação do C-41 Paris na Força Aérea Brasileira (FAB). A partir de 1963, o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAer) determinou a concentração das aeronaves remanescentes em duas unidades principais: o Quartel-General da 3ª Zona Aérea, baseado no Aeroporto Santos Dumont. Neste contexto se fazia necessária a aquisição de aeronaves de nova geração, com o objetivo de selecionar e adquirir para emprego junto ao Grupo de Transporte Especial (GTE) dois modelos de aeronaves, uma aeronave maior porte para o transporte presidencial, e um jato executivo a ser destinado ao transporte de ministros e funcionários de alto escalão do governo federal. Em 1967, a fim de anteder a esta demanda, agora inclusa no “Plano de Modernização da Força Aérea Brasileira”, o Ministério da Aeronáutica (MAer) lançaria uma concorrência internacional visando a aquisição de novos vetores para transporte executivo – VIP (Very Important Person). Este programa seria dividido em duas fases, escolheria em maio do mesmo ano seu primeiro vetor, sendo escolhido o jato britânico BAC-111 One Eleven, que teriam por missão substituir os turboélices Vickers-Armstrong V-742D/V-789D Viscount na tarefa de transporte presidencial. O próximo passo seria a definição de um jato para transporte executivo, com o programa sendo conduzido diretamente pelo comando do Grupo de Transporte Especial (GTE). Diversas propostas seriam analisadas em um estudo comparativo, e ao final deste processo a escolha acabaria recaindo sobre o Hawker Siddeley HS-125-3B-RA Dominie. Um contrato seria celebrado com o fabricante no início do ano de 1968, envolvendo a aquisição de seis células, definindo a configuração de cinco aeronaves com o interior especialmente configurado para missões de transporte executivo – VIP (very importante person), com estas recebendo a designação de VC-93 e as matrículas “FAB 2120 a FAB 2124”. Já o sexto Hawker Siddeley HS-125-3B-RA com a matrícula “FAB 2125” seria transladada até os Estados Unidos, para a configuração e instalação dos equipamentos e meios para o emprego na calibração de auxílios a navegação aérea. Uma comitiva de oficiais brasileiros seria enviada as instalações do fabricante na Inglaterra a fim de participarem de um programa de treinamento, e após a conclusão desta fase estas aeronaves seriam transladadas em voo.

Das cinco novas aeronaves, quatro foram configuradas para transporte executivo, recebendo a designação VU-93 e as matrículas FAB 2126 a FAB 2129. A quinta unidade, configurada nos Estados Unidos para missões de calibragem de auxílios à navegação aérea, foi designada EU-93 com a matrícula FAB 2130. Entregues no final de 1973, essas aeronaves foram incorporadas ao 2º/GTE, ampliando a capacidade da unidade para atender às crescentes demandas de transporte VIP em um Brasil em processo de integração nacional. Deste lote quatro seriam configuradas na versão de transporte executivo, recebendo a designação de VU-93 com as matrículas de “FAB 2126 á 2129”, e uma aeronave seria configurada nos Estados Unidos para o emprego em tarefas de calibração de auxílios a navegação aérea, recebendo a designação de EU-93 e matrícula “FAB 2130”. Os VU-93 seriam recebidos em fins deste mesmo ano, sendo também incorporados ao 2º Esquadrão do Grupo de Transporte Especial (GTE), ampliando assim a capacidade na execução deste escopo de missões. Apesar do alto grau de disponibilidade e da eficiência no processo de manutenção, o uso intensivo dos HS-125 resultou em acidentes e falhas técnicas, algumas de pequena monta. O primeiro incidente relevante ocorreu em 18 de junho de 1979, envolvendo o VU-93 de matrícula FAB 2122. Durante o procedimento de pouso no Aeroporto Internacional de Brasília, no Distrito Federal, a aeronave, provavelmente devido a uma perda de sustentação, colidiu com o solo próximo à cabeceira da pista. Os quatro tripulantes sobreviveram, mas a aeronave sofreu danos severos, sendo considerada irrecuperável. Esse acidente, embora sem vítimas fatais, destacou os desafios de operar jatos executivos em condições exigentes, reforçando a necessidade de manutenção rigorosa e treinamento contínuo das tripulações. O incidente de 1979 evidenciou a importância de manter a frota com o máximo grau de segurança, especialmente em missões de transporte VIP, que conectavam Brasília a capitais estaduais como Rio de Janeiro e São Paulo. A perda do FAB 2122 levou o Ministério da Aeronáutica (MAer) a avaliar estratégias para recompor a dotação do 2º/GTE e garantir a continuidade das operações com maior confiabilidade. No início da década de 1980, com o objetivo de fortalecer a frota e substituir as primeiras células recebidas em 1968, algumas já desgastadas pelo uso intensivo, o MAer determinou a aquisição de novas aeronaves HS-125. Adotando o conceito de compras de oportunidade, a FAB negociou a aquisição de quatro unidades do modelo HS-125 Series 400B no mercado civil norte-americano em 1983. Essas aeronaves, revisadas por empresas parceiras da British Aerospace Co. (BAe) nos Estados Unidos, foram transladadas ao Brasil entre o final de 1983 e meados de 1984.

No Brasil, as novas células foram submetidas a adaptações no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMAAF), no Rio de Janeiro, onde receberam o padrão de pintura do GTE, com prata metálico (Aluminum FS 17178), faixas em Insignia Blue (FS 15044) e Insignia White (FS 17875), e marcações de alta visibilidade (International Orange FS 12197) para missões específicas. As aeronaves foram matriculadas como FAB 2114, FAB 2117, FAB 2118 e uma quarta unidade, incorporadas ao 2º/GTE para transporte VIP, ampliando a capacidade operacional da unidade e permitindo a retirada gradual das células mais antigas. Em 8 de outubro de 1987, um grave acidente marcou a história do HS-125 na FAB. O VU-93 de matrícula FAB 2129, operado pelo 2º/GTE, caiu nas proximidades do aeroporto de Carajás, no Pará, logo após a decolagem, durante a subida inicial. A aeronave perdeu altitude abruptamente e colidiu com o solo, resultando em uma explosão devastadora. Todos os nove ocupantes, incluindo o Ministro da Reforma Agrária, Marcos de Barros Freire, perderam a vida. Em 1988, como parte de uma sistemática de remanejamento de equipamentos, a FAB converteu o VU-93 de matrícula FAB 2121 para a versão EU-93, transferindo-o do 2º/GTE para o GEIV. Essa conversão envolveu a adaptação da aeronave para missões de calibragem de auxílios à navegação aérea, equipando-a com sistemas de precisão para testar estações de radionavegação. Em 1990 outras duas células do modelo, matriculadas como “FAB 2127 e 2125”, pertencentes ao Grupo de Transporte Especial (GTE) e ao Grupo de Especial de Inspeção em Voo (GEIV) respectivamente, seriam transferidos para o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA) em São Jose dos Campos – SP, para o emprego em missões de ensaio em voo. Em 1998 uma última célula da versão HS-125-400A usada seria adquirida, novamente junto ao mercado civil norte-americano, inicialmente o objetivo desta compra visava proporcionar um novo suprimento de peças de reposição, para a frota atual da Força Aérea Brasileira. Porém após o recebimento das células atestou que ela apresentava um ótimo estado de conservação, sendo então decidido colocar a aeronave em serviço, passando a operar com a matrícula “FAB 2113”, substituindo no Grupo de Transporte Especial o VU-93 “FAB 2114” desativado anteriormente. No final da década de 1990, os VU-93 remanescentes em uso seriam destacados para operação de transporte de funcionários do terceiro escalão, tendo em vista a incorporação dos VU-35 Learjet a partir de 1987, que passariam a assumir a missões mais importantes do esquadrão. Porém neste momento já era claro que as células já apresentavam o peso da idade, e sua substituição a curto prazo se fazia necessária. Esta demanda começaria a ser atendida a partir de 2004 com o recebimento dos Embraer ERJ 145 VC-99 que permitiria alocar os VU-35 Learjet em missões secundárias abrindo o caminho para a desativação dos VU-93, processo este que seria finalizado em fins do ano de 2007. Apenas uma aeronave, o VU-93” FAB 2123” permaneceria em uso, sendo convertido para o padrão XU-93, operando até o ano de 2010 junto ao Grupo de Ensaios em Voo (GEEV) no Centro Técnico da Aeronáutica (CTA) em São Jose dos Campos – SP.
Em Escala.
Para representarmos o Hawker Siddeley HS-125 400B EU-93 " FAB 212 ", fizemos uso do antigo kit em resina na escala 1/72 produzido pela GIIC Models. Para se representar a versão operada pelo Grupo de Transporte Especial (GTE) não é necessário proceder nenhuma alteração. Optamos por configurar a aeronave em seu último padrão de pintura, empregando para isto decais com confeccionados pela Phoenix Decals, presentes no Set “HS-125 FAB 1/72”.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo, representa o terceiro padrão de pintura empregado nas aeronaves VU-93, sendo o esquema aplicado a partir de 1990, não só nos jatos britânicos Hawker Siddeley HS-125/AB mas também em todas as aeronaves de transporte executivo (VIP) em serviço na Força Aérea Brasileira.
Bibliografia :
- British Aerospace BAe 125 - Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/British_Aerospace_125
- Conduzindo os que Conduzem - Louis JacksonJ. Costa - Revista Força Aérea Nº 06
- História da Força Aérea Brasileira, Prof Rudnei Dias Cunha - http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html
- Aviação Militar Brasileira 1916 / 1984 - Francisco C. Pereira Netto