M-108 AP Howitzer no Brasil


História e Desenvolvimento. 
A segunda Guerra Mundial, foi marcada pela aplicação de alta mobilidade da infantaria no campo de batalha, levando as demais armas terrestres a se adaptarem a esta nova filosofia de combate, o principal fomentador deste conceito foi o Exército Alemão (Wematch) fazendo uso da tática Blitzkrieg apresentaram ao mundo, uma nova maneira de enfrentamento nos campos de batalha. Para garantir mobilidade, sem perder a capacidade ofensiva, os alemães precisavam não apenas de tanques e soldados transportados por blindados, mas também de artilharia autopropulsada, levando ao emprego de canhoes autopropulsados como os Hanomag Sd.Kfz. 165 Hummel, equipados com canhão de 150 mm, Sturmtiger 606/4 com canhão de 380 mm e carros assalto como o Sturmgeschütz  Stug III. Testemunhando os acontecimentos da guerra, os observadores do Exército dos Estados Unidos (US Army) identificaram a importância de se dispor em seu arsenal de veículos de artilharia autopropulsionada, com poder de fogo suficiente para suportar operações blindada. Os primeiros ensaios de carros viáveis foram conduzidos em escala fazendo uso de plataformas adaptadas de carros blindados do tipo meia lagarta da família M-3 Half Track, originando assim o modelo T-19 Howitzer Motor Carriage, armado com canhão de 105 mm. Experiencias positivas obtidas no campo real, demonstraram a viabilidade de se construir um veículo totalmente blindado sob esteiras, para ser o novo obuseiro autopropulsionado norte-americano, surgindo assim em fevereiro de 1942 o M-7 Priest, equipado com canhão de 105 mm , montados inicialmente sobre a plataforma do carro de combate médio M-3 Lee, e posteriormente fazendo uso do chassi dos M-4 Sherman. Com seu batismo de foco ocorrendo durante a Segunda Batalha de El Alamein  (23 de outubro - 11 de novembro de 1942). Ao todo seriam produzidas 4.315 unidades até o ano de 1945, sendo empregados pelos aliados em todas as frentes de batalha da Segunda Guerra Mundial.

Os obuseiros autopropulsados do modelo M-7 Priest em conjunto com o M-37, retornariam à ação durante a Guerra da Coreia (1950-1953). E apesar de desempenharam com êxito na maioria das missões a que foram envolvidos, verificou-se que a limitada elevação de 35º graus do canhão dificultava a capacidade de disparar em alvos localizados sobre as altas montanhas coreanas reduzindo assim sua capacidade tática. Ficava nítida então, a necessidade de desenvolvimento de um novo obuseiro autopropulsionado de grande porte, que pudesse suplantar a deficiências observados no obuseiros autopropulsados em uso até aquele período. A solução se materializaria a partir de 1953 no desenvolvimento do modelo M-52, que era baseado nos chassis do carro de combate médio M-41 Walker Buldog. Apesar de permitir uma maior mobilidade na elevação do canhão de 105 mm, chegando apresentar um perfil operacional entre o intervalo de 65º positivo 10º negativos, o modelo se mostrou extremamente complexo e problemático, levando ao precoce cancelamento de sua produção. Isto levaria o comando do Exército Americano (US Army) a proceder a abertura de uma nova concorrência, visando o desenvolvimento de um novo obuseiro autopropulsionado. Diversas propostas seriam apresentadas, com o projeto T-195/195E-1 pertencente a General Motors Co. sagrando-se vencedor da concorrência governamental em setembro de 1954. O primeiro mock-up seria apresentado pela montadora no início do ano de 1955, recebendo então recursos para a produção dos primeiros cinco protótipos, que após entregues seriam submetidos a um completo programa de avaliações e testes de campo.  Este programa se estenderia por um longo período, levando a equipe da General Motors Co a implementar uma série de mudanças e melhorias no projeto original, sendo o M-108 Howitzer liberado para produção em série somente no segundo semestre de 1959. 
A versão final de produção apresentava um peso final de vinte e uma toneladas, comprimento de 6,10 metros, largura de 3,15 metros e altura de 3,27 metros, possuía estrutura blindada em alumínio, destinada a absorver pressões de impacto de projeteis de médio e pequeno calibre. Infelizmente o veículo não era equipado com um sistema de proteção química, o que podia limitar seu emprego factíveis campos de batalha na Europa, no caso de hipotéticos confrontos com o Pacto de Varsóvia. O M-108AP estava equipado com um motor Detroit Diesel 2 tempos 8V-71T  de 8 cilindros com turbo compressor, refrigerado a líquido com 405 hp de potência, que lhe proporcionava uma velocidade máxima de 56 km/h com alcance de 360 km. Este conjunto mecânico lhe concedia a mobilidade adequada para acompanhar as demais unidades blindadas no campo de batalha. A arma principal do M-108 era o obuseiro M-103 de 105 mm, com um tubo de calibre 30 de comprimento, montado em um conjunto M-139. Podia disparar um projétil de 14,9 kg a 472 m/s com alcance efetivo de 11.16 km. Podia fazer uso de munições do tipo HE, WP, fumaça, armas químicas e M-67 HEAT, podendo fazer uso da munição de OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de 105 mm, com exceção de munições assistidas por foguetes.  Para autodefesa, estava armado metralhadora pesada M2HB de 12,7 mm, geralmente instalada na torre, fornecendo ao M-108 Howitzer algum grau de proteção contra aeronaves e pessoal inimigo. O M-108 Howitzer seria destinado a ser o componente de curto alcance de uma nova geração de artilharia autopropulsionada do Exército Americano (US Army), futuramente incluiria veículos portando armas de 120 mm e 150 mm. As primeiras entregas tiveram início em abril de 1960, começando assim um gradativo processo de substituição dos modelos mais antigos em serviço.

O M-108 Howitzer, receberia seu batismo de fogo durante a Guerra do Vietnã (1965 - 1975), quando carros pertencentes ao 3º Batalhão, do 6º Regimento de Artilharia de Campo (Field Artillery Regiment), foram deslocados para a cidade Pleiku, entrando em combate real no dia 16 de junho de 1967. Logo em seguida mais M-108 Howitzer, agora pertencentes ao 40 º Regimento de Artilharia de Campo (Field Artillery Regiment), veriam combate real na região de  Dong Haem em outubro do mesmo ano. Sua possibilidade de girar o canhão em 360 graus, ao contrário da artilharia rebocada convencional, tornaria este obuseiro autopropulsado, ideal para sustentar as posições de fogo com grande eficácia, que podiam estar sujeitas a ataques de qualquer direção.  Representando mais um fator positivo, a possibilidade de operar o canhão em elevações de + 75º e - 6º, lhe permitia poder atingir com eficiência atingir alvos em diversos níveis de terreno. Apesar destas características positivas seria observado, no entanto, que seu canhão de 105 mm, não atendia as necessidades de cadência de fogo e eficácia na destruição de alvos objetivados. Esta observação levaria a retirada de ambos os batalhões de artilharia de campo em meados de 1976, encerrando assim a participação do M-108 Howitzer neste conflito. Neste contexto grande parte da frota em serviço começaria a ser transferidas para as unidades de reserva da Guarda Nacional (National Guard). Visando sanar estas deficiências, seria iniciado o desenvolvimento de um veículo armado com uma arma de maior calibre, com a escolha recaindo sobre o modelo M-126 de 155 mm. A plataforma e o chassi seria o mesmo empregado no M-108 Howitzer , com seu design e funcionalidade atendendo a todas as necessidades. 
Apesar de possuírem a mesma base conceitual e compartilharem muitos itens, este novo projeto, agora designado como M-109 Howitzer , contemplava avanços significativos, entre eles um chassi composto de alumínio blindado oferecendo maior resistência a impactos de armas de calibre médio, novos sistemas de direção de tiro e comunicação, capacidade estendida no transporte de munição, além de contar com um canhão de maior calibre. Logo que elevados a condição operacional, estes novos obuseiros autopropulsados seriam transferidos para o Teatro de Operações no Vietnã, passando a substituir os derradeiros M-108 Howitzer, com este movimento se repetindo em seu país de origem. Neste momento seria decidido que uma parte da frota destes veículos deveria ser elevada a versão M-109 Howitzer. O excedente de carros não modernizados, seriam revisados e armazenados, sendo posteriormente fornecidos a nações aliadas como parte de acordos bilaterais de defesa, entre eles Bélgica, Brasil, Espanha, China, Turquia e Tunísia. A produção do M-108 Howitzer  foi oficialmente encerrada em setembro de 1963, totalizando aproximadamente 950 veículos entregues, somando a este número mais 230 carros na versão especializada M-992, destinada a atuar como veículo de transporte de munição.

Emprego no Exército Brasileiro.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, o Exército Brasileiro se postava como a força terrestre mais eficaz e profissional em atividade na América do Sul, contando com uma respeitável frota de carros de combate dos modelos M-3 Stuart, M-3 Lee e M-4 Sherman, e grande quantidade obuseiros de artilharia de campanha como os modelos M-2 de 105 mm e M-1 155 mm, apresentando como grande diferencial de uma ímpar experiencia real de combate, adquirida nos campos de batalha da Itália. Curiosamente, apesar do país ter sido beneficiado pelo recebido de uma vasta gama de sistema de armas cedidas a partir de 1942, nos termos do programa Leand & Lease Act (Leis de Empréstimo e Arrendamento), não seriam cedidos neste pacote, nenhum modelo de obuseiro autopropulsado, criando assim uma importante lacuna na arma de artilharia nacional. Mesmo que tardiamente, as bases que culminariam na mudança deste cenario seriam iniciadas com a celebração do Acordo Militar Brasil - Estados Unidos, em 15 de março de 1952. Este acordo tinha como principal objetivo de garantir a defesa do hemisfério ocidental face as ameaças representadas pelo bloco socialista liderado pela União Soviética. Com o título oficial de Acordo de Assistência Militar entre a República dos Estados Unidos do Brasil e os Estados Unidos da América, estabeleceu basicamente o fornecimento de material norte-americano para o Exército Brasileiro em troca de minerais estratégicos.  Quase uma década depois, este acordo incluiria o Brasil nos termos do MAP - Military Assistance Program (Programa de Assistência Militar), programa este que possibilitaria uma profunda renovação das Forças Armadas Brasileiras, facilitando o acesso a modernos veículos, aeronaves e equipamentos militares, com o Exército Brasileiro, neste momento apresentando as maiores demandas relacionadas a modernização de suas forças blindadas e artilharia de campo. 

Nestes termos, coube então a Força Terrestre, a destinação de grande parcela deste acordo, passando a ser fornecidos a partir de agosto de 1960, uma grande quantidade de carros de combate, veículos blindados de transporte de tropas e caminhões de diversos modelos, com este processo se estendendo ao logo dos anos seguintes. Em 1970, seriam destinados ao Exército Brasileiro, um lote de setenta e dois obuseiros autopropulsados do modelo M-108 Howitzer , carros estes produzidos pela Cadillac Motor Car Co. (uma divisão da General Motors Corp), entre os anos de 1963 e 1964, representando a versão inicial de produção. Estes carros estavam equipados com o canhão M-103 de 105 mm, com um tubo de calibre 30 de comprimento, montado em um conjunto M-139, sendo capaz de disparar uma variada gama de munições, porém inicialmente somente as do tipo HE (High Explosive - munição explosiva detonada por espoleta após o impacto). seriam fornecidas juntamente com estes veículos. Todos os carros portavam também, um eficiente kit de flutuação, para emprego na transposição de rios e cursos d'água. Prestes a entrar em serviço no Exército Brasileiro este modelo receberia a designação de Viatura Blindada de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBCOAP) M-108, cabendo a Diretoria de Material do Exército (DMat), a elaboração e divulgação do "Manual de Campanha Artilharia - Obus 105 mm, M-108, autopropulsado". Como na Força Terrestre, este novo veículo, pertencia a uma categoria inédita, decidiu-se pela criação de quatro novas organizações militares (partindo da transformação de unidades já existentes), visando assim separar este novo equipamento da artilharia de campanha convencional.  Seriam criados então em dezembro de 1971, os Grupamentos de Artilharia de Campanha Autopropulsados (GAC Ap), com o 5º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, baseado em Curitiba no estado do Paraná, se tornando em 1972, a primeira unidade a receber operacionalmente o M-108 Howitzer, com a demais unidade sendo equipadas logo em seguida. Duas viaturas seriam ainda alocadas na Escola de Material Bélico (EsMB).
A adoção das Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBCOAP) M-108, proporcionariam uma grande evolução na doutrina operacional das unidades de artilharia de campanha, trazendo grande mobilidade e prontidão de resposta. Os carros recebidos se apresentavam em excelentes condições de conservação, tendo sido recentemente desativados dos efetivos do Exército Americano (US Army), com muito destes registrando baixa quilometragem, estando quase em estado de zero quilometro.  Porém em 1972 quando do recebimento, sua produção já havia sido descontinuada há quase dez anos, o que traria em um curto espaço de tempo, dificuldades na gestão do fluxo de peças de reposição, mais notadamente os componentes críticos do Detroit Diesel 8V71T, resultando nos primeiros problemas de disponibilidade da frota. Este cenario seria agravado a partir de março de 1977 após o rompimento do Acordo Militar Brasil - Estados Unidos, com este evento determinaria a interrupção de toda financeira e linhas de abastecimentos de peças de reposição para os veículos militares em uso nas Forças Armadas Brasileiras, com o Exército Brasileiro sendo profundamente afetado, e por consequência a frota dos obuseiros autopropulsados M-108. Buscando restaurar a capacidade operacional destes veículos, seriam desenvolvidos estudos para nacionalização do maior índice possível de componentes críticos, este processo se materializaria em um programa de modernização proposto pela empresa paulista Motopeças S/A. Neste escopo, a principal alteração consistia na remoção do motor de origem norte-americana, e sua substituição por um motor nacional fabricado pela Scania do modelo DS-14 com 385 cv.  Esta mudança implicaria em alterações, que foram aplicadas no sistema de acionamento dos ventiladores de arrefecimento, que passou a ser feito por correias, no lugar do caro e complicado sistema de transmissão angular. Outros itens críticos foram também nacionalizados neste processo. Este programa trouxe aos M-108 um conjunto motriz de robustez superior ao original, resultando em uma maior vida útil, reduzindo muito os custos de manutenção e as frequentes paradas para reparo, prolongado a vida do veículo.

Com o problema da indisponibilidade resolvido os M-108 seguiram suas atividades junto aos Grupamentos de Artilharia de Campanha Autopropulsados (GAC Ap), passando a partir de 1999 a operar com novos M-109A3, adquiridos dentro do planejamento estratégico do programa de modernização FT-90 (Força Terrestre 1990). Desta maneira, pela primeira a Artilharia de Campanha Autopropulsada, passaria a ser completa, compreendendo peças de calibre de 105 mm e 150 mm. Apesar da capacidade plena operativa, o início do novo século descortinava a realidade que sua capacidade ofensiva, já não era adequada a nova realidade. Desta maneira, seriam elucidados esforços visando a curto prazo a substituição deste sistema de armas. A solução seria encontrada em 2013 quando seria celebrado um contrato nos termos do programa de Vendas de Artigos Militares à Nações Estrangeiras (Foreign Military Sales - FMS), envolvendo a aquisição e modernização de um grande lote de veículos de M-109A5. Estas novas viaturas, passariam a ser recebido a partir de 2016, permitindo assim o início de um gradual processo de substituição dos M-108, com toda a frota sendo concentrada junto aos 22º e 3º Grupamentos de Artilharia de Campanha Autopropulsados (GAC Ap), baseados na região sul do país. Em 29 de março de 2017, o Exército Brasileiro, por meio do seu Chefe do Estado-Maior, o General de Exército Fernando Azevedo e Silva, definiu, via PORTARIA Nº 193-EME de 2017, a desativação das Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBCOAP) M-108. Os últimos disparos operacionais ocorreram em 11 de setembro de 2019, com viaturas pertencentes 3º Grupamento de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GAC Ap), na cidade Uruguaiana-RS .
Os veículos desativados se encontravam em excelente estado de conservação, motivando assim estudos que poderiam gerar uma nova vida junto ao Exército Brasileiro, através de programa capitaneado pelo Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar (PqRMM/5), que visava transformar alguns carros em viaturas especializadas no transporte e ressuprimento de grandes quantidades de munição para os grupos ou baterias de tiro, concedendo uma nova mobilidade tática e proteção blindada para a  Força Terrestre. Um protótipo seria desenvolvido e ensaiado em testes, apresentados boas perspectivas de operação, porém este processo seria abortado em 2018, quando da aquisição de um lote de quarenta Viaturas Blindadas de Transporte Especial Remuniciadora (VBTE Remun) do modelo M-992A2 FAASV (Field Artillery Ammunition Supply Vehicle), uma vesao especializada derivada da plataforma do M-109. No ano seguinte, o Ministério da Defesa do Uruguai demonstrou interesse na aquisição dos últimos M-108 remanescentes, solicitando ao Governo Brasileiro, a cessão em regime de doação, com este processo sendo aprovado pelo congresso nacional em 04 de agosto de 2022, envolvendo dez viaturas e peças de reposição. Agora pertencentes ao Ejército Nacional de Uruguay, os veteranos M-108, devem se manter ainda em serviço por muitos anos. 

Em Escala.
Para representarmos o M-108 VBCOAP  "EB12-912" pertencente ao 3º Grupamento de Artilharia de Campanha Autopropulsado (3º GAC AP), empregamos o único modelo na escala 1/35 existente no mercado, fabricado pela Italeri. Para se compor a versão utilizada pelo Exército Brasileiro não é necessário promover nenhuma alteração, podendo o modelo ser montado diretamente da caixa. Fizemos uso decais fabricados pela Eletric Products presentes no set "Veículos Militares Brasileiros 1944 - 1982". 

O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o primeiro padrão de pintura, empregado em todos os M-108 VBCOAP desde o seu recebimento, até o ano de 1983 quando passaram a ostentar um novo esquema tático camuflado em dois tons aplicado a todos os veículos blindados do Exército Brasileiro, mantendo este padrão até sua desativação. 


Bibliografia 

- Blindados no Brasil - Um Longo e Árduo Aprendizado - Volume I , por Expedito Carlos Stephani Bastos
- Blindados no Brasil - Um Longo e Árduo Aprendizado - Volume II , por Expedito Carlos Stephani Bastos
- M108 105 mm Self-Propelled Howitzer http://www.military-today.com/artillery/m108.htm
- M108 Howitzer – Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/M108_howitzer